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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jornalistas e Jornalismo

Perfil biográfico de José Rodrigues dos Santos.
Por: Ana Sofia Rodrigues
Grupo 7


José Rodrigues dos Santos (JRS) é Director de Informação da RTP e apresentador do Telejornal, escritor e professor de Ciências da Comunicação na universidade Nova de Lisboa. Nasceu em Moçambique, em Abril de 1964 e foi lá que experimentou as primeiras duras realidades da guerra, que mais tarde vieram ter impacto na sua vida. 
   Começou a sua carreira como jornalista com 17 anos, em 1981, trabalhando para a Rádio Macau. Depois de se licenciar em Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa, em 1987 foi trabalhar para a BBC em Londres e voltou a Portugal em 1990, integrando a RTP. De 1993 a 2001 foi colaborador da CNN. Esta era uma etapa crucial no desenvolvimento das suas habilidades jornalísticas e da escrita, começando também a ensinar jornalismo de televisão e rádio na universidade Nova de Lisboa. 
    Na RTP começou como um repórter para o Telejornal mas em poucos meses tornou-se apresentador. Estava a apresentar este programa, quando em Janeiro de 1991 surgiu a notícia da Guerra do Golfo e a sua apresentação dos eventos dramáticos que surgiam, levaram-no imediatamente à atenção nacional. Em consequência, JRS foi promovido pivot principal da RTP, tornando-se esta, a posição que ainda hoje ocupa.
   Em 1993, e ao trabalhar para RTP, transformou-se num cooperador activo do relatório mundial da CNN, recolhendo histórias que se passavam em todo o mundo, à estação americana. Cobriu a guerra e a crise na África do Sul, Angola, Timor Oriental, Iraque, Kuwait, Israel e os territórios, a Albânia, a Bósnia-herzegovina, a Servia e o Líbano palestinos. O seu último conflito foi a guerra de 2008 Russo-Georgiana, que cobriu de Tbilisi e de Gori.
   Em 2000, JRS terminou sua tese de doutoramento, em reportagem de guerra, que mais tarde publicou em três volumes, intitulado Crónicas de Guerra.
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«« Prémios »»

    Ao longo dos anos, José Rodrigues dos Santos ganhou vários prémios académicos e jornalísticos. Venceu o Prémio Ensaio, do Clube Português de Imprensa, em 1986, e American Club of Lisbon Award for Academic Merit, do American Club of Lisbon em 1987. Ganhou o Grande Prémio de Journalismo (do Clube Português de Imprensa, em 1994. Internacionalmente, venceu três prémios da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história “Huambo Battle”; o Best News Story of the Year for the Sunday, em 1998, pela reportagem “Albania Bunkers”; e o Contributor Achievement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho.

«« Publicações »»

   A sua primeira obra foi, A Ilha das Trevas (60 000 cópias). A vida e tragédia de uma família timorense serviram de ponto de partida para aquele que foi o romance de estreia de José Rodrigues dos Santos. Um romance comovente onde a ficção se mistura com o real para expor, num ritmo dramático, poderoso e intenso, a trágica verdade que só a criação literária, quando aliada à narrativa histórica, consegue revelar.

   Dois anos mais tarde, terminou a sua segunda, A Filha do Capitão (117 000 cópias). Decorrendo durante a odisseia trágica da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, conta-nos a aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e traz-nos uma paixão impossível entre um oficial português, o capitão Afonso Brandão e uma bonita francesa Agnés Chevallier. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e sobre a morte, sobre Deus e a condição humana, a arte e a ciência, o acaso e o destino.

   Após A Filha do Capitão, todas as obras de JRS, transformaram-se bestsellers instantâneos, vendidos em 17 línguas.

   Em 2005, publicou O Codex 632 (192 000 cópias). Baseado em documentos históricos genuínos e fundamentalmente no trabalho do historiador Augusto Mascarenhas Barreto, ao longo das suas 552 páginas, conta a história de uma investigação em torno da possibilidade de Cristóvão Colombo ser português, apoiando-se em lacunas do percurso do navegador cuja identidade e missão continuam a suscitar dúvidas.

   A sua obra seguinte foi, A Fórmula de Deus - O Enigma de Einstein (178 000 cópias), transformou-se o livro mais vendido em Portugal no ano de 2006. Um dos principais temas abordados pelo livro é a prova científica da existência de Deus, a partir de uma fórmula de Einstein. Grande parte da obra passa-se no Irão, Teerão, Tibete e Portugal, onde o personagem principal sofre grandes desventuras. 

   Em 2007 lança, O Sétimo Selo (190 000 cópias). A história gira à volta de dois homicídios parcialmente semelhantes. Dois professores ligados ao mesmo projecto são encontrados mortos com uma diferença de algumas horas, ambos com um bilhete assinado de 666, o "número da besta". Tomás Noronha, um historiador, é contactado pela Interpol para decifrar esta sinistra semelhança nos dois corpos. Durante a investigação Tomás vê-se envolvido num mundo de intriga, mistério, descoberta, puzzles que se tornam cada vez mais claros: o Apocalipse está a chegar. Enquanto isto, Tomás Noronha vê-se perseguido por uma outra situação. Tomás Noronha tem uma mãe viúva que apresenta indícios sucessivos de Alzheimer. Para além da pressão quer se acumulava à medida que o protagonista avança no enigma em questão, Tomás terá de viver com o peso de que um dia a sua mãe se esquecerá para sempre de quem este representa.

   No ano seguinte, publicou A Vida Num Sopro (138 000 cópias). Com esta obra, José Rodrigues dos Santos traz o grande romance de volta às letras portuguesas. Uma história dos anos 30, quando Salazar acabou de ascender ao poder e, com mão de ferro, vai impondo a ordem no país. Portugal muda de vida. As contas públicas são equilibradas, Beatriz Costa anima o Parque Mayer, a PVDE cala a oposição. Luís é um estudante idealista que se cruza no liceu de Bragança com os olhos cor de mel de Amélia. O amor entre os dois vai, porém, ser duramente posto à prova por três acontecimentos que os ultrapassam: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato inesperado e a guerra civil de Espanha. Através da história de uma paixão que desafia os valores tradicionais do Portugal conservador, este fascinante romance transporta-nos ao fogo dos anos em que se forjou o Estado Novo.

   Em 2009, A Fúria Divina (176 000 cópias). Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra: 6AYHAS1HA8RU. Ahmed é um menino egípcio a quem o Mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O Mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo. Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos. Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda.

   Em 2010 publicou A Última Entrevista de José Saramago, um livro curto que contém as suas conversações com o Nobel português da literatura, que morreu este ano.

   O seu último livro é, O Anjo Branco (1 000 000 cópias). A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo. No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.
Chamam-lhe o Anjo Branco. Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar. Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África. 
Este livro já vendeu mais de um milhão de exemplares em Portugal.


Fontes: wook.pt e joserodriguesdossantos.com

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