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quarta-feira, 6 de junho de 2012

StreetArt Portugal:"O objectivo do site é valorizar a arte urbana nas diferentes vertentes."



Street Art, ou arte urbana, é uma vertente na arte que engloba pintura, dança, teatro e música. Pode ser vista nas ruas por todo o mundo e funciona com o intuito de espalhar uma mensagem, intervir ou opinar sobre um assunto ou simplesmente com o intuito de entretenimento.

A plataforma online StreetArt Portugal foi criada com o objectivo de publicitar e promover artistas portugueses que trabalham nesta área. Ralf Wende é o editor do Site SreetArt Portugal e respondeu a algumas perguntas. 


Por Maria Inês Antunes





Posts de Pescada - O que é o StreetArt Portugal?

Ralf Wende/ StreetArt Portugal - O projecto Streetart Portugal tenta levar ao público artistas e iniciativas, englobados no termo "Arte Urbana" em sentido lato, de todo o país. Excepcionalmente, publicamos também entrevistas e artigos com artistas fora de Portugal. Mas não queremos ser um simples acumulador de links e cópias de artigos já publicados. Tentamos sim de publicar sempre um artigo o mais exaustivo possível, para contrariar a tendência dos artigos de três linhas.



PP-  Qual foi a ideia inicial? O que o levou a começar este projecto?

RW/SAP - Sempre tive uma paixão pela arte que passa na rua; não somente os graffiti e afins, mas todo o tipo de artistas que "expõem" os seus trabalhos na rua: teatro de rua, músicos, fotógrafos, etc. Sendo a arte urbana, nesse sentido, uma vertente artística não muito divulgada, nasceu a ideia deste projecto de divulgação de arte urbana. 



PP- O que é, para si arte urbana? 

RW/SAP- Para mim, a arte urbana é toda a arte que se passa na rua, de acesso gratuito para o público em geral. Como já referi, a arte urbana pode ser encontrada em companhias de teatro de rua, músicos, pintores, writters, artistas plásticos, fotógrafos e muitos outros. Acho que a arte urbana não deve ser restritiva ou até ecléctica: existe para nos alegrar o dia, de nos fazer reflectir, de nos dar prazer.



PP- Como vê a arte urbana em Portugal?

RW/SAP- Felizmente nos últimos anos tem havido cada vez mais iniciativas que tentem fomentar a arte urbana. Três dos mais carismáticos exemplos encontrados em Portugal é (sem ordem de preferência) a Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, que tem feito um excelente trabalho no patrocínio e na divulgação da arte urbana (principalmente no Graffiti), o Woolfest que no ano passado levou três grandes artistas de relevo internacional à Covilhã, e o  Imaginarius - Festival de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira - festival já de renome internacional. Mas pode e deve haver mais iniciativas em outras partes do país.


PP- Quais são os passos necessários para que um projecto seja levado avante? 

RW/SAP - Muita paciência e insistência. É o essencial.  



PP- Sente que as pessoas gostam deste projecto? 

RW/SAP- Penso que até agora tem havido uma boa resposta, tanto por parte do nosso público como também por parte dos artistas. Estamos com um número de visitas mensal assinalável, que é aquilo que nos importa: levar a arte urbana ao maior número de pessoas possível.



PP- Qual a mensagem que pretende passar com este projecto?

RW/SAP- A arte é muito mais do que aquilo que se vê nos museus, cheio de bulor e sem vida. A arte deve ser algo orgânico, dinâmico, vivo; mesmo que a sua duração e o seu tempo de vida for limitada no tempo. Deve haver mais espaços oficiais e autorizados para artistas que se queiram dedicar ao graffiti e ao stencil bem como a outras formas de arte pintada. Deve haver também mais iniciativas públicas como a Galeria de Arte Urbana.



PP- Como vê o futuro do seu trabalho? Quais os seus planos?  

RW/SAP- Eu sou gestor, trabalho numa empresa. O projecto Streetart Portugal é um hobbie meu, que levo muito à sério e que ocupa o meu tempo, não tendo qualquer retorno financeiro (mas também nunca foi esse o objectivo). Enquanto puder, irei continuar com o projecto e espero que ainda seja por muito tempo.



PP- Pensa que este projecto pode fazer com as as pessoas valorizem mais a arte urbana, quebrando o estereotipo habitual do "vandalismo"?

RW/SAP- O objectivo do site é exactamente esse: valorizar a arte urbana nas diferentes vertentes. Mas penso que este tipo de arte é mais valorizado por um público mais novo (provavelmente abaixo dos 40 anos de idade). Pela experiência e pelos comentários que tenho visto em outros sites, muitas pessoas - infelizmente - continuam a achar que qualquer tipo de arte urbana será sempre vandalismo de uma forma ou outra e um desperdício de dinheiro.



PP- Tenta divulgar o seu trabalho através de algum meio? Qual o objectivo?

RW/SAP- A única divulgação do projecto é através da nossa página no Facebook, para além da página oficial.



"Caspirro - Teatro com história" em Penela

A peça de teatro “Caspirro” esteve em cena no castelo da Vila de Penela no dia 2 de Junho. Um projecto da Rede Urbana de Castelos e Muralhas Medievais do Mondego que pretende valorizar o património com actividades lúdicas. O projecto conta com a parceira da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), com a Escola de Artes de Coimbra (ARCA-EAC) e com a Universidade de Coimbra. Para além do teatro, o projecto inclui ateliers de dinamização estendidos pelas vilas e cidades da antiga linha medieval defensiva do Mondego.Veja aqui a reportagem da peça de teatro. 
Por Maria Inês Antunes

terça-feira, 5 de junho de 2012

Voxpop: Coimbra na cultura

O Posts de Pescada esteve nas ruas de Coimbra à procura de opiniões de pessoas de diferentes faixas etárias sobre a criação e divulgação de eventos culturais que enriquecem a cidade. Procurámos também saber quais são os locais de Coimbra que simbolizam cultura. Oiça aqui a nossa vox pop.
Por  Maria Inês Antunes


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Entrevista: «É um projeto de jovens para jovens» - Emigração mais fácil para a CPLP


Dado a conjuntura atual da economia portuguesa, a emigração começou a tornar-se a primeira opção para quem tem dificuldades em trabalhar no seu país e quer tentar a sua sorte "lá fora".
Foi a pensar nestas novas dificuldades e dúvidas dos portugueses que surgiu o Talent Abroad.
Marcelo Silva, criador deste projeto, explica para o Posts de Pescada o passado, presente e futuro do TA, que promete dar resposta a todas as perguntas em relação à emigração para os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Vanessa Sofia



Posts de Pescada: De onde surgiu a ideia de criar o Talent Abroad?
Marcelo Silva: O projeto Talent Abroad surgiu da minha própria necessidade, enquanto jovem, que coloca em hipótese a procura de trabalho nos mercados internacionais.
Em agosto de 2011, visitei uma Feira de Emprego em Aveiro sobre os mercados de trabalho internacionais e verifiquei uma grande falta de organização e informação relativamente a países como o Brasil, Moçambique e Angola, que por sinal são países em grande crescimento e com grande procura de mão-de-obra qualificada para algumas áreas.
Desde lá,  decidi então procurar mais informação e foi aí que me surgiram as principais dúvidas: Quais os melhores mercados de trabalho para a minhas área? Que empresas estão dispostas a receber-me enquanto estrangeiro? Quem é que estaria disposto a fazer o mesmo percurso que eu? Se não conseguir emprego vou ficar desamparado no país de destino?
Comecei a questionar-me se seria o único a pensar assim, o que me permitiu estudar profundamente o mercado e perceber que é realmente uma necessidade e um problema social.
Não me conformando com esta questão, decidi encontrar e começar a criar respostas. Depois de muito trabalho e de muita ajuda por parte de toda a equipa envolvente, finalmente consegui começar a solucionar alguns dos problemas, surgindo assim o Projeto Talent Abroad.

PP: Qual é o objetivo desta plataforma?
M.S.: De uma forma muito simples, o objetivo desta plataforma é apoiar todos os jovens que querem conquistar o seu espaço no mercado internacional e fazer um matching entre a procura e a oferta de trabalho. Queremos fornecer ferramentas e mediar serviços simples que permitam responder às questões básicas de quais empresas que estariam interessadas em receber determinada mão-de-obra, quais as empresas dispostas a receber-te enquanto trabalhador emigrante, que pessoas estão realmente a pensar internacionalizar-se para determinado local, informação institucional e importante sobre todo o processo de cada país, fornecimento de contactos, troca de experiências e feedbacks reais entre pessoas de vários pontos do mundo e de uma forma muito importante, criar uma rede de cooperação internacional do mercado de trabalho.

PP: Porquê a vossa preferência com os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)?
M.S.: Os países da CPLP surgiram por uma vantagem comparativa básica nos mercados em questão que é a língua portuguesa.
Contudo, e sustentando a análise do projeto em fatores base, a verdade é que 4,6% do PIB Mundial fala português; existem 253,7 milhões de pessoas que falam a nossa língua; o peso no comércio internacional de trocas entre agentes de língua portuguesa é já de 441,9 milhões de euros; e, num caso específico, já temos hoje 3.000 empresas portuguesas em Angola.
A minha questão prende-se então: porque não acompanhar todo este movimento por uma internacionalização da mão-de-obra qualificada portuguesa? Focamo-nos portanto numa ideia de comunidade entre estes países, porque sabemos que a criação de laços entre as pessoas é muito importante, de forma a também resolvermos o problema real de desemprego nacional e de apoio a todos os jovens que procuram alternativas e soluções.



PP: Apostaram na Rede Social Facebook para difundir o vosso projeto. Têm tido muita procura?
M.S.: A aposta nas Redes Sociais surgiu como necessidade de testar os feedbacks de potenciais interessados. Começamos uma semana antes de ter uma etapa importante no projeto que foi a final no concurso de Empreendedorismo de Diogo Vasconcelos, organizado pela FAP, e na verdade, tivemos um crescimento da nossa notoriedade, alcançando 1000 jovens apenas nesses dias.
Desde lá, temos tido um feedback fantástico de muitos interessados no projeto, que nos contactam tanto por email, telefonemas, contactos pessoais o que nos tem feito trabalhar sem parar. É bom que assim seja, porque a verdade é que cada vez mais toda a equipa acredita e foca-se no nosso objetivo e através de todo estes contactos, pretendemos agora começar a construir a nossa comunidade.
 A rede social foi apenas mais um meio para termos material para trabalhar.

PP: Quais são as maiores dúvidas que chegam até vocês?
M.S.: As maiores dúvidas, em síntese, prendem-se com as incertezas laborais.
O que tenho verificado é que o que faz muito dos jovens não arriscarem na procura de oportunidades nesses mercados é numa palavra: o medo.
E o medo deve-se à falta de informação, à falta de contactos, à falta de feedback de pessoas que tenham passado por essa experiência, à falta de preparação e à falta de confiança no que vão encontrar.
O que nós pretendemos é responder o mais possível a todas essas dúvidas e tirar o medo às pessoas.
Por isso estamos a trabalhar neste momento em ferramentas e meios que o permitam fazer, proporcionando toda a informação possível sobre as necessidades de cada um, criando uma rede de contactos, organizando bases de dados de pessoas que vão para determinados locais e a área que pretendem, organizando meetings entre pessoas e empresas com experiências e interesses semelhantes e responder às necessidades específicas de cada um.
De salientar ainda que trabalhamos enquanto organização sem fins lucrativos, em que o que deixamos bem assente é que não garantimos o futuro a ninguém, garantimos sim, um lugar seguro para começar.

PP: Atualmente, quais são as melhores saídas profissionais e locais de trabalho fora do país?
M.S.: Existem áreas gerais que têm tido muita procura a nível internacional, não só nos países que especificamos mas também noutros países. Dentro dessas áreas destacamos as Tecnologias e Sistemas de Informação, as áreas de Engenharia, a Gestão e  Economia que têm sempre alguma saída e dentro da área de Marketing, o E-commerce.
No Brasil, de referir ainda que as áreas sociais e o Terceiro Setor estão muito mais desenvolvidos que em Portugal, por exemplo, o que pode ser uma oportunidade para quem trabalha nesta área. Nos países dos PALOP poderá ainda ser uma solução e uma alternativa para profissionais da área de educação.



PP: Quanto investiram neste projeto?
M.S.: Os maiores investimentos mais do que financeiros, têm sido o investimento de tempo e de trabalho, que tem grande significado e valor no mercado.
Neste momento temos 14 pessoas ligadas diretamente ao projeto de diferentes áreas como Design,  Marketing, Gestão, Economia, Tecnologias da Informação, Saúde, Engenharias de diferentes universidades do país. Todos nós temos investidos muito tempo e trabalho para responder às nossas necessidades, sendo um projeto de jovens para jovens. E este trabalho em termos económicos, volto a referir tem valor no mercado.
Financeiramente, em termos concretos, temos algumas pessoas a investir no projeto, mas pretendemos colmatar as necessidades estruturais com parcerias fortes e credíveis que identifiquem as suas organizações com o objeto social e com as mais-valias que pretendemos transmitir. Trabalhamos para estabelecer parecerias win win entre os agentes, que contribuam socialmente para o desenvolvimento da nossa comunidade.

PP: Recebem algum tipo de apoio financeiro ou operacional por fora da equipa que criou o Talent Abroad?
M.S.: A nível operacional temos conseguido diversos apoios com o desenvolver do projeto. De salientar a abertura do IAPMEI e da Universidade Católica (onde se situa a nossa sede neste momento) que nos têm orientado de forma a focar-nos e a concretizar o que pretendemos.
Não deixa de ser importante claro que apelamos o apoio de outros entidades, como a Aicep Portugal Global que seria muito importante, em termos de informação.
Durante este ano de trabalho, temos também aberto algumas portas entre instituições bancárias, instituições públicas e organizações de empreendedorismo social que manifestam o interesse em nos apoiar.
Para já, procuramos ser autossustentáveis e crescer por nós mesmos, de forma a que os principais apoios que pedimos no momento, é a de todos os jovens que queiram lutar por esta causa e se queiram juntar a nós, como comunidade. Volto a referir que é um projeto de jovens para jovens.
Tudo o resto, tem surgido naturalmente.

PP: Pretendem expandir o vosso negócio da Internet para agências próprias no país, e quem sabe, fora de Portugal?
M.S.: Sim. O nosso principal objetivo é difundir o nosso conceito por todo o país e criar uma comunidade credível e organizada. Neste momento temos a nossa associação localizada no espaço da Socialspin da U. Católica. Mas pensamos já noutros locais como Universidade de Aveiro, ou mesmo Universidade de Coimbra. Todos os jovens que nos têm contactado com intuito de trabalhar connosco não serão certamente esquecidos, pois queremos conjugar as capacidades técnicas de cada um com uma forte vontade e motivação pelo projeto. Somos 14 neste momento, mas estamos a pensar expandir nos próximos meses para a segunda equipa.
A médio prazo queremos estar presentes nos principais pontos a nível nacional e depois quem sabe, pensar para além de fronteiras... Why not?

PP: Que conselho dão a um recém-licenciado que quer começar a sua carreira no Brasil ou em outro pais da CPLP?
M.S.: Preparem-se muito bem antes de tomar uma decisão. O que nós apelamos é que tomem decisões bem conscientes do que estão a fazer. Procurem toda a informação disponível, troquem contactos com pessoas que se encontrem nos locais que querem ir, procurem empresas das vossas áreas dispostas a receber-vos, contactem pessoas que no nosso território que também pensam no mesmo processo que vocês e se possível frequentem também algumas ações de formação. Diminuam o máximo possível o vosso risco.
Essencialmente, procurem o máximo de informação e tomem a vossa própria decisão. Se não o quiserem fazer sozinhos, podem então contactar-nos que estamos dispostos a ajudar. Sem qualquer custo, pretendemos que as pessoas se juntem também à nossa rede comunitária. É nesta força conjunta que acreditamos e que pretendemos passar a mensagem a todos.


Para mais informações, contacte a TA:

Cobertura fotográfica: Queima das Fitas 2012

No dia 5 e 9 de Maio, O Posts de Pescada esteve presente nos concertos dos festejos da Queima das fitas de Coimbra. A noite de 5 de Maio foi passada ao som da banda vencedora do concurso de bandas da Queima das Fitas 2012, We trust e The Hives. No dia 9, Parna, X-Wife e SUPERNADA fizeram-se ouvir na Praça da canção. Veja aqui as fotos dos concertos e conferências das bandas dos dois dias.

Por Maria Inês Antunes

Robinho - Beatbox - Fotografia

por: Bruno Martins,Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
Miguel Calhaz - Fotografia

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Miguel Calhaz, um talento natural


Miguel Calhaz deslocou-se às instalações da Rádio Condestável para falar da sua vitória no Festival Cantar Abril, na categoria de melhor música original, com o tema “Estas Palavras” e do seu primeiro álbum, que se encontra ainda em fase de produção.

Natural da Sertã, Miguel divide o seu tempo entre a vila que o viu crescer e as cidades de Aveiro e Porto. É professor de música e director da big band da filarmónica união sertaginense, instrumentista múltiplo é no contrabaixo que encontra o seu tom de eleição.
Participou no Festival Cantar Abril 2011, organizado sob a alçada da câmara municipal de Almada, onde arrecadou o Prémio José Afonso, para a melhor canção original, com o tema “Estas Palavras”, interpretado por si (voz e contrabaixo) e Marco Figueiredo (no piano) seu conterrâneo e amigo de longa data com quem partilha outros projectos musicais como o colectivo Trilhos e a banda Popxula.
Neste momento, Miguel Calhaz dedica o seu tempo à preparação do seu album de estreia a solo, que está a ser produzido por João Ferraz, ex-guitarrista dos GNR nos estúdios Quinta da Música em Grijó, Porto.

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques