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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

“O nosso objectivo é crescer sempre o mais possível”


Após a presença da atleta Beatriz Gomes, em duas finais olímpicas na modalidade de canoagem nos Jogos Olímpicos 2012 em Londres, o Clube Fluvial de Coimbra (CFC) não tem mãos a medir para tanta procura por parte de jovens inspirados.

O CFC teve o seu nascimento em 1989 e o seu crescimento tem sido notório, assumindo já um lugar de destaque a nível canoístico nacional e internacional e é o único em Coimbra que pratica a modalidade.

Em conversa com André Coelho, um dos treinadores no Clube Fluvial de Coimbra, o Posts de Pescada quis saber mais sobre o CFC e sobre os objectivos do mesmo para o próximo ano.


PP - O facto de Beatriz Gomes ter estado em duas finais olímpicas trouxe mais visibilidade para o clube?
AC - Sem dúvida que veio melhorar a imagem do clube e da cidade de Coimbra.

PP - A procura tem sindo muito por parte dos jovens?
AC - Sim, temos tido muita gente mesmo, cerca de 70 pessoas, quase diariamente e muitas delas iniciaram pela prestação de Beatriz Gomes nos Jogos Olímpicos.

PP - A nível de competições nacionais, quando é que o Clube inicia?
AC - O Clube arranca forte ali entre Março e Agosto.

PP - Quais foram os objectivos para essas competições no Clube no passado ano?
AC - Este ano obtivemos melhores resultados na prova torneios abertos que é a prova onde apenas competem as camadas jovens e obtivemos o 4º lugar a nível nacional.

PP - Esperam melhorar esse lugar este ano?
AC - Como é obvio o nosso objectivo é crescer sempre o mais possível. No ano passado obtivemos alguns bons resultados. Este ano, num ano e pouco de trabalho melhoramos já bastante portanto é continuar a melhorar.

PP - O objectivo é o pódio?
AC - Sim, sim, sempre.

PP - Quais são os problemas e dificuldades que o clube tem enfrentado?
AC - A nível de dificuldades é a falta de apoios, como é óbvio. Temos tentado superar isso através de alguma mobilização das pessoas, temos tido dificuldades com os apoios e principalmente com o espaço. Neste momento estamos muito limitados e tem-nos custado aceitar novas pessoas porque já temos muito pouco espaço para as 70 pessoas que temos neste momento.

PP - É um clube então, com cada vez mais crescimento?
AC - Em crescimento e com falta, neste momento, de espaço para desenvolver essa prática.

PP - Referiu a falta de apoios anteriormente. A Câmara de Municipal de Coimbra tem prestado o devido apoio?
AC - Da Câmara de Coimbra temos tido apoio mas como é óbvio na altura em que estamos os apoios tem sido cada vez menos, temos que nos gerir a partir das fidelizações. A Câmara de Coimbra não deixa de nos apoiar nos gastos energéticos de luz e água.

PP - Considera que a canoagem deveria receber mais apoio por parte do Estado?
AC - Sim, se o clube com pouco conseguiu obter esse resultado, imaginemos com mais apoio. Espero que esse resultado tenha demonstrado que a modalidade tem muito potencial em Portugal. Temos muito boas condições climatéricas para a prática deste desporto que ainda é pouco divulgado.

por: Patricia Gouveia

*Este artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico   

EUA de luto pela morte de 28 pessoas



Mais um dia, mais uma tragédia assola os Estados Unidos.

Na passada sexta-feira (14) Newton, Connecticut, acordou envolto em sangue após o massacre de 28 pessoas, entre elas 20 crianças, numa escola primária.

O autor foi identificado como Adam Lanza, de 20 anos, um jovem descrito como inteligente e pouco social.

Não se sabe ainda os motivos do atirador para cometer um crime desta dimensão. Após o tiroteio, o jovem acabou por se suicidar numa sala de aula da Escola Elementar Sandy Hook.

A mãe de Adam Lanza, Nancy Lanza era professora na instituição onde se deu o ataque e foi encontrada morta na casa de seu filho em Newton.

Existem informações que apontam para o facto do atirador ter-se dirigido à escola conduzindo o carro da mãe. Foram também encontradas três armas. Uma delas descoberta atrás de um carro no parque da instituição de ensino e outras duas dentro do próprio prédio.

As escolas da cidade foram fechadas até que a calma pudesse ser de novo restaurada.

Apesar da tragédia, podem-se também encontrar actos de heroísmo. Pelo menos três professores foram sacrificados ao tentar fugir com as suas crianças para os proteger.

A União Europeia manifestou a sua consternação e apoio aos Estados Unidos da América lamentando as vidas perdidas.

Numa declaração na Casa Branca, Barack Obama expressou o seu pesar e decretou quatro dias de luto nacional pela tragédia.

Este é já um dos piores ataques de sempre contra uma escola na história dos EUA.

por: Patrícia Gouveia

*Este artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico  

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Instituto Politécnico de Coimbra dá voz a indignações

No passado dia 15 de Novembro, realizou-se no Instituto Superior de Engenharias de Coimbra (ISEC) uma de duas reuniões gerais do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) que uniu docentes, não-docentes e alunos na luta contra as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2013 relativas ao IPC.
Presidida pelo Presidente do IPC, Dr. Rui Antunes, esta mobilização do politécnico contra o Orçamento de Estado (OE) do próximo ano, teve como base as implicações para o sistema do ensino superior em Portugal e para o Politécnico de Coimbra, caso as medidas anunciadas no orçamento avancem. Perante uma plateia esgotada, criticaram-se as propostas que “põem em perigo o politécnico e a rede de ensino público em Portugal” como sublinhou Rui Antunes.
Esta reunião teve como objectivo, por um lado, dar a conhecer os dados concretos da realidade do Politécnico de Coimbra e, por outro, mobilizar todo o IPC para uma tomada de posição concreta de forma a melhorar a “situação gravosa dos professores e alunos do ensino superior”, como defendeu o presidente do Politécnico.
Para Rui Antunes, não são apenas alarmantes as perspectivas negativas que OE para 2013 traz, mas também “o percurso que tem vindo a ser construído desde 2010”, altura em que a dotação do Orçamento de Estado no IPC foi a mais alta de sempre – 33.174.000€. Desde então, uma queda acentuada regista-se nas verbas concedidas pelo governo ao Instituto Politécnico de Coimbra, situação essa idêntica às outras instituições de ensino superior.
Vejamos os dados: depois de em 2010 o valor dado pelo Estado ao Politécnico ter sido de 33.174.000€, em 2011 esse valor sofreu uma redução de 12% situando-se nos 29.236.068€. Em 2012, a situação não se inverteu e um novo corte de 20% deixou o IPC com uma verba de 23.305.621€. Todavia, a proposta para 2013 prevê um aumento de 6% para os 24.795.594€.
Aparentemente há mais dinheiro “a entrar”. A questão que se coloca é, se de facto, isto representa realmente um aumento?
Voltemos aos números: o OE de 2012 correspondia, como vimos, a 23.305.621€. Já no OE de 2013 (Julho) previa-se um decréscimo de 1,6 pontos percentuais para os 22.927.125€; em Outubro o OE de 2013 perspectivava, porém, num aumento de 6.4% situando-se o valor total nos 24.795.594€.
Contudo, este aumento traduz-se numa despesa acrescida pelo OE 2013 de 3.4111.417€ - o que faz com que o Instituto Politécnico tenha de gastar mais dinheiro no pagamento do 13º mês (1.950.679€), nos custos com a Caixa Geral de Aposentações (1.279.760€), com a Segurança Social (136.638€) e com a ADSE (44.608€). Tomando em conta toda esta despesa, estamos a falar de um corte de 8.2%, passando o valor do verdadeiro OE de 2013 a ser de 21.384.176€. Assim, de facto, e segundo as palavras de Rui Antunes o “verdadeiro corte orçamental será de 1.921.444,72€”.
O Presidente do Politécnico de Coimbra, depois de ter dado uma noção da situação real das contas do IPC lamentou a falta de verbas para a substituição de equipamentos, para o melhoramento de laboratórios ou para a realização de obras nos estabelecimentos de ensino confessando que a realidade está difícil “não por má gestão, mas porque não há dinheiro para as estruturas orgânicas”. Para Rui Antunes “no ano que vem há que cortar
mais, o que não é comportável pois não é possível encaixar de todo este corte” até porque, e segundo os dados facultados, há uma efectiva diferença de 36% no OE de 2010 para 2013 o que corresponde a menos 11.789.823€ a entrar nos cofres do Politécnico.
Segundo o líder do IPC, muitos defenderam que a única hipótese de se atenuar o problema é o despedimento de pessoal e uma maior participação (monetária) dos alunos e famílias no ensino superior. Todavia, Rui Antunes clarificou que “não é esse o caminho que o Instituto Politécnico de Coimbra quer seguir e a intenção de gestão do Politécnico é de defender todos os que nele se incluem”. Relativamente a um possível aumento de propinas o chefe máximo do IPC defendeu que Portugal já é dos países que mais aumentos nas propinas protagoniza, sendo que estas equivalem a 30% das despesas do Politécnico – o que é significativo, e alerta para que é importante que o ensino público seja financiado por verbas públicas até porque “o país seria prejudicado se privatizássemos o ensino superior público através do financiamento apenas por parte das famílias”.
Questionado acerca do facto de que o Politécnico anteriormente não gastava mais do que o razoável, Rui Antunes alertou que no IPC “não se vive acima das possibilidades e as condições de trabalho são as mínimas”.
Outra forma de responder à questão é tentar compreender a discrepância entre verbas concedidas aos vários níveis de ensino.
Se tentarmos comparar o que o Estado gasta com os alunos do ensino básico ou secundário e com os alunos do ensino superior reparamos que, em média o Estado gasta com um aluno do Ensino Básico 2.299,80€ e, com um aluno do Secundário, 4.648,21€. Ora, o “valor” de um aluno do Politécnico de Coimbra é de 2.282,00€ o que faz entender muito facilmente que é no ensino politécnico onde o Estado gasta menos.
Para aqueles que lutam por um ensino politécnico de qualidade, estes dados representam uma séria ameaça ao Ensino Superior Politécnico, ao IPC e aos seus colaboradores. Na opinião daquele que presidiu a reunião geral “temos de manifestar a nossa indignação, revindicando a alteração desta proposta, a bem de todos”. Nas palavras de Rui Antunes “todos como cidadãos não podemos ser passivos” mas “devemos agora manifestar junto daqueles que podem fazer alguma coisa”.
 
por: Maria Ferreira e Rita Mendes
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico 

Condeixa é sinónimo de Solidariedade

A vila de Condeixa não fecha os olhos aos mais necessitados e, por isso, vai organizar, no Cineteatro Municipal, no próximo dia 17 de Dezembro, um “Sarau Solidário” com a esperança de tornar mais feliz o Natal de várias famílias do concelho.
A iniciativa, marcada para as 21:00h, tem como objectivo gerar, de uma forma diferente, uma onda de solidariedade entre os habitantes do concelho para ajudar quem realmente mais precisa. Para marcar presença neste evento cada pessoa terá somente de levar um produto alimentar ou outro bem de primeira necessidade e colocá-lo junto da árvore de Natal que está à entrada do local.
O espetáculo contará com actuações de vários grupos do concelho ligados ao teatro, à música e até à magia e, no final, os espectadores terão ainda direito a chá ou chocolate quente para que se possa criar um ambiente propício à reflexão para com as famílias que passam por períodos bastante conturbados.
Esta acção solidária inclui-se no projecto da Loja Social da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, “A 17 acontece”, que visa “fazer ainda mais pelos cidadãos mais carenciados do concelho” e que permite, até ao final de 2012, todos os dias 17 de cada mês, promover eventos que tenham como finalidade auxiliar os mais carenciados.
Desde a sua existência, várias iniciativas como o “Jantar Solidário” - onde se angariaram roupa, calçado, brinquedos, materiais escolares, produtos de higiene, etc., tornaram Condeixa uma vila solidária.
E porque em tempos de crise há que ser uns para os outros, algumas instituições do concelho – Clube de Condeixa, APPACDM de Condeixa, Associação Humanitária dos Bombeiros, Santa Casa da Misericórdia e o Centro Social da Ega – decidiram juntar-se a este movimento de caridade e também já criaram os seus próprios projectos de angariação de bens, de reabilitação de espaços, de apoio a doentes e de repartição de refeições aos mais necessitados.

por: Rita Mendes
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Mercadinho do Botânico

O mercadinho do botânico é uma feira de agricultura que se realiza todos os sábados no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Produtos biológicos como frutas, legumes, plantas medicinais, flores ou produtos de mercearia vindos directamente do produtor enchem o jardim da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Conimbricense.
Iniciado em 2004 e certificado desde 2005, este mercado sustentável permite desenvolver a agricultura biológica da região, incentiva a compra de produtos de qualidade ecológica e proporciona o crescimento, entre os cidadãos, de costumes amigos do ambiente.
Com entrada gratuita esta é uma oportunidade única de podermos degustar o verdadeiro sabor que estes produtos agrícolas podem oferecer.
 

A decoração primava pelos produtos biológicos
Legumes e frutas são alguns dos mantimentos que podíamos encontrar

A boa disposição não faltava nesta feira
Uma das tantas bancas que marcavam presença neste espaço
Iguarias e especiarias também faziam parte do cardápio
A simpatia dos vendedores conquistou todas as pessoas que por ali passaram
Havia muito trabalho para satisfazer todos os compradores
Várias foram as questões acerca dos produtos e do seu cultivo
Os doces e os salgados também fizeram presença nesta feira
Em alguns momentos punham a conversa em dia
Várias foram as pessoas que passaram por este espaço
Os legumes foram o produto mais vendido
Todas as idades passaram por aqui, desde crianças a idosos
 
por: Maria Ferreira e Rita Mendes
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Exposição: Kaminhos de Papel (Origami)

A exposição de Origami: "KAMINHOS DE PAPEL" decorreu de 5 a 16 de Dezembro na Casa das Artes, situada na Av. Sá da Bandeira em Coimbra. O evento, aberto entre as 16 e as 20 horas, proporcionou a exposição e venda de vários trabalhos. Posteriormente foram realizados Ateliers, nos dias 8 ,9 ,15 e 16, para crianças com o objectivo de dar a conhecer aos mais novos esta arte tradicional japonesa.
Esta exposição contou com o apoio da Fundação Bissaya Barreto e do Diário de Coimbra.
 
 
por: David Barata, Eduardo Carvalho e Mónica Silva

“Espero que a sala esteja esgotada”

Salvador Martinha, humorista português, está a percorrer o país para apresentar o seu espetáculo a solo Salvador ao Vivo. Em entrevista ao Posts de Pescada, o humorista explica porque é que a experiência em Coimbra irá ser diferente das que realizará noutros locais e confessa o desejo de actuar perante uma plateia esgotada, numa cidade preenchida por um público académico.

 
Posts de Pescada: Que tipo de espetáculo é que nos vai apresentar?
Salvador Martinha: Vamos apresentar um espetáculo único por duas grandes diferenças: primeiro quem fará a abertura do espetáculo serão dois humoristas de Coimbra – Rafael Videira e Rui Cruz – e quem fechará o espetáculo será uma tuna da cidade isto porque normalmente os humoristas gozam com as tunas e eu vou dar, no final do meu espetáculo, a oportunidade para as estas gozarem connosco humoristas. Outra diferença é que estes três comediantes mudaram-se uma semana antes do espetáculo para Coimbra de forma a promover espetáculo por toda a cidade. Andámos em todas as faculdades, fomos ao pólo um, dois e três, fomos ao Dolce Vita e tivemos a gravar sketchs nas monumentais e a fazer vídeo e fotografia por toda esta cidade. É um trabalho de excelência.

P.P.: Que tipo de público é que procura?
S.M.: Procuro unicamente as pessoas de Coimbra, o público de daqui. Esta é a segunda vez que venho cá, já actuei aqui anteriormente e adorei. Além disso, não preciso de mudar o meu registo nesta cidade, porque ele é o registo próprio de Coimbra.

P.P: Que feedback espera por parte desse mesmo público?
S.M.: Espero que a sala esteja esgotada. À medida que ando pela cidade vejo que ainda há muita gente que não sabe do espetáculo e por isso é que, justamente, estou cá. Acho que ele merece esgotar não só pelo seu conceito, mas também pelo trabalho e energia que estamos a pôr nesta actuação.

P.P.: Que outros projectos é que os três têm em mente?
S.M.: O Rafael Videira e o Rui Cruz têm um grupo chamado Aristocratas no qual trabalham. É um grupo de humor muito interessante de seguir até porque três dos seus elementos são de Coimbra – para além do Rui e do Rafael também o Jorge Geraldo faz parte do projecto. Convido desde já toda a gente para ir ver a página deles no facebook e a seguir os seus twitters. Depois de estar aqui na cidade, eu irei actuar a solo pelo país com o Salvador ao Vivo, esperando que as outras localidades por onde passarei adiram todas ao meu espetáculo.

Estrevista áudio: https://soundcloud.com/ritalourencomendes/salvador-martinha-no-tagv

por: Maria Ferreira e Rita Mendes
 
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico