Por: Ana Sofia Rodrigues
Grupo 7
José Rodrigues dos Santos (JRS) é Director de Informação da RTP e apresentador do Telejornal, escritor e professor de Ciências da Comunicação na universidade Nova de Lisboa. Nasceu em Moçambique, em Abril de 1964 e foi lá que experimentou as primeiras duras realidades da guerra, que mais tarde vieram ter impacto na sua vida.
Começou a sua carreira como jornalista com 17 anos, em 1981, trabalhando para a Rádio Macau. Depois de se licenciar em Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa, em 1987 foi trabalhar para a BBC em Londres e voltou a Portugal em 1990, integrando a RTP. De 1993 a 2001 foi colaborador da CNN. Esta era uma etapa crucial no desenvolvimento das suas habilidades jornalísticas e da escrita, começando também a ensinar jornalismo de televisão e rádio na universidade Nova de Lisboa.
Na RTP começou como um repórter para o Telejornal mas em poucos meses tornou-se apresentador. Estava a apresentar este programa, quando em Janeiro de 1991 surgiu a notícia da Guerra do Golfo e a sua apresentação dos eventos dramáticos que surgiam, levaram-no imediatamente à atenção nacional. Em consequência, JRS foi promovido pivot principal da RTP, tornando-se esta, a posição que ainda hoje ocupa.
Em 1993, e ao trabalhar para RTP, transformou-se num cooperador activo do relatório mundial da CNN, recolhendo histórias que se passavam em todo o mundo, à estação americana. Cobriu a guerra e a crise na África do Sul, Angola, Timor Oriental, Iraque, Kuwait, Israel e os territórios, a Albânia, a Bósnia-herzegovina, a Servia e o Líbano palestinos. O seu último conflito foi a guerra de 2008 Russo-Georgiana, que cobriu de Tbilisi e de Gori.
Em 2000, JRS terminou sua tese de doutoramento, em reportagem de guerra, que mais tarde publicou em três volumes, intitulado Crónicas de Guerra.
Ao longo dos anos, José Rodrigues dos Santos ganhou vários prémios académicos e jornalísticos. Venceu o Prémio Ensaio, do Clube Português de Imprensa, em 1986, e American Club of Lisbon Award for Academic Merit, do American Club of Lisbon em 1987. Ganhou o Grande Prémio de Journalismo (do Clube Português de Imprensa, em 1994. Internacionalmente, venceu três prémios da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história “Huambo Battle”; o Best News Story of the Year for the Sunday, em 1998, pela reportagem “Albania Bunkers”; e o Contributor Achievement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho.
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A sua primeira obra foi, A Ilha das Trevas (60 000 cópias). A vida e tragédia de uma família timorense serviram de ponto de partida para aquele que foi o romance de estreia de José Rodrigues dos Santos. Um romance comovente onde a ficção se mistura com o real para expor, num ritmo dramático, poderoso e intenso, a trágica verdade que só a criação literária, quando aliada à narrativa histórica, consegue revelar.
Dois anos mais tarde, terminou a sua segunda, A Filha do Capitão (117 000 cópias). Decorrendo durante a odisseia trágica da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, conta-nos a aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e traz-nos uma paixão impossível entre um oficial português, o capitão Afonso Brandão e uma bonita francesa Agnés Chevallier. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e sobre a morte, sobre Deus e a condição humana, a arte e a ciência, o acaso e o destino.
Após A Filha do Capitão, todas as obras de JRS, transformaram-se bestsellers instantâneos, vendidos em 17 línguas.
Em 2005, publicou O Codex 632 (192 000 cópias). Baseado em documentos históricos genuínos e fundamentalmente no trabalho do historiador Augusto Mascarenhas Barreto, ao longo das suas 552 páginas, conta a história de uma investigação em torno da possibilidade de Cristóvão Colombo ser português, apoiando-se em lacunas do percurso do navegador cuja identidade e missão continuam a suscitar dúvidas.
A sua obra seguinte foi, A Fórmula de Deus - O Enigma de Einstein (178 000 cópias), transformou-se o livro mais vendido em Portugal no ano de 2006. Um dos principais temas abordados pelo livro é a prova científica da existência de Deus, a partir de uma fórmula de Einstein. Grande parte da obra passa-se no Irão, Teerão, Tibete e Portugal, onde o personagem principal sofre grandes desventuras.
Em 2007 lança, O Sétimo Selo (190 000 cópias). A história gira à volta de dois homicídios parcialmente semelhantes. Dois professores ligados ao mesmo projecto são encontrados mortos com uma diferença de algumas horas, ambos com um bilhete assinado de 666, o "número da besta". Tomás Noronha, um historiador, é contactado pela Interpol para decifrar esta sinistra semelhança nos dois corpos. Durante a investigação Tomás vê-se envolvido num mundo de intriga, mistério, descoberta, puzzles que se tornam cada vez mais claros: o Apocalipse está a chegar. Enquanto isto, Tomás Noronha vê-se perseguido por uma outra situação. Tomás Noronha tem uma mãe viúva que apresenta indícios sucessivos de Alzheimer. Para além da pressão quer se acumulava à medida que o protagonista avança no enigma em questão, Tomás terá de viver com o peso de que um dia a sua mãe se esquecerá para sempre de quem este representa.
No ano seguinte, publicou A Vida Num Sopro (138 000 cópias). Com esta obra, José Rodrigues dos Santos traz o grande romance de volta às letras portuguesas. Uma história dos anos 30, quando Salazar acabou de ascender ao poder e, com mão de ferro, vai impondo a ordem no país. Portugal muda de vida. As contas públicas são equilibradas, Beatriz Costa anima o Parque Mayer, a PVDE cala a oposição. Luís é um estudante idealista que se cruza no liceu de Bragança com os olhos cor de mel de Amélia. O amor entre os dois vai, porém, ser duramente posto à prova por três acontecimentos que os ultrapassam: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato inesperado e a guerra civil de Espanha. Através da história de uma paixão que desafia os valores tradicionais do Portugal conservador, este fascinante romance transporta-nos ao fogo dos anos em que se forjou o Estado Novo.
Em 2009, A Fúria Divina (176 000 cópias). Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra: 6AYHAS1HA8RU. Ahmed é um menino egípcio a quem o Mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O Mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo. Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos. Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda.
Em 2010 publicou A Última Entrevista de José Saramago, um livro curto que contém as suas conversações com o Nobel português da literatura, que morreu este ano.
O seu último livro é, O Anjo Branco (1 000 000 cópias). A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo. No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.
Chamam-lhe o Anjo Branco. Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar. Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.
Este livro já vendeu mais de um milhão de exemplares em Portugal.
Fontes: wook.pt e joserodriguesdossantos.com
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