Avenida Dr. Oliveira Salazar |
Casa do Dr. Oliveira Salazar |
Aurora Borges, residente em Santa Comba Dão, relembra
a passagem do ditador pela cidade.“ Dizem muito sobre Salazar, mas a verdade é
que ele não tirava nada ao Estado, como acontece agora”. A residente explica
que Salazar era uma pessoa humilde, quando ia a Santa Comba Dão, a empregada ia
às compras para a casa, mas ele tirava sempre dinheiro dele para as compras e
para o transporte. “Era também costume mandar fazer um par de sapatos por ano,
sem tirar dinheiro nenhum ao Estado”, acrescenta. Por fim relembra ainda, que “
mesmo quando fazia um jantar, ou havia algum evento especial, o talher que era
usado para essa ocasião era reposto logo a seguir. Não é como agora que quanto
mais puderem roubar ao Estado melhor”.
Escola_Cantina Salazar |
Todavia, João Bernardo, recorda ainda o tempo da
guerra em que “tudo era racionado, pois a comida tinha de ir para fora para o
exército, mesmo que pudéssemos comprar mais, não podíamos”. Este, refere ainda
que “o povo está melhor agora porque há mais liberdade e não há tanta fome”
como no seu tempo. Contudo, admite que “apesar de ter havido muita miséria e de
o povo ter passado muita fome, não havia a corrupção que há hoje em dia”.
São várias as histórias que se contam acerca do seu funeral e do sitio onde estará o seu corpo. “Apesar de ter sido feito um funeral no cemitério do Vimieiro acredita-se que o corpo não estaria dentro do caixão”, explica Aurora Borges.
No cemitério pode-se encontrar um pequeno memorial em
sua honra com um poema e algumas frases.
“O
Homem mais poderoso de Portugal
Do
século XX, e modesto sem igual
Nasceu
humilde e humilde cresceu
Viveu
humilde e humilde morreu
…
Medíocre
é o povo que com ele nada aprendeu”.
Memorial no cemitério do Vimieiro |
“Havemos de chorar os mortos, se os vivos não o
merecerem”.
“O errar é próprio dos Homens, mas até à data foi o
melhor estadista.
É o mais honesto dos governantes de Portugal”.
Trabalho realizado por:
Joana Beja
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