As férias terminaram, os estudantes
regressaram e um novo rumo se avizinha para novos alunos. A semana de Recepção
ao Caloiro foi composta por aulas, praxes e convívios para que os caloiros se integrassem
e conhecessem a cidade.
Ao longo de uma semana as “bestinhas” tiveram a hipótese
de conhecer todos os doutores e apimentar a curiosidade sobre o que é a
Tradição Académica, a praxe e a importância de vestir o traje.
Não só a Real Tertúlia Bubones preparou uma semana cheia
de animação e integração para os caloiros, como também, a Associação de
Estudantes da Escola Superior de Coimbra tentou mostrar aos alunos a
importância da sua existência, que é preciso lutar pela nossa Escola, pelos
nossos direitos e pelo nosso futuro! Também a K&Batuna actuou para dar as
boas-vindas a todas as pessoas que voltaram e às que chegaram.
“Glória, Glória à ESEC... E ser caloiro é bom!” foi o que
mais se ouviu durante a semana de Recepção ao Caloiro, acabando por tocar no
coração dos Doutores, uma vez que também passaram por estes momentos que deixam
saudade. Toda a escola cantou e pulou, como
se não houvesse uma hierarquia, neste caso, caloiro – doutor e todos envolvidos
por uma mesma emoção.
De acordo com Frederico Gomes, caloiro de Comunicação Organizacional,
“foi uma semana inesquecível, escolhi as minhas madrinhas e criei uma nova
família que me irá acompanhar nesta nova etapa da minha vida”. À medida que os
dias vão passando a afeição aparece inesperadamente e o sentimento reina: “pertenço à ESEC, a Coimbra e à Tradição”.
Ao longo de uma semana foi vísivel a “Alma, Dinamismo e Convicção”
desta futura geração da Escola Superior de Educação de Coimbra. Mas, a verdade,
é que alguns chegam, outros por opção ou não, acabam por ser colocados noutros
lugares. No entanto, custa, porque os laços fortalecem-se num ápice. Sem darmos
conta as lágrimas começam a cair sem querer e deixar a cidade começa a ser o
pesadelo do dia-a-dia.
Cristiana Abranchez, ex-caloira da Arte e Design, na
ESEC, conta-nos como é passar por todas estas etapas “cheguei à ESEC,
adaptei-me de imediato, conheci pessoas que levo para a vida, arrepiei-me na
Balada da Saudade, gostei da semana, do ambiente, dos caloiros, dos doutores.
Senti-me realizada, porque tinha entrado em Coimbra. Estava feliz. Tudo o que
ambicionei conquistei.”. Isto é a emoção de ser caloiro, é viver e não ficar a
ver a vida passar. É ganhar percepção do que é Coimbra e ser estudante.
Contudo, no espaço de uma semana podemos ter que ser forçados a dar uma volta
de 180º. “Fui colocada na Faculdade de Belas Artes no Porto”. E as lágrimas
caíram de forma expontânea. “Contei às pessoas que nunca vou esquecer. A verdade
é que o meu paraíso tornou-se num pesadelo que não quero enfrentar”.
A vida passa por nós sem darmos conta. Temos que
aproveitá-la dentro dos limites, da curiosidade, dos perigos; temos de nos
lembrar que cada dia é um desafio e que nós conseguiremos triunfar com ou sem
ajuda; temos sempre amigos, alguém que nos estende a mão; e, alguém que estará
sempre à nossa espera, no nosso lar. Assim, sendo, “vens ver ou vens viver?”.
Soraia Tomaz,
2010090
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