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segunda-feira, 14 de maio de 2012

The Hives: Um vulcão em erupção na Queima de Coimbra


Começou no dia 4 de maio e terminou no dia 11, no Parque da Canção de Coimbra e é um dos pontos altos da cidade de Coimbra e da vida dos seus estudantes. 

Ao longo deste artigo, faço revista de um dos dias mais aguardados por todos que encheram o recinto naquela noite na Queima das Fitas de Coimbra.

Foi no dia 5, sábado, que os presentes no recinto se prepararam para receber um dos grandes nomes para o cartaz deste ano, The Hives.
Antes disso, foi a vez do projecto português de André TentúgalWe Trust. Esta foi certamente a banda que acompanhou os estudantes universitários de Coimbra este ano: recebeu-os na Festa da Latas e Imposição das Insígnias (Latada) – no dia 29 de outubro de 2011–  e agora prepara-se para a despedida de mais um ano letivo na Queima das Fitas.
A banda entra em palco, por volta da meia-noite e meia, bem mais composta há uns meses atrás. Ainda com o recinto a encher, fez-se ouvir com êxitos como WaitingTime (Better Not Stop) e uma cover de Swoon dosChemical Brothers, sempre numa certa correria contra o tempo estipulado pela organização.
We Trust não desiludiu e provou ser uma banda de maior diversidade musical do que todos pensavam ser. Com saxofones e outros instrumentos clássicos de sopro, André Tentúgal deu a provar uma sonoridade bastante diferente da esperada depois do êxito de Time (Better Not Stop).
Sem dar por isso, o momento mais esperado na noite chegara. The Hives eram a próxima banda a atuar.
Com cenário montado e com ninjas vestidos de negro de um lado para o outro a preparar o espaço da banda, tudo fazia prometer que ia ser uma atuação cheia de movimento e energia.
Pontuais, chegam ao palco faltavam dez minutos para as duas da manhã. Primeiros acordes chegam do escuro e o público recebe a banda sueca de braços abertos. De smoking e cartola, a banda apresenta-se: «Hello! We’re The Hives from Sweden!».
You Dress Up For ArmageddonTry Again foram algumas das primeiras músicas que se fizeram ouvir do palco principal, sem esquecer o novo álbum da banda, Les HivesGo Right Ahead, e Patrolling Days estiveram presentes.
Foi com os primeiros som de guitarra que a multidão entrou em histeria e formou uma nuvem de poeira de tantos pulos e moche. Walk Idiot Walk foi um dos momentos altos da noite.
Mais singles conhecidos do público não faltaram à festa: Main Offender surgiu logo de seguida, entre gritos de «I’m loving this», proferidos pelo vocalista Pelle. My Time is ComingWait a MinuteWon’t Be Long e, a preferida de muitos, Hate to Say I Told You So, fizeram também aquecer a noite que prometia ser fria.

Enquanto recuperava o fôlego, o vocalista agradece a presença de todos e apresentava a banda mais uma vez, como se fosse começar o concerto: «We’re The Hives from Sweden!».
De facto a banda não nos providenciou um momento de Déjà Vu com a set list, mas a energia continuava a mesma.
Concerto não é concerto sem o momento em que a banda se despede e regressa para mais uns momentos de entrega ao público exigente! «Everybody say YEAH!!», grita a banda, enquanto voltavam a entrar no palco. E do nada surge Tick Tick Boom. Uma explosão, é certo, pois o parque da Canção poucas vezes viu tamanha agitação e empenho de uma banda para com os seus fãs.
Foi um festival de luzes e energia, tanto por parte do vocalista como pelo resto da banda – saltos, corridas de um lado para o outro, microfones ao ar e sucessivas idas ao público, foi algo constante durante todo o concerto.
Sempre com uma classe inquestionável, de um entusiasmo louvável e de uma fome de palco insaciável, os suecos The Hives provaram, em solo português, ser a banda digna do título que conquistaram no início da sua carreira: são sem dúvida uma das melhores bandas de sempre a tocarem ao vivo.

Artigo Original no Espalha Factos
Texto de Vanessa Sofia / 
Fotografia de Inês Antunes

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