Nos fins do
seculo XIX, esta festa tinha como objetivo celebrar o término do ano escolar e,
portanto, o mês de maio acolhia a solenidade.
Inicialmente,
na década de 50/60, cada faculdade detinha o direito de albergar um cortejo
distinto das restantes faculdades em dias singulares. Os estudantes
fantasiavam-se com os mais diversos acessórios e criticavam a vida universitária, o corpo
docente e, claro, a conjuntura politica. Ao contrario do imaginado, nesta
altura, o uso de latas não era vulgar. Só a partir de 1974, em ambiente
marcado pela restauração da praxe e necessidade de unificação do programa
festivo sob a égide da DGAAC, as latas haviam sido incorporadas. Em 1979, a nova nomenclatura, (festa das latas
e imposição das insígnias), numa festa a priori sem latas, assim como a
transição da comemoração para o inicio do ano letivo, despoletou severas
criticas no corpo estudantil. Aliava-se o inicio das aulas à receção dos novos
estudantes da Universidade de Coimbra. Com uma posição mais interventiva e
justificada por alunos de ensino superior, este marco assentava na apresentação
de cartazes com teor politico e pedagógico mas bem aceites ao abrigo de mais
uma brincadeira de estudantes.
Atualmente,
o cortejo da latada é realizado num só dia, acolhendo todas as faculdades e
institutos politécnicos desfilando desde a praça da república até à portagem
(rio mondego)- local onde os caloiros são batizados pelos seus
padrinhos/madrinhas.
Antecedendo
as “noites do parque” que incentivam o divertimento e, claro, a alegria da
ingressão no maior estabelecimento de ensino superior do pais. A serenata dá
inicio a uma semana de atividades e convívio entre caloiros e doutores.
A
critica politica bem como a conjuntura económica do pais não são o principal
painel no cortejo dos caloiros contemporâneos. Dá-se primazia aos enfeites
relativos às cores e saídas profissionais dos respetivos cursos.
Ao
contrario da queima das fitas, o cortejo da “latada” escolheu a terça feira
para levar à rua a tremenda festa a que hoje assistimos.
por: Ana Laura Duarte, Joana Luciano e
Patrícia da Costa
O artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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