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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Futuro?!



Desde sempre que a área de comunicação foi a que mais me agradou e a que mais me cativou para um futuro emprego. Candidatei-me e consegui entrar em Comunicação Social.

Escolhi este curso porque é uma área que me agrada bastante, sempre gostei deste mundo, e o facto de poder informar a população no dia a dia é um dos factores que mais me cativa. Temos o poder de fazer com que as pessoas não fiquem “isoladas”, podemos aproximá-las do que se passa no seu país e mundo.

Actualmente o jornalismo e os jornalistas vivem tempos difíceis. Os protestos têm aumentado, contribuem para isto, os cortes em publicações e serviços noticiosos. Em 2011 a taxa de desemprego nos jornalistas aumentou 38%. O recente despedimento de 48 jornalistas no Público serve de exemplo para a situação que se está a passar.

As mudanças na maneira de os jornalistas praticarem o jornalismo podem ser positivas se mostrarem que estão empenhados na melhoria do seu trabalho. É preciso que os princípios básicos do jornalismo como, a verdade, o rigor, não sejam esquecidos e continuem a ser respeitados. Infelizmente o cenário com que nos deparamos hoje em dia é totalmente o oposto, e os jornalistas estão cada vez mais a ser influenciados pelas fontes mais poderosas, até mesmo dentro da própria redação pode existir esta pressão sobre os jornalistas, que assim perdem a criatividade e iniciativa. O principal objetivo é facturar mais, sem olhar à qualidade do produto que está a sair.

Com as novas tecnologias a divulgação da informação é feita de maneira mais rápida e eficaz, não permitindo ao consumidor a filtragem da boa para a má informação. Nos dias de hoje, qualquer um de nós pode fazer e produzir noticias, para isso basta um computador, não sendo assim preciso qualquer tipo de formação. O papel do jornalista deixou ter a sua importância. As novas tecnologias vêm proporcionar o aparecimento do jornalismo online, o que faz com que o consumidor, principalmente por motivos económicos, prefira optar por consumir este tipo de jornalismo ao invés do jornal em papel.

Dado isto, o que nos vai restar a nós, estudantes de Comunicação Social e futuros profissionais nessa área? Um diploma na mão e uma profissão sem futuro?!


por: Maria Inês Machado


 
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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