Praxe solidária da ESEC ajuda instituição em época natalícia.
No passado dia 10 de Dezembro,
realizou-se uma praxe solidária organizada pela Real Tertúlia Bubones da ESEC,
no âmbito de recolha de bens de primeira necessidade revertidos para a
“Associação Integrar”. Esta casa apoia populações desfavorecidas, nomeadamente
crianças e jovens em situações de risco, ex-reclusas e indivíduos em
cumprimento de medidas penais e execução na comunidade.
Toda a comunidade esequiana se
juntou em prol desta causa, tendo sido feito uma banca em que qualquer
integrante da ESEC, poderia doar desde comida, a roupa e até brinquedos.
Pelas 18h15m, os caloiros
reuniram-se atrás do Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia, para dar início à
praxe. Esta, consistia na oferenda de uma simbólica quantia, indo desde 0,50€ a
1,00€, para a compras de bens alimentares.
José Lopes, aluno do primeiro ano
da Escola Superior de Educação, deu-nos o testemunho: “Saímos das “piscinas” e
fomos encaminhados até ao Jumbo. Lá, fomos divididos em grupos, juntámos todo o
dinheiro e pusemos mãos à obra. Comprámos massas, leite, cereais, atum,
salsinhas, arroz, etc.”
Após a compra dos alimentos,
caloiros e doutores da Real Tertúlia Bubones, dentro do próprio Centro
Comercial Dolce Vita, cantaram fervorosamente, músicas natalícias.
Raquel Santos, doutora de 2ºano,
exclamou que: “Temos que nos animar e divertir, afinal entramos de natal. Bora
lá cantar.”
Depois de reunidos todos os
alimentos, os doutores encaminharam os caloiros para trás do Pavilhão
Multidesportos, onde os esperava uma carrinha de recolha dos produtos.
Os membros da “Associação
Integrar”, demostraram em pleno a sua gratidão e disseram que devia ser dado
mais valor à praxe e em especial a praxes como esta.
“Adorei. Achei uma ótima
iniciativa, diverti-me e ao mesmo tempo senti que estava a ajudar”, disse Joana
Jana, aluna do 1ºano.
Carolina Cunha, doutora do 3ºano,
explicou-nos o porquê da realização desta praxe: “Para todos aqueles que acham
que a praxe é uma estupidez e uma humilhação, aqui está algo que revoga essa
teoria. Além de promover a integração de todos os caloiros, esta praxe,
demonstrou a boa vontade de todos na ajuda do próximo.”
Rodrigo Costa, órgão máximo da Real
Tertúlia, falou-nos do que levou a esta praxe: “As pessoas têm uma ideia errada
da praxe, pensam que a praxe é dura e inferioriza os caloiros. Nós conseguimos
ter mais de 150 pessoas e todas elas contribuíram com roupa e alimentos. Foram
angariados 13 litros de leite, 40 quilos de massa, 12 quilos de arroz e um
caixote cheio de roupa. Só não temos esta iniciativa mais vezes porque é
impensável estar sempre a pedir dinheiro aos alunos. Decidimos então fazê-lo na
altura do Natal, visto ser uma altura do ano em que as pessoas são mais
solidárias.”
Com tanta polémica à volta das
praxes, aqui se demonstra um caso de que a praxe pode ajudar-nos na parte da
integração a um novo mundo, como pode ajudar as outras pessoas quando estes
também necessitam. Um caso para ver, realizar e repetir.