Renato Solnado é filho de Raul Solnado e dedica-se não só ao teatro como também à pintura e à fotografia. Estreou-se nos palcos em 1983, ao lado de seu pai na peça “O Super Silva”. Actualmente dá aulas de teatro junto com a sua mulher, Joselita Alvarenga, na escola de teatro Raul Solnado, na Guilherme Cossul, em Lisboa.
Diana Teixeira (DT) - Houve muita influência por arte do seu pai para integrar esta área?
Renato Solnado (RS) - Do meu pai e da minha mãe, dos dois. A minha mãe é actriz dramática e era professora de teatro e o meu pai como actor cómico…A influência foi igual dos dois.
DT -Como surgiu a ideia de criar a escola Raul Solnado?
RS - A minha mãe já dava aulas. O meu pai nunca deu aulas e quando nós viemos do Brasil para cá, há seis/sete anos, ela não queria dar aulas e eu convenci-a. Alugámos uma sala e demos aulas durante dois anos. Não era para actores mas para pessoas que quisessem desbloquear. Depois resolvemos fechar essa escola. No penúltimo dia, o meu pai foi ver e disse: “olha era giro a Guilherme Cossul”, e foi aí que ele nos trouxe para cá e começámos todos a dar aulas aqui.
DT - Acha que há por aí muito talento escondido?
RS - Eu não acredito em talento, eu acredito em trabalho. Eu acho que não se deve dizer: “tem talento”. Se eu acho que há pessoas com força de vontade, que realmente querem ser ser actores e actrizes e fariam tudo por isso, acho.
DT - Acha que o teatro tem importância para as pessoas?
RS - Eu não acho que as pessoas dêem muito valor ao teatro. Eu acho que aqui em Portugal as pessoas pensam que cultura não é economicamente viável. Portanto, que Cultura não dá dinheiro nem empregos e eu acho exactamente o contrário. Cultura, não só o teatro, não só é economicamente viável como dá empregos e dá dinheiro.
DT - Acha que é por isso que não há tanto investimento na cultura?
RS - Exactamente, porque acham que é um investimento perdido.
Diana Teixeira
Grupo 4
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