Tudo começou de uma
simples brincadeira, hoje já sonha ser reconhecido além-fronteiras. Bruno
Filipe da Silva Veloso, conhecido por DeeJay Tha Silva começou a aprender a
passar música aos 16 anos. Natural de Leiria, tem crescido profissionalmente trabalhando
em vários bares e festas e partilhando a cabine com DJ’s mais experientes. A conversa
com Bruno Veloso dá-nos ideia de como é ser artista profissional nesta área.
Posts de Pescada- Como
é que te tornaste DJ, o que te motivou?
Bruno Veloso - Tudo começou com uma simples
brincadeira, estava com um tio meu, ele trabalhava num bar e ele trabalhava com
leitores e sempre me despertou curiosidade. Então ele ensinou-me as bases e depois eu conheci um colega meu que é Dj
residente no bar Ozono, comecei a treinar lá, puxou mais o meu interesse,
comecei a pesquisar na net tudo sobre leitores, mesas de mistura, programas,
músicas… Tudo começou assim…
PP- É fácil entrar no
meio? Foi fácil arranjar o teu primeiro emprego como DJ?
BV - O meu primeiro emprego foi no bar
Ozono, o tal DJ residente foi tocar a uma casa e como eu já era mais experiente
ele deixou-me tocar como DJ convidado. Estive lá a passar sons, gostaram do meu
trabalho, fui convidado mais vezes. Não
é muito fácil entrar no meio… diz-se que há DJ’s profissionais e há os “wanna
bes”, os que têm a mania que são DJ’s. Para um trabalho ser reconhecido o DJ
tem de fazer o trabalho de casa. Tento estudar as músicas que passam, o estilo
de música… Eu por exemplo passo comercial, progressivo… e é muito trabalho de
casa.
PP - São essas as
vertente que tendes a seguir?
BV - Sim, House Comercial, porque adoro, e é
a vertente mais puxada a nível mundial e House Progressivo que é mais aquele
estilo de festivais.
PP- Já foste residente
em algum bar ou discoteca?
BV - Já fui residente em dois bares. Já
fui residente no Ozono, durante um ano, e já fui residente também no Oxo, fui
lá residente durante seis meses.
PP - Tens algum DJ que
sigas, que seja o teu ídolo, te inspire?
BV - A nível nacional posso dizer que é
o Pete Tha Zouk e Mastiksoul. Pete Tha Zouk porque ele toca o estilo
Progressivo e estudo o trabalho dele, gosto do trabalho dele, tento puxar o
máximo do trabalho dele para o meu, tento ver a maneira como ele passa as músicas,
e o Mastiksoul porque é um estilo mais Latin House, estilos mais Latinos e
Afros, também gosto desses estilos de música.
PP - Como é tentar
agradar ao público, como sabes qual a música certa naquele momento?
BV - É complicado, estudar a pista é
muito complicado, é como olhar para os olhos das pessoas e pensar assim “aquele
grupo de rapazes, aquele grupo de raparigas gosta deste estilo de música” tento
puxar… se não resultar tento outro, vou sempre escolhendo , sempre atirando
músicas. E normalmente a minha pista preferida, posso dizer assim, é as
raparigas, normalmente toco para as raparigas.
PP - O que consideras
mais difícil nessa profissão e o que te dá mais gosto?
BV - O mais difícil é entrar com certas
e determinadas músicas para agradar o público e puxar sempre esse estilo de
música. O que me da mais gosto é o público puxar por mim e eu a puxar pelo
público.
PP - Qual era o teu
maior sonho nesta profissão?
BV - O meu maior sonho é ser
principalmente reconhecido nacionalmente e quem sabe internacionalmente. Ando
agora a estudar o mundo da produção, tenho profissionais ao meu lado, a puxar
por mim…
PP - Consideras que um
DJ é um artista?
BV - Considero, porque as próprias
produções de cada DJ são uma obra de arte. Então se sair como Hit… está tudo
dito!
Catarina Rodrigues, R1
(tema: arte)