Desde sempre que a área de comunicação foi a que mais me
agradou e a que mais me cativou para um futuro emprego. Candidatei-me e
consegui entrar em Comunicação Social.
Escolhi este curso porque é uma área que me agrada bastante,
sempre gostei deste mundo, e o facto de poder informar a população no dia a dia
é um dos factores que mais me cativa. Temos o poder de fazer com que as pessoas
não fiquem “isoladas”, podemos aproximá-las do que se passa no seu país e
mundo.
Actualmente o jornalismo e os jornalistas vivem tempos
difíceis. Os protestos têm aumentado, contribuem para isto, os cortes em publicações
e serviços noticiosos. Em 2011 a taxa de desemprego nos jornalistas aumentou
38%. O recente despedimento de 48 jornalistas no Público serve de exemplo para
a situação que se está a passar.
As mudanças na maneira de os jornalistas praticarem o
jornalismo podem ser positivas se mostrarem que estão empenhados na melhoria do
seu trabalho. É preciso que os princípios básicos do jornalismo como, a
verdade, o rigor, não sejam esquecidos e continuem a ser respeitados.
Infelizmente o cenário com que nos deparamos hoje em dia é totalmente o oposto,
e os jornalistas estão cada vez mais a ser influenciados pelas fontes mais
poderosas, até mesmo dentro da própria redação pode existir esta pressão sobre
os jornalistas, que assim perdem a criatividade e iniciativa. O principal
objetivo é facturar mais, sem olhar à qualidade do produto que está a sair.
Com as novas tecnologias a divulgação da informação é feita
de maneira mais rápida e eficaz, não permitindo ao consumidor a filtragem da
boa para a má informação. Nos dias de hoje, qualquer um de nós pode fazer e produzir
noticias, para isso basta um computador, não sendo assim preciso qualquer tipo
de formação. O papel do jornalista deixou ter a sua importância. As novas
tecnologias vêm proporcionar o aparecimento do jornalismo online, o que faz com
que o consumidor, principalmente por motivos económicos, prefira optar por
consumir este tipo de jornalismo ao invés do jornal em papel.
Dado isto, o que nos vai restar a nós, estudantes de
Comunicação Social e futuros profissionais nessa área? Um diploma na mão e uma
profissão sem futuro?!
por: Maria Inês Machado
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo acordo
ortográfico
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