Enquanto se fala muito de crise
financeira e da falta de dinheiro, entrevistámos o presidente da Associação
Entre Pedras, Luís Duarte .
Aqui está a prova de que com a força de vontade de 19 jovens e com algum investimento deles, foi possível reactivar uma antiga escola primária, na localidade de Malhadas, que se encontrava abandonada e com alguns sinais de degradação. Impedindo assim que o sítio onde a maior parte deles aprendeu a ler e escrever, caísse nas “mãos erradas”.
Aqui está a prova de que com a força de vontade de 19 jovens e com algum investimento deles, foi possível reactivar uma antiga escola primária, na localidade de Malhadas, que se encontrava abandonada e com alguns sinais de degradação. Impedindo assim que o sítio onde a maior parte deles aprendeu a ler e escrever, caísse nas “mãos erradas”.
Pode explicar aos leitores onde nos encontramos?
Estamos na pequena aldeia de Malhadas,
localizada no concelho de Soure, e estamos dentro de uma escola primária que já
estava desactivada há mais de 10 anos, já estava a entrar em estado de
degradação, já tinha vidros partidos, e um grupo de jovens da aldeia (e não só)
uniu-se para restaurar a escola onde juntos aprenderam a ler e a escrever,
passando assim a ser a sede da Associação Entre Pedras.
E como apareceu a ideia
de criar a Associação Entre Pedras?
Isto é uma ideia que já vem de há alguns
anos. Resultado de um evento que organizamos todos os anos, que é o passeio de
motorizadas. No passeio, ao qual demos o nome de “Entre Pedras”, juntamos
pessoas de todas as gerações para darmos um passeio pela região, obviamente de
motorizada. Não é só pelo convívio em si, é também para dar a conhecer a nossa
região aos participantes.
Portanto a criação da Associação “Entre
Pedras” surgiu porque precisávamos de um “sítio legal”, uma espécie de
escritório onde pudéssemos organizar o passeio e outras actividades, assim como
precisávamos de um sítio onde os jovens pudessem conviver.
Acabámos por dar o nome de Associação
Entre Pedras porque o nome já era conhecido do passeio das motorizadas, então
resolvemos não mexer.
Porque escolheram
renovar a escola?
Descobrimos que a escola estava à venda
em leilão e que qualquer particular a poderia comprar. Logo nos apressámos para
impedir que alguém de fora comprasse o edifício, até porque seria uma perda
enorme para a gente desta aldeia ver a escola que frequentaram ser demolida ou
algo do género.
No entanto quando tivemos esta ideia,
nunca pensámos que do ponto de vista legal fosse tão complicado. Contudo entre burocracia
e mais burocracia, lá conseguimos a autorização da Câmara Municipal para
podermos usar o edifício e avançarmos com os arranjos necessários, mas sempre
mantendo as linhas originais do edifício.
Já se sabe que qualquer
obra necessita de investimento monetário, como é que resolveram esse problema?
Bem, inicialmente na primeira reunião
com o Presidente da Câmara Municipal, ele prometeu-nos os materiais para
realizarmos as alterações necessárias. Mas como não podemos ficar parados à
espera do que pode não vir, decidimos avançar, comprámos os primeiros materiais
com o nosso dinheiro, vernizes, madeiras, tivemos muita ajuda de particulares,
e de empresas que mesmo tendo facilitado as datas de pagamento dos materiais
ainda ofereceram os vidros e as paletes que usámos para fazer o balcão e as
cadeiras. Foi tudo feito por nós, reunimos aos fins de semana e toda a gente
ajudava.
Se estivéssemos à espera do apoio da
Câmara Municipal, ainda não teríamos feito nada. Por isso a palavra de ordem
desta Associação é: tomar a iniciativa. Sem iniciativa não se faz nada.
Como está a correr o
projeto até agora?
Está a correr muito bem. Neste momento
a Associação está a funcionar totalmente. Podemos dizer que o projeto está a
ter sucesso, visto que encontramos aqui pessoas de todas as faixas etárias. E
aos fins de semana muita gente dirige-se até aqui para tomar o seu café, ou só
para conviver.
O que é que podemos
esperar para o futuro?
Vamos continuar a criar actividades,
temos já prevista uma noite de Halloween para dia 31 de Outubro. Estamos a
pensar também em organizar um magusto como antigamente, fazendo uma fogueira no
chão, assim como queremos também organizar noites de fados, e de música ao
vivo.
José Lourenço 20140738
(Grupo 6)
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