A série televisiva «Conta-me como Foi» é no presente, maneira de ver o passado através de uma “janela” nas nossas casas.
Todos os que não viveram naquele tempo podem agora dar uma olhada aos finais da década de 60 e aos seus problemas políticos, sociais e económicos. A série retrata a vida de uma família lisboeta, de classe média-baixa, numa sociedade em mudança. As histórias do dia-a-dia são contadas através de recordações de infância, mas sem deixar de assinalar vários acontecimentos importantes da década contados algum humor à mistura. Concebida com o propósito de entreter, a série demonstra os tabus e as mentalidades fechadas, mas sem nunca criticar ou julgar retratando apenas um período de tempo em que a sociedade foi sujeita a assuntos que ainda hoje debatemos nos nossos dias desde o contraste entre classes sociais, a homossexualidade, …até à crença de que o homem era superior à mulher.
No fundo esta série não aponta o que está mal ou bem, ela apenas retrata a época, no entanto deixa o público a pensar, provocando reflexão sobre os temas abordados.
Raros são hoje, este tipo de programas que educam além de entreter, ainda que não directamente.
Não deveria a sociedade dar mais valor aos programas que instruem, principalmente os que se dizem para os mais novos?
Já que estes são mais susceptíveis ao que vêm, o que se passa no mundo deles?
Muito se escreve e fala do mal que os programas são e fazem, alguns até escrevem que são o mal deste século ou mesmo que estamos a tornar os mais novos em autênticos “zombies” em frente à televisão, estudos recentes referem que um adolescente, entre os 8 e os 18, passa em média 4,5h por dia em frente à televisão.
Números realmente assustadores, mas o que fez a sociedade para que tal se altere?
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Fonte: Jornal i – noticia: Onde está o seu filho? Deve estar online há mais de dez horas
Grupo 6
Marcelo Mariano
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