Dada
a imensidão do planeta em que vivemos, temos a possibilidade de viajar e
conhecer realidades diferentes da nossa. A diversidade de culturas no mundo é
um livro prestes a ser lido por todos nós, basta-nos fazer as malas e partir à
descoberta.
Os
motivos para viajar são variados mas entre os mais comuns destacam-se os
profissionais e o prazer que qualquer indivíduo sente em descobrir novas
realidades.
Dentro desta temática,
estivemos à conversa com Alexandre Manaia, um jovem gestor de 29 anos que,
dadas as circunstâncias da sua profissão, já conheceu meio mundo. Licenciado em
Relações Internacionais pela Universidade de Coimbra, Alexandre conta-nos
algumas das suas maiores aventuras, mostrando-nos o seu ponto de vista
relativamente a outras culturas.
Alexandre em Pisa, Itália |
Relativamente à sua profissão, este
jovem gestor de exportação de uma empresa nacional, vende mobiliário técnico
para laboratórios, escolas e hospitais. Em Portugal a empresa é conhecida por
equipar grandes institutos de investigação, universidades, escolas e empresas
farmacêuticas. A escassez de novos projetos fez com que tivessem de se expandir
e procurar novas oportunidades um pouco por todo o mundo.
“O meu trabalho
consiste em angariar novos clientes /projetos e garantir um acompanhamento
próximo desde a fase de projeto até à fase de finalização da instalação. Este
acompanhamento pode ser bastante complexo já que garantirmos todos os serviços
durante o processo, desde produção, planeamento, coordenação com construtora,
transporte do material, instalação…” revelou-nos.
Garante
ainda que o facto de viajar muito é uma vantagem, na medida em que torna o seu
trabalho mais dinâmico e testa a sua capacidade de adaptação. Por outro lado
reconhece que é importante interiorizar os hábitos e costumes de cada lugar que
visita, de modo a criar uma fácil empatia com todos os envolvidos em cada
projeto. Diz ainda que “teremos de ser nós a adaptar-nos a qualquer fator
externo e nunca o contrário.”
Contudo,
trabalhar e viajar não são a melhor simbiose, na opinião deste jovem. Afirma
que “as viagens em férias são melhor preparadas e orientadas” e que, por vezes,
existem países onde apenas vê o aeroporto e salas escuras de reunião.
Fotografia tirada por Alexandre no Palácio Vechio, em Florença |
Por outro lado, Ana Gomes, licenciada
em Turismo pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu considera que
viajar é sempre um prazer e que foi por isso mesmo que decidiu escolher uma
licenciatura que refletisse o seu gosto por viajar, seja em trabalho ou
ludicamente.
“Quando vim para o
curso de turismo sabia que teria viajar principalmente por trabalho mas acho
que isso não será um condicionante porque apesar de serem viagens feitas em
trabalho acabarão também por ser em prazer, mesmo tendo pouco tempo para
conhecer o destino nessas viagens acho que o pouco que ficar a conhecer já será
excelente para me enriquecer.”
Ana no Parque do Retiro, em Madrid |
Ana
garante ainda que o seu curso lhe deu uma ideia mais clara do tipo de atividades
que as pessoas realizam durante as suas deslocações e que, mesmo viajando em
negócios, a generalidade das pessoas tende a aproveitar o sítio para onde
viaja, visitando os lugares mais icónicos e provando as comidas típicas, por
exemplo.
Por fim remata dizendo que não
existe nada melhor no mundo do que conhecer realidades novas e que cada trajeto
é uma aprendizagem.
“Como dizem: as viagens são algo em que gastamos dinheiro mas
que no fim acabamos por chegar mais ricos do que aquilo que fomos.”
Dentro deste assunto, foi ainda
possível ouvir um jovem casal, licenciado em Gestão Turística e Hoteleira, que vê nas viagens a
principal fonte do seu rendimento e que, através das mais variadas deslocações,
conhece o mundo através dos restaurantes onde já trabalharam.
Andreia Brito e Hugo Silva afirmam que viajar em trabalho e em lazer são duas
realidades completamente distintas mas que não é por isso que uma é melhor que
a outra.
“Somos obrigados a
viajar em negócios muitas vezes mas como estamos ligados ao ramo da comida, não
posso dizer que seja mau” afirmou Andreia entre risos.
Contudo
são deslocações que requerem uma preparação diferente e isso é o principal
fator que as distingue, na opinião de Hugo.
“É completamente
diferente prepará-las [as viagens] caso queiramos ir de férias ou tenhamos que
nos deslocar em trabalho. Até porque se formos trabalhar, na maior parte das
vezes, necessitamos de ficar mais tempo fora do que em férias. Mas acaba sempre
por compensar. É uma maneira de conhecer novas culturas e de nos enriquecermos
enquanto profissionais desta área.”
Hugo e Andreia na Bélgica |
Pode
assim concluir-se que existem diversas formas de visitar o mundo em que vivemos
e, sejam quais forem as motivações que nos levam a viajar, vale sempre a pena
pegar na mala e sair da nossa zona de conforto. Estes jovens, à semelhança da
maioria em Portugal, vêm no estrangeiro uma oportunidade de singrar, sabendo
que seremos mais ricos se nos humildarmos ao ponto de nos predispormos a
conhecer aquilo que está para além das nossas fronteiras. O trabalho obriga-os
a sair do país mas nenhum deles vê isso como um inconveniente, muito pelo
contrário.
Trabalho realizado por:
Ana Rita Nunes
Beatriz Manaia
Eva Silva
Maria João Gouveia
Paulo Renato Vieira
Sem comentários:
Enviar um comentário