Foi
através de uma simples navegação no Facebook que Adriana Vieira, aluna do curso
de Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Coimbra, soube que
podia contribuir para um Mundo melhor através da doação de cabelo. Apesar de em
Portugal não ser fácil contribuir com este tipo de ajuda, Adriana conseguiu
ainda assim concretizar o seu objetivo e ajudar o próximo.
Como é que surgiu a ideia de doar o seu
cabelo?
Foi
quando vi um vídeo de uma menina americana no Facebook. Ela soube que se podia
doar cabelo para ajudar crianças com cancro e decidiu ir ao cabeleireiro e
pedir para cortarem o dela de forma a poder fazê-lo. Foi assim que tive
conhecimento da causa e nesse momento decidi que ia fazer o mesmo. Nessa altura
tinha cortado cerca de 25cm de cabelo e como não sabia que era possível doar,
foi para o lixo. Depois tive que deixá-lo crescer novamente para poder doar.
Sente que é uma causa conhecida e de fácil acesso à
informação ou ainda é “ignorada” pela sociedade?
Eu
acho que a causa se tem tornado conhecida e até bastante divulgada mas apenas
por quem doa cabelo. No entanto, tendo em conta que em Portugal havia apenas
uma única instituição a aceitar este tipo de doações, o IPO, penso que é normal
não haver grande conhecimento. Principalmente porque me parece que esta
instituição nunca teve grande interesse em receber estas doações devido aos
elevados custos de produção de uma peruca de cabelo natural.
Soube recentemente que o IPO deixou de aceitar doações, devido
precisamente aos elevados custos de produção de uma peruca de cabelo natural.
Ainda mandou para o IPO ou teve que procurar uma instituição alternativa?
Não,
infelizmente já não fui a tempo de enviar para o IPO e portanto tive que
procurar alternativa, que acabou por aparecer em Inglaterra, numa Instituição
chamada “Little Princess Trust” e que oferece perucas de cabelo natural para
meninos e meninas no Reino Unido e na Irlanda que tenham perdido o seu cabelo
natural devido aos tratamentos do cancro.
Doa o cabelo para sua realização
pessoal ou apenas com a intenção de ajudar o próximo?
Desde
o momento em que decidi doar, nunca pensei em mim. A minha ideia sempre foi dar
uma nova esperança a alguém, por isso acho que posso dizer que fiz apenas com a
intenção de ajudar o próximo. Claro que no fim, quando vemos o cabelo na caixa
dos CTT pronto a enviar, acabamos por sentir também uma enorme satisfação
pessoal.
Sendo uma ação de voluntariado e que visa ajudar quem
necessita, os CTT facilitam as condições de envio ou as pessoas que doam o seu
cabelo não têm qualquer tipo de regalia na hora de enviar o seu donativo?
Isso foi uma dúvida que me surgiu na altura em que decidi
deixar crescer o cabelo para doar. Mas não, não há facilitismos. Enviar cabelo
tem exatamente as mesmas condições que enviar uma encomenda e os portes têm que
se pagar.
Rafael Simões, grupo 8
Sem comentários:
Enviar um comentário