Eis uma semana em que, finalmente, o nosso querido e amado engenheiro José Sócrates terá concorrência ao protagonismo de sempre. Eis uma semana em que qualquer português que seja fã do desporto rei (e são quase todos, diga-se de passagem) vai estar atento aos ataques fulminantes entre Futebol Clube do Porto e Sport Lisboa e Benfica, ou Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, ou Villas Boas e Jorge Jesus. O que quiserem e tudo depende dos gostos: para um filme de acção pode optar por Pinto da Costa vs. Luís Filipe Vieira, para um filme de comédia serve mesmo Villas Boas vs. Jorge Jesus. Adoro este campo de batalha em que Pinto da Costa faz jus ao provérbio “quem ri por último, ri melhor”. E Vieira cai sempre. Ou quase sempre. O ano passado, Vieira - e, talvez, mais algumas cabeças um tanto ao quanto pensantes – decidiram fazer jus ao nome do estádio da casa. Fez-se luz, nos “Túneis da Luz”. E foi tanta ao ponto do presidente dos dragões “deixar fugir” um campeonato a pensar em tamanha malvadeza pronta a explodir, quiçá, já este fim-de-semana! Algo pior que um ataque terrorista e que faça desabar uma época que já não começou bem para os encarnados. Vá-se lá saber porquê! Sim, porque o FC Porto não arrecadou o campeonato na época passada graças ao afastamento do “Incrível” por alguns (talvez poucos) meses dos relvados. Não, desculpem. As declarações dadas pelos jogadores e equipa técnica dos “dragões”, tetracampeão na altura, clamavam por justiça e respeito precisamente por serem detentores de quatro campeonatos seguidos (à época, sublinho). Acho certo, magnífico até. Ainda estão para sair leis que permitam que jogadores tetracampeões fiquem isentos de sanções disciplinares por parte do Conselho de Justiça da Liga. Carrega Benfica, que quando forem tetracampeões joga-se à chapada, ao murro e ao pontapé. Parece-me agressivo, não? Mas, passando à frente, vamos relembrar algumas cabeças acéfalas porque é que a chama imensa da águia abafou o dragão na época transacta: a “Mão de Deus”, de El Pibe, que levou a Argentina à vitória no Mundial de ´86, no México, foi quase tão milagrosa como a “mão de Jesus” que deu o campeonato ao Benfica. É isto que o senhor dos “Apitos Dourados” ainda não percebeu. Mais que isso, foi isto que nunca teve: uns meninos a praticarem um futebol nunca antes visto, um futebol mágico, de outro mundo. Pode rir por último, pode rir melhor, mas nunca terá nem a “mão de Jesus” nem uma taça na salinha de troféus com tanto brio como a de 2009-2010. Agora, e por enquanto, considera-se a contratação do novo “Mourinho pechisbeque” (como lhe chama o brilhante Ricardo Araújo Pereira!) extremamente valiosa…mas verão que milagrosas são as jogadas de bastidores. Logo não há que ter medo quanto à hipotética não realização deste jogo devido à greve dos árbitros. Ah! A não ser que lhes aconteçam cenas macabras parecidas às que sucedem sempre - sim, sempre - à comitiva encarnada neste tipo de clássicos. Mas isso das claques “intocáveis” vs. segurança pública fica para outras divagações…
Ana Sérvolo
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