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terça-feira, 19 de outubro de 2010

“O que tenho em mente é viver livremente”


Bruno Sobral é o actual vocalista da Banda Smoking Beer, formada em 2005 em Mortágua. Tendo um estilo entre rock  e punk, influenciado por bandas como The Doors, Nirvana, Xutos & Pontapés e Censurados, os Smoking Beer lutam para conseguirem tornar-se uma banda de referência no panorama nacional. Para além da música, Bruno Sobral também frequenta o curso de comunicação social.

Tony Santos (TS): Porque decidiu participar numa banda?
Bruno Sobral (BS): Eu decidi participar numa banda desde o momento que fui convidado por uns amigos meus, que estavam em dificuldades em arranjar um vocalista. Eu já tinha tido uma banda com o baixista dos Smoking Beer.

TS: De que falam as letras dos Smoking Beer?
BS: As letras dos Smoking Beer falam de assuntos normais, questões que todos temos, falam de sentimentos, de problemas, de alegrias, de tristezas, basicamente falam da realidade humana.

TS: Como vê o sistema musical em Portugal?
BS: Vejo-o de uma forma afunilada, é natural porque é um ciclo. Escolhe-se as bandas que gerem lucros e é muito difícil para novas bandas surgirem em pequenos ciclos, como são as queimas das fitas, festivais de Verão e é preciso realmente ter persistência e vontade para realizar o nosso desejo que é fazer música ao longo da vida.

TS: Os Smoking Beer teriam capacidade para estar no topo da música nacional?
BS: A capacidade existe quando as pessoas gostam e têm algum interesse no que estão a fazer e assim evoluem. Difícil é manter uma banda e ter todos os elementos virados para os mesmos objectivos. A minha banda tem quatro pessoas e cada uma tem a sua vida fora da banda. Há coisas que nos escapam, não podemos controlar a vida dos outros.

TS: Soube que por razões pessoais o vosso baixista vai deixar a banda, acha que será o fim ou uma nova viragem dos Smoking Beer?
BS: Isso é verdade, é um momento que estamos a passar. O nosso baixista vai embora em Dezembro. Vai ser uma grande baixa. Era alguém que trazia ideias novas e interessantes e isso vai deixar de existir. Vamos esperar que haja mais baixistas. E há, há muita gente à procura de entrar numa banda. Apesar desta grande tristeza, pode vir alguém com potencial e que leve isto para a frente.

TS: Para além desta ocupação, também voltou a estudar. Acha que é uma mais-valia a qualificação?
BS: Acho que é uma mais-valia, ainda por cima num país onde é difícil progredir. Faz sempre falta a formação.

TS: Porquê comunicação social?
BS: Gosto de comunicar, de uma maneira ou de outra. Em comunicação social tenho mais um veiculo para levar mensagens às massas.

TS: Quais são as suas aspirações no futuro? Quer na música, educação e outros campos?
BS: Espero que o meu futuro seja risonho. Gosto de ser positivo e acredito que as coisas fazem sentido. Voltei agora a estudar e sinto-me bem. Optei pelo melhor caminho.

TS: Está a ser difícil voltar a estudar?
BS: Não posso dizer que esteja a ser fácil. Está a ser estimulante, um desafio que me está a ser gratificante. Estou a sentir-me activo.

TS: Tem algum projecto para o futuro?
BS: A curto prazo quero acabar o curso. O único projecto que tenho em mente é viver. Viver livremente.

TS: Quer acrescentar alguma coisa?
BS: Quero acrescentar que não entrei nos Smoking Beer por apenas existir um lugar vago. Passei por um casting sem saber. Fui a vários ensaios sem saber que estava a ser testado. Mais tarde, riam-se todos porque eu não sabia, mas não era para ficar na banda. E agora que o nosso baixista está para sair e isto está para acabar, sou eu que estou a lutar para que isto não tenha um final.


                                                                                                    Tony Santos
Grupo 4

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