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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hábitos de leitura em crise?

Na passada terça-feira, dia 12 de Outubro, comemorou-se o Dia Nacional da Leitura. Numa altura em que os portugueses enfrentam o Programa de Austeridade, será que continuam a comprar livros? Carla Silva, funcionária da Feira dos Livros em Fim de Edição, faz o balanço desta iniciativa, que está localizada na Avenida Fernão Magalhães desde o dia 23 de Setembro.

Ana Teixeira (AT) – Como surgiu a ideia de abrir esta Feira?
Carla Silva (CS) - É uma iniciativa que ocorre várias vezes, sempre em sítios diferentes. A Livraria Calendário tem organizado esta actividade com várias editoras e vende os livros em fim de edição com 50 ou 60% de desconto. 

AT- Vai estar aberta até quando?
CS – A Feira vai estar aberta até ao dia 23 de Dezembro.

AT - Tem registado muitas vendas?
CS - Sim, as pessoas aderem bastante devido aos preços baixos que os livros têm.

AT - Está a superar as expectativas?
CS - Sim, penso que sim.

AT - Qual é o principal cliente?
CS - Talvez pessoas entre os 30 e os 40 anos.

AT – E os jovens também se interessam pela leitura?
CS – Alguns sim, mas os melhores clientes são mesmo as pessoas entre os 30 e os 40 anos.

AT - Qual é o estilo de livro mais procurado?
CS - Talvez romances e livros infantis.

AT - Na passada terça-feira, dia 12 de Outubro, comemorou-se o Dia Nacional da Leitura. As vendas aumentaram?
CS – Não se registou muitas mudanças, acho que foi um dia normal.

AT - E sentiu que as pessoas tinham conhecimento sobre o significado desse dia ou foi uma data que passou despercebida?
CS - Não, não tive qualquer contacto com pessoas que sabiam o significado do dia 12 de Outubro. Penso que foi uma data que passou despercebida.

AT - Acha que as pessoas continuam a ter tempo para ler, uma vez que estas têm uma vida cada vez mais preenchida?
CS - Algumas pessoas queixam-se que compram os livros e que depois não têm tempo para os ler, mas penso que tentam, pelo menos.

AT - Estamos numa altura de crise, existe agora o Programa de Austeridade, em que os livros não educativos vão ser taxados a 23%. Será que as pessoas vão continuar a comprar livros?
CS - Não sei, vai ser cada vez mais difícil as pessoas conseguirem comprar livros e aprenderem alguma coisa com eles. Vai ser complicado.

                                                                                                                              Ana Cristina Teixeira
Grupo 4

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