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Isabel Simões dá a sua voz nas horas informativas da
rádio da Universidade de Coimbra (RUC). Trabalhou trinta e três anos numa
empresa de telecomunicações e de correios. Não tirou nenhum curso académico
relacionado com a Comunicação Social nem Jornalismo. Em 2011, decidiu tirar uma
formação na área de informação na RUC, onde desde então, “por amor a camisola”
continua a exercer esta atividade.
De onde surgiu a ideia de tirar a formação na rádio? Alguém a influenciou?
Não fui influenciada por ninguém. Quando jovem,
trabalhei para uma rádio de praia. E quando soube dessa formação na RUC, não
pensei duas vezes em tirá-la, porque fico feliz em manter os ouvintes
informados sobre o que acontece na sociedade contemporânea.
Porquê
jornalismo como profissão?
Não exerço o jornalismo profissionalmente. Não tenho
a carteira profissional. Só faço a rádio porque é um espaço de liberdade de
escolhas temáticas (na RUC), onde se pode entrevistar pessoas de várias
origens, adquire-se conhecimentos, e também porque troca-se muitas experiências
com os entrevistados.
Fale
sobre o seu trabalho na RUC.
Faço pequenas peças para o noticiário, síntese de
notícias, grandes entrevistas aos músicos, conferências de imprensa, programas
específicos de informação, nomeadamente, 111, que consiste em falar das coisas
que vão acontecer na cidade de Coimbra ao longo da semana, e também, faço
coberturas eleitorais.
Teve
alguma dificuldade durante a sua formação na RUC?
As que encontrei foi tentar perceber o que era
importante comunicar. Nunca é fácil tudo aquilo que a gente faz, quem trabalha
na área de informação, tem que tentar entender a notícia para não ter que repetir
sempre as mesmas coisas. Os bons jornalistas nem sempre são os que dão cara.
Esse trabalho é muito exigente.
Como
recebe as críticas?
Devo recebe-las com a naturalidade para evoluir, e
mostrar os meus próprios erros para não repetir de novo.
Qual
é o conselho que deixa para quem quer tirar a área informativa?
Não gosto de dar conselhos. Cada pessoa deve
procurar o seu caminho. Mas o jornalismo não é o EL-DOURADO como muitos pensam.
Para aqueles que pretendem profissionalmente seguir a informação, devem, sobretudo,
saber fazer todos os tipos de jornalismo, Trânsito, Educação, Política, Cultura
e, outros, principalmente, saber escrever, ler, ser criativo, manter-se
informado sobre a atualidade jornalística global. Estes elementos é que são as “chaves”
do sucesso para quem tenciona futuramente tirar o jornalismo. É uma profissão
muito dura que está sujeita a stress
todos os dias.
Lucinda Julião
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