É um dos
assuntos que mais controvérsia tem gerado no mundo jornalístico e não só,porque tal
decisão implica a coordenação de factores políticos, económicos e sociológicos.
A RTP ao
longo dos anos habituou os portugueses a longos anos de exemplar serviço
público. A televisão pública acompanhou os portugueses ao longo de 56 anos
fazendo parte da própria história do país. Este é um dos motivos pelo qual não
concordo com a privatização da televisão pública, pois o inestimável arquivo de
imagens, som e texto têm um conteúdo tão rico ao nível cultural que seria
injusto uma empresa ficar na posse de tal espólio. A perda da independência
financeira é outra das razões que levariam à eventual degradação da isenção e
liberdade de informação já que tal requisito é profundamente apreciado pelos profissionais desta área já que não têm de se preocupar em responder à empresa
A,B ou C acerca do seu trabalho. A liberdade de expressão é um direito consagrado na Constituição portuguesa e na minha humilde opinião
só com um serviço público de televisão e rádio tal objectivo é alcançado.
Defendo sim, uma reestruturação interna de maneira a potenciar a RTP. Os tempos
são outros e como tal a televisão pública precisa de evoluir, colocando o
cidadão como a sua primeira e última referência, dispondo-se ao serviço deste,
pois foi com esse propósito que foi criada. Finalmente a definição de
prioridades no que respeita à programação deveria ser regra, justificando tais
decisões editoriais em praça pública.
José Tiago
Silva Ferreira
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