Carolina Teixeira |
Com o objetivo de celebrar o início do ano letivo e dar as boas
vindas aos novos estudantes, os caloiros que chegam à cidade, a Festa
das Latas é uma das mais características festas académicas de Coimbra.
Juntamente com a Latada vem a praxe, ao qual nem todas as faculdades ou
institutos politécnicos são adeptos da mesma. A Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra, pertencente ao IPC, é um dos institutos com mais
tradição praxística nesta cidade. Desde o modo de integração perante os
caloiros até às praxes mais “duras”, no bom sentido.
Deste modo,
uma aluna e doutora de 3º ano de Enfermagem, Carolina Teixeira,
disponibilizou um pouco do seu tempo para nos elucidar um pouco mais
acerca desta tradição académica.
por: Sofia Sousa
Posts de Pescada – Estudas há três anos na cidade dos estudantes. Como descreves a tua chegada como caloira? Sentiste-te integrada?
Carolina
Teixeira – Cheguei a Coimbra sem conhecer nada nem ninguém, a praxe
serviu para conhecer muita gente, inclusive os melhores amigos de hoje
em dia aqui na escola e se não tivesse ido as praxes e aos jantares que
organizavam não tinha conhecido ninguém.
PP – O que significa para ti a Festa das Latas e Imposição das Insígnias?
CT-
Penso que é um momento importante para os recém-chegados, pois inclui o
1º batismo como caloira e a união e ajuda que há dos doutores para com
os caloiros.
PP – Estudas na Esenfc, uma escola em que a praxe é
respeitada e feita com gosto, mas acima de tudo tem um sentimento
especial tanto para os caloiros como doutores. Porque é que é assim tão
especial ?
CT – É assim tão especial porque nesta escola a
praxe é mesmo levada a sério, não é praxar por praxar, mas sim com
gosto. Apesar de serem um pouco duros com os caloiros é assim que se
cresce enquanto caloiro. Temos de saber respeitar e ouvir quem tem algo
para nos ensinar, e os doutores fazem-no mesmo com gosto. É uma tradição
que já vem detrás e assim irá
continuar. Só o facto de apenas
podermos tocar e abraçar o nosso padrinho de praxe na Queima das Fitas, é
um sentimento inexplicável, existe mesmo respeito.
PP – O que mudarias nesta tradição académica?
CT – Não mudaria rigorosamente nada. É uma tradição que para mim tem todo o sentido em continuar.
PP – Como estás no 3º ano de Licenciatura já te é possível apadrinhar. Já tens afilhado(a)?
CT
– Sim, tenho um afilhado. Como doutora e madrinha dele vou fazer de
tudo para que ele se sinta integrado, que goste do ambiente e sobretudo
que aprenda a ser um verdadeiro caloiro para mais tarde poder vir a ser
um bom doutor.
PP – Quais são os teus principais conselhos para um caloiro?
CT-
Entrar neste espirito, não ter medo de arriscar nem de conviver. Neste
ambiente só é necessário que haja respeito entre os caloiros e sobretudo
para com os doutores, fora isso só tem é de se divertir porque são os
melhores anos das suas vidas.
O artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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