por Joana Góis, R1
A “escola de talentos”, como é apelidada por algumas pessoas, cai no ridículo
de tentar aproximar-se da vida dos adolescentes de hoje em dia. Ninguém, e vão
concordar comigo, do estrato médio, consegue ir durante as férias de verão na
totalidade para a praia. Isto, porque atrás de 9 séries caracterizando anos
lectivos, seguem 8 temporadas de descanso destas. Já não se aguenta ouvir falar
do mesmo, já não aguento ter um canal de televisão durante duas horas a passar
a repetição do dia anterior e um novo episódio. A força do destaque dado pela
TVI a esta série adolescente deixa todo o país diabético, tal não é a
quantidade de açúcar que estamos habituados a consumir, há cerca de 3000 dias.
Depois, é óbvio que as falas das personagens só podem ser do mais básico e
rudimentar possível. Quando sou “obrigada”, pelo meu irmão de sete anos, a ver
esta novela, não posso deixar de ficar boquiaberta com os diálogos que ouço. É
verdade (tal como os críticos afirmam) que a série é um lugar onde novos
talentos têm oportunidade de florescer, visto que se vêem a trabalhar
ao lado de grandes nomes portugueses que por lá passaram como Nicolau Breyner e
Ana Zannati. Mas, não nos esqueçamos de verificar que a maioria destes pequenos
actores sofre ainda de um escasso nível de aproveitamento, e decerto não é
única e exclusivamente quem tem voto na matéria que se apercebe dessa
realidade.
A história é sempre a mesma, o que (ainda) vai variando, são as pessoas que
a vivem. Podemos pedir, por favor, para substituir por umas bananas com sal? Já
ninguém pode com tanta coisa doce.
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