O touch-screen veio
para ficar. Este sistema tecnológico está em todo lado e promete expandir-se
até ao mais ínfimo objecto do nosso dia-a-dia, incluindo peças de roupa e
folhas de papel.
Tudo entre 1965 - 1967 no Reino
Unido, quando EA Johnson, no Estabelecimento Radar Royal, inventou o primeiro ecrã
sensível ao toque. O inventor publicou um artigo em 1968, com uma descrição
completa desta nova tecnologia, para controlo do tráfego aéreo. Em 1971,
um "sensor de toque" foi desenvolvido pelo doutor Sam Hurst, na
altura instrutor da Universidade de Kentucky. Este sensor designado por
"Elograph" foi patenteado pela Universidade de Kentucky Research
Foundation. O "Elograph" não era transparente como os ecrãs touch modernos, no entanto, foi um marco
significativo na tecnologia dos ecrãs sensíveis ao toque.
Três anos depois,
Sam Hurst, desenvolveu o primeiro verdadeiro touch-screen, incorporado numa
superfície transparente. Em 1977, a Siemens Corporation financiou
um projecto da Elographics
(empresa fundada por Sam Hurst) para produzir a primeira
interface de vidro curvo com sensor de toque, que se
tornou o primeiro dispositivo a ter
o nome de "touch
screen".
Do passado ao
presente, hoje temos à nossa mão telemóveis, leitores de música, computadores, e-books e tablets com a tecnologia touch.
Vamos a grandes superfícies comerciais e deparamo-nos com caixas de
supermercado com touch-screen e mapas
dos centros comerciais em touch-screen. Mas
esta tecnologia promete muito mais. Investigadores trabalham diariamente
para alargar esta aplicação a cada detalhe do nosso dia-a-dia. Com uma visão
bastante futurista, a Corning Incorporated, líder mundial em vidros especiais e
cerâmica, publicou um vídeo que já teve 16.554.136
visualizações, A Day Made
of Glass” mostra-nos como poderá ser um futuro em que grande parte das
superfícies possuem sensores sensíveis ao toque.
Este mundo
construído de sensores de toque e, também de movimento, poderá estar mais
próximo do que imaginamos, e não só em superfícies de vidro como até agora. Pesquisadores
da Universidade de Munique e do Instituto Hasso Plattner têm vindo a
desenvolver um novo tipo de tecnologia touch
que poderá permitir adicionar esta tecnologia a itens de uso diário, tais como: roupas, fios dos phones, mesas de
café e, até mesmo, pedaços de papel.
Também pesquisadores
da Microsoft e da Carnegie Mellon
University procuram utilizar a tecnologia touch em novas superfícies, neste caso, em qualquer superfície. Um novo dispositivo que combina um projector
em miniatura e uma câmera de infravermelho de profundidade e que se
monta no ombro e, ao qual foi dado o nome OmniTouch,
pode transformar qualquer superfície
próxima num ecrã touch
interactivo. Assim, até a nossa mão poderá vir a ser usada como
teclado de um telemóvel, ou um bloco de notas poderá
transformar-se num computador e até uma
parede num monitor interactivo.
Se a
tecnologia touch já evoluiu para multi-touch (superfícies que
reconhecem, não só um ponto de contacto, mas vários, permitindo mais
interactividade) e, se o reino das superfícies de vidro vier a ser
partilhado por quaisquer outras superfícies, que outras surpresas nos reservará a
tecnologia touch?
Catarina Rodrigues, R1
(tema: Tecnologia)
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