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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Vizelenses esquecem a crise e festejam reveillon

       A crise é uma palavra que já entrou no dicionário de todos os portugueses, inclusive dos vizelenses. No entanto, são muitos os que vão passar o reveillon fora de Portugal Continental. As ofertas são diversificadas, havendo preços para todo o tipo de carteiras.

       Contrariando a conjuntura económica do país, as vendas de viagens para a passagem de ano subiram 10% em relação ao mesmo período do ano passado, revela a Agência Financeira.
       Segundo Rita Silva, chefe da agência “Gomes Alves” de Vizela, vendem-se muitas passagens aéreas só para pessoas que vão visitar as suas famílias; vendem-se estadias em hotéis em Portugal ou em Espanha que tenham festas de fim de ano e depois vendem-se também viagens para países mais quentes, como o Brasil. Paulo Faria, responsável pela agência “Almeida Viagens” de Vizela, concorda com Rita Silva, acrescentando Cabo Verde e Caraíbas como destinos também bastante procurados.
       Paulo Faria indica que os seus principais clientes são casais entre os 30 e os 50 anos, de classe média baixa a alta e alguns de classe alta e salienta que “os clientes prestam atenção aos preços e até fazem comparações com outras agências”. Rita Silva considera que “agora toda a gente está mais atenta ao que se está a pagar, isso é regra geral, não é só nas viagens”.
       A verdade é que os vizelenses não fecharam a carteira à viagem de reveillon, mas estão mais atentos ao custo da mesma.
       Para a agência “Gomes Alves” de Vizela a crise quase que não se faz sentir, pois segundo a sua chefe “vai-se vendendo”. No entanto, Rita Silva defende que às vezes “não é a questão de se vender menos, se calhar até se vende mais, só que as margens de lucro reduziram e é por isso que acabávamos por ter menos lucro no final”.
       A nível nacional a situação é semelhante. Os portugueses têm como destinos preferidos o Brasil, Cabo Verde, Madeira, Paris, Londres e Amesterdão. Este ano, Marrocos, Tunísia e Dubai também despertaram a atenção dos portugueses.
       Para dentro ou para fora do país, a realidade é que a crise não afecta as viagens de final de ano, estando já os lugares quase todos vendidos.



Fontes:
Agência Gomes Alves de Vizela
Agência Almeida Viagens de Vizela
Jornal Sol
RTP
Agência Financeira



Ana Teixeira
Grupo 4

Outra alternativa para o futuro

      
        Carina Ribas frequentou a escola profissional Profitecla, no pólo de Guimarães, onde concluiu o curso de Serviços Jurídicos, com média de 16 valores, em meados de 2009. Desde então que um dos seus problemas é a pouca oferta e a elevada procura no mercado de trabalho. Apesar de esta escola defender que promove aos alunos um tipo de ensino relacionado com a realidade do mundo de trabalho, Carina continua sem aplicar o que aprendeu.

 
Ana Teixeira (AT): Porque decidiu frequentar um curso profissional em vez de ir para o ensino superior?

Carina Ribas (CR): Nunca pensei em ir para o ensino superior. Na altura a minha intenção era mesmo ter o 12º ano, mas tê-lo com alguma especialização.



AT: Acha que esses cursos têm vantagens relativamente ao ensino superior?

CR: Penso que sim. Apesar de nunca ter frequentado uma universidade ou um instituto politécnico, acho que a nível prático um curso profissional é capaz de ser melhor. No entanto, penso que o ensino superior prepara muito melhor a nível teórico.



AT: Os cursos profissionais são caracterizados por ter uma forte ligação com o mercado de trabalho. Concorda?

CR: Acho que isso está um bocado relacionado com a sorte de cada um.



AT: Depois de ter terminado o curso não apareceram ofertas de trabalho relacionadas com o mesmo?

CR: Não, porque nesta área em que estou é complicado arranjar trabalho. Sei que está difícil em qualquer área, mas nesta área está mesmo mau. Só querem estagiários, aproveitam-se deles e trabalho nada.



AT: Acha que os cursos profissionais preparam bem os alunos para o mercado de trabalho?

CR: Acho que sim, pelo menos eu sinto-me completamente preparada para trabalhar como técnica de serviços jurídicos.



AT: Sente que ter um curso é muitas vezes um impedimento para conseguir arranjar um trabalho?

CR: Sem dúvida. Já fui a várias empresas, principalmente confecções, em que é exigido o 9º ano e, se uma pessoa tem mais ou mesmo menos habilitações do que as exigidas, já não serve para o lugar. Parece que vamos fazer algo que a nossa escolaridade não permite. Já ouvi muitas respostas do género: “não queremos pessoas dessas aqui”, só por eu dizer o curso que tenho.



AT: Como ex aluna de um curso profissional como vê a crescente adesão que estes cursos têm tido nos últimos anos?

CR: Começo a achar que há um excesso de cursos profissionais.



AT: Acha que essa forte adesão está relacionada com o facto de muitas pessoas considerarem os cursos profissionais mais fáceis do que o ensino superior?

CR: Realmente acho que muitas pessoas pensam que os cursos profissionais são mais fáceis, mas isso também depende da área. No meu curso havia mesmo muitas exigências, achei que tinha um elevado grau de dificuldade. Talvez não seja como no ensino superior, mas não era aquele facilitismo como as pessoas pensam que é, pelo menos na área e na escola que eu estive.



AT: Aconselhava um aluno que está a terminar o seu terceiro ciclo a optar por um curso profissional?

CR: Depende. Se ele tiver a ideia de ir para a universidade, incentivava-o a ir, sem dúvida. Mas se não tiver mesmo aquela força de vontade, acho que o melhor é mesmo tirar o 12º ano com um curso profissional.



AT: Está arrependida por ter tomado essa decisão?

CR: Houve momentos em que me arrependi, principalmente quando ouvia certas respostas, mas chego à conclusão que é ignorância da parte das pessoas e não me arrependo.


Fontes:
Escola Profissional Profitecla
Declaração prestada por Carina Ribas


Ana Teixeira
Grupo 4

Vizela voltará a ser “Rainha das Termas de Portugal”

      
       As Termas de Vizela sempre foram um dos grandes pilares da economia vizelense, fazendo com que esta cidade fosse conhecida como a “Rainha das Termas de Portugal”. Actualmente encerradas, as Termas já encontraram um investidor e tudo se está a fazer para que estas reabram no mais curto intervalo de tempo.

       A suspensão da exploração da água sulfurosa foi autorizada por despacho do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, por um prazo de 90 dias, com a intenção de se proceder à realização de melhoramentos propostos dentro desse período. No entanto, o prazo terminou no dia sete de Setembro e as Termas continuam fechadas. Em consequência disso, também encerrou a única unidade hoteleira de três estrelas da cidade, o Hotel Sul Americano. A população está descontente e, em prol da reabertura das Termas, já realizou uma manifestação no dia 26 de Outubro.
       Francisco Figueiredo, do Sindicato de Hotelaria do Norte, disse à RTP, que as Termas fecharam porque “houve de facto um interesse pessoal, mesquinho, um interesse do capital, do dinheiro”. Francisco Figueiredo acrescenta que “há um grande investimento no sector do turismo desta área da saúde. Mais de 200 milhões de euros são gastos em todas as termas a nível nacional e só esta é que encerra”.
       Para recuperar as Termas surgiu o grupo espanhol “Tesal”, que tem o objectivo de ter até 2014 mais quatro unidades termais em Portugal, sendo uma delas a de Vizela.
       As negociações entre a administração da Companhia de Banhos de Vizela (CBV), representada por Carlos Coutinho, e o grupo espanhol “Tesal” estão a decorrer, tendo em vista a reabertura das Termas e do Hotel Sul Americano. A proposta apresentada à CBV assenta num pedido de concessão por 25 anos, com opção de compra ao final de cinco, prevendo a criação de um Complexo constituído pelas Termas, Hotel Sul Americano e Parque Natural.
       Armando Campos, elemento do grupo “Tesal” e responsável pelo processo das Termas de Vizela, diz que “são umas Termas apetecíveis em termos económicos e pelas condições naturais que oferece”. As águas termais desta cidade têm temperaturas que variam entre os 15ºC e os 65ºC. São águas hipertermais, fracamente mineralizadas, sulfúreas, sódicas e fluoretadas, estando indicadas sobretudo para o tratamento de reumatismos crónicos, afecções neurológicas e traumáticas, doenças das vias respiratórias e doenças de pele.
       Segundo vários especialistas, as águas termais de Vizela são consideradas como uma das melhores águas sulfúricas quentes de Portugal.



Fontes:
RTP
Câmara Municipal de Vizela
RVJornal
Digital de Vizela

Ana Teixeira
Grupo 4

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Canções de natal com preçário

Uma associação alemã reclama o pagamento dos direitos de autor para que se possa cantar músicas de natal nos infantários.

A Gema, uma sociedade de gestão e exploração de direitos de autor, defende que a questão não é recente e que esta se repete constantemente na altura do natal.

Bettina Muller, porta-voz da Gema, afirma que os cerca de 36 mil infantários alemães, quer públicos quer privados, não assinaram o protocolo global sobre direito de autor e têm por isso de pagar uma verba sempre que fotocopiam a letra de uma canção.


Tony Santos, Grupo 4 
Fonte: Publico Online

Festejar o Natal

Naquele que foi o primeiro ano em casa – Sobreira – a União Musical Juventude e Amizade preparou para todos os que quiseram assistir, um concerto de Natal recheado de surpresas, animação e muita música.

Para assinalar mais uma época natalícia, a União Musical Juventude e Amizade (UMJA) da Sobreira, decidiu presentear todos os que quiseram assistir, mais um concerto de Natal, um espectáculo cheio de música e onde não faltaram a animação e as gargalhadas.

Todos os anos a UMJA decide marcar as épocas mais importantes do calendário com actividades diferentes e este Natal não foi excepção. No dia 25 de Dezembro, e para assinalar o primeiro Natal na sua sede, a UMJA deliciou os presentes com um concerto de Natal diferente onde, como é óbvio, a música foi rainha mas onde se deram a conhecer outras facetas da Banda da terra.

Com uma enorme plateia, onde as cadeiras não chegaram para todos os elementos do público e com a alegria de estarem pela primeira vez a actuar na sua Sede, o concerto começou com um ligeiro atraso mas que fazia já prever a grande animação que viria a seguir.

A abrir o concerto estiveram os meninos da escola de música que representaram um musical intitulado “O Anjinho Migalhinhas” e onde mostraram a todos, o que vêm aprendendo ao longo do ano.

De seguida subiu ao palco o grupo de clarinetistas mais jovens da Banda – composto por cinco meninas - que interpretaram um dueto musical dando depois a vez a algumas músicas mais crescidas que interpretaram uma dança de marionetas composta por temas bem conhecidos do público português.

Trajadas a rigor, o grupo, que se auto intitulou como “Movimento C.A.”, encantou todos os presentes ao dançar várias músicas, nacionais e internacionais, bem conhecidas do público.

Seguidamente deu-se o concerto musical com a banda a actuar em pleno, interpretando vários temas tais como “Caminho de Santiago”, “Classic Pop Medley”, “The Lion King –Broadway Selections”, “ A Rock´in Christmas”, “Tony Carreira Medley”, e por fim “Christmas Medley”.

Neste concerto ainda houve tempo para uma dança de fantoches – elaborados pelos músicos e que surgiram, animando a última obra interpretada pela banda, - e para algumas partidas ao maestro.

Pegando no exemplo do reality show da TVI “Casa dos Segredos”, “A Voz” surgiu em pleno concerto e deu ordens ao maestro, que não teve mais solução senão obedecer, o que levou a plateia à gargalhada total.

Nesta tarde bem animada houve ainda tempo para um sorteio de rifas de Natal, com o intuito de ajudar a banda a pagar o seu fardamento actual e para um convívio final entre músicos e espectadores encerrando assim, com “chave de ouro”, mais uma iniciativa musical da UMJA.


Daniela Nogueira - Grupo 2

Tavira acolhe jovens estrelas do "Mundo da Vela"

Imagem:  Desporto na Linha 
As águas de Tavira foram o cenário escolhido para a realização do Campeonato do Mundo da Juventude ISAF (Internacional Sailing Federation) de 2014. O campeonato será organizado pela Federação Portuguesa de Vela em parceria com o Clube Náutico de Tavira e realiza-se entre os dias 17 e 26 de Julho desse ano.
Portugal recebe pela quarta vez este evento, que em anos anteriores se realizou em Sines (1981), em Vilamoura (1992) e na Madeira (2003). A candidatura portuguesa venceu no Congresso da ISAF e superou uma proposta israelita.
O campeonato contará com a participação de 350 velejadores de 60 países. As provas serão disputadas em diferentes classes: Laser Radial, 420, 29er, Hobie Cat 16 e Neil Pryde RS:X e os participantes estão organizados por género (masculino/feminino).
Em declarações para o Observatório do Algarve, José Manuel Leandro, presidente da Federação Portuguesa de Vela, afirma: “O Mundial da Juventude ISAF é uma prova fundamental no calendário da Federação Internacional e uma das mais importantes da modalidade”. José Leandro sublinha o trabalho dos responsáveis do Clube Náutico de Tavira e destaca a experiência e a competência desta instituição na organização de eventos internacionais. Relembra ainda que, em 2011, esta vai receber os Europeus de Optimist e de 420.
No presente ano, em Istambul, a dupla João Villas Boas e Tomás Camelo sagrou-se vice-campeã do mundo ISAF na classe de 420. António Mourão obteve a 4ª classificação em Laser Radial e Patrícia Costa e Filipa Barros terminaram em 9º lugar nos 420 femininos.


Andreia Leonardo Roberto , Grupo1

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal e a sua evolução

O Natal dos dias de hoje é totalmente diferente do de épocas passadas. Nos dias de hoje assistimos ao que todos nós sabemos: casas cheias de prendas com alguém que se mascara de Pai Natal com a roupa vermelha e branca e com o seu cinto preto quando antigamente era simplesmente uma festa de união familiar e as prendas eram apenas a troca de bens alimentares, tal como se fazia antes da existência da moeda. A certa altura surgiu um homem, filho de pais abastados, conhecido hoje como S. Nicolau, era conhecido por defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres. O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes, esta distribuição era a dia 6 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Outra curiosidade é que, durante muito tempo, o Pai Natal foi desenhado vestido com uma grande variedade de cores e era representado a fumar um cachimbo de barro ou a beber vinho. Também é correcto que, nos anos 30, a Coca-Cola decidiu usar a figura do Pai Natal na sua publicidade de Inverno e contratou o artista Haddon Sundblom para lhe compor a imagem. Sundblom escolheu o vermelho e branco da Coca-Cola para vestir o Pai Natal. Contudo, este não foi original na sua escolha já que o primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly” no ano de 1866. Nast foi um grande cartoonista americano e trabalhava para o jornal "Harper's Weekly", aproveitando o espaço que lhe era reservado no jornal para fazer crítica política e para abordar os problemas sociais da época.
Mesmo assim, a autoria do senhor vestido de vermelho e de barbas brancas pertence a Nast, já que ele em 1866 criou um livro ilustrado a 4 cores intitulado de "Santa Claus and his work", onde aparece desenhado pela primeira vez o Pai Natal tal como o conhecemos hoje, assim sendo a criação da imagem actual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, por isso hoje vivemos um natal adulterado onde todos fingimos que somos o S. Nicolau, disfarçados de Pai Natal.








Bruno Sobral (Grupo 3)

Crónica/Artigo de Opinião - Voluntariado com presente incluído

Voluntariado com presente incluído

 
Foi no passado dia 23 de Dezembro que me dirigi à biblioteca municipal de Pombal, para falar com a responsável pelos serviços do Instituto Português da Juventude (IPJ), da região de Pombal, que têm por sede o distrito de Leiria.
A minha principal intenção ao ir falar com a responsável, de nome Carina, era a de ficar a conhecer melhor as ofertas que tinha ao meu dispor no que toca ao voluntariado jovem.

De momento, e uma vez que o ano está prestes a chegar ao fim, não haviam actividades para esta altura, e uma vez que 2011 também ainda não começou, ainda não havia informação sobre actividades para o novo ano.

Este facto não me incomodou muito.

Não tinha sido uma “viagem” perdida pois a Carina tem sempre uma palavra amiga e um diálogo bastante jovial. De facto, fiquei contente por ver que já começa a existir uma maior preocupação por parte dos responsáveis pela selecção de pessoas para estes cargos em conjugar uma boa aparência com uma boa capacidade de diálogo e comunicação, neste caso, com os jovens.

Outra das coisas sobre a qual tomei conhecimento foi de que o ano de 2011 não vai ser marcado só por aumentos de iva’s e crises e chatices, afinal sempre tive uma boa notícia neste natal, pois o ano de 2011 vai ser o ano europeu do voluntariado.

O que me deixa mais perplexa é perceber a quantidade de pessoas que não sabe o que é o voluntariado, a que idades se destina e o que podem vir a ganhar com isso.

A Carina desabafou-me que os jovens não procuram informação e isso é um facto, pois ela, a quem já muito trabalho compete, criou à apenas uns meses, no facebook, uma página que dá pelo nome de “juventude pombal”, para assim, de alguma forma conseguir fazer com que os jovens em pombal se interessem por estas iniciativas. Mais acho que ela não pode, nem lhe compete fazer. Mas custa.

Custa pois o IPJ encontra-se espalhado por todos os distritos de Portugal e abrange se não todas pelo menos um grande número de cidades de distrito. A informação encontra-se, acredito, espalhada por qualquer cidade nos seus pontos de referência, como sejam bibliotecas, museus entre outros e existe ainda um site no qual uma vez inscritos estão em constante actualização de novidades não só no âmbito do voluntariado mas também do empreendedorismo, turismo entre muitos outros eventos. Basta simplesmente procurar!

Sai contentíssima da biblioteca e mais ainda, com vontade de estar em permanente actualização no site do IPJ.

É por isso que me custa, pois “minha gente” se não houve dinheiro para oferecer prendinhas de natal, mais vos digo, o voluntariado para jovens dispõem de uma bolsa de alimentação e transporte que vos é paga com relativa brevidade e que é sempre uma boa ajuda!

Pensando num próximo natal mais “recheado” ou quem sabe uma passagem de ano mais desafogada, aqui fica o meu conselho para que pesquisem e se interessem por este tipo de iniciativas, pois além de ajudarem os outros e o vosso concelho estão ajudar-vos a vocês mesmos!





Sónia Mendes

Grupo 5

Crónica / Artigo de Opinião - A ironia do espírito Natalício

A IRONIA DO ESPÍRITO NATALÍCIO

Quando olho para trás e revejo no fundo da minha memória todos os Natais que tive, deparo-me com uma grande mudança.
Não sei se é pelo facto de ter crescido e de ver o Mundo com “outros olhos” a verdade é que o significado desta época festiva perdeu o seu grande encanto.
Observo e vejo todo um materialismo que me desilude. O Pai Natal deixou de existir até para as crianças. O que realmente importa é receber muitos presentinhos e ter a mesa cheia de comida.
Quando, pela minha perspectiva, o Natal devia ser: estar sentado à mesa com um grande número de pessoas. Pessoas que já não víamos à muito tempo. Noites e dias de trocas de experiências passadas.
Mas não. O dinheiro, e tudo o que o envolve, tornou-se de tal forma importante que até já se corta orçamento nas iluminações Natalícias. Situações diárias em que podíamos poupar e não gastar em extravagâncias. No entanto, chega-se a esta época e a solução passa por pôr de parte todo o espírito. Toda a comunhão familiar. Toda a troca dos diversos sentimentos.
Reparo que a economia faz parte do nosso dia-a-dia e que dependemos dela para nossa sobrevivência. Há tão boa gente que mal tem dinheiro para comer, com certeza que a mesa deles na noite de Consoada não estará tão farta como a nossa. O essencial está nas cadeiras que rodeiam a mesa. A família, a reciprocidade e a compaixão.
Quando deixamos de ser materialistas? Quando vamos dar valor àquilo que tem realmente importância? Quando vamos olhar para o lado e ver que à nossa volta há mais gente? Não, não somos só nós . Não sou só eu. Afinal tudo o que tenho, deve-se à existência de mais pessoas. Tudo aquilo que temos, a evolução a que temos assistido, tem tudo a ver com cooperação.
Então, porquê? Porquê fazer do Natal, a partir de agora, algo tão fútil e superficial?
Mimar a família e todos os importantes. Partilhar tudo o que recebemos. Sentir o Natal na sua essência faria com que todo o encanto voltasse e que o espírito natalício fosse mais do que uma simples ironia da nossa parte.
Andreia Monteiro
Grupo 5



Fontes : As informações mais específicas foram retidas enquanto via o telejornal ou lia o jornal. Outras, têm-me chamado a atenção.

"As cartas dos leitores na imprensa portuguesa: uma forma de comunicação e debate do público"

Decorre no próximo dia 5, pelas 14.30h, no auditório da Escola Superior de Educação de Coimbra mais um seminário de Comunicação Social. Este tem como orador Marisa Torres da Silva e o tema é: "As cartas dos leitores na imprensa portuguesa: uma forma de comunicação e debate do público".
Marisa Torres da Silva é licenciada, mestre e doutorada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente, é vice-presidente da assembleia-geral do Centro de Investigação Media e Jornalismo(CIMJ), é autora do livro, “A voz dos leitores na imprensa: um estudo de caso sobre as Cartas ao Director no jornal Público” e co-autora de ” A problemática VIH/Sida como notícia: Elementos para uma teoria da notícia”. Foi colaboradora do jornal Público, de 2001 a 2003 e escreveu como freelancer para revistas como “Magazine Artes”, “Jornalismo & Jornalistas” e “Time Out Lisboa”.

Ana Serrano
Grupo1

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Os momentos marcantes com a tuna acumulam-se infinitamente."

Joana Montenegro Penetra é membro da Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra (TFMUC) . No dia do lançamento do CD desta tuna e comemoração do seu décimo aniversário, a vice-presidente fala sobre a sua experiência na TFMUC.

1. Como nasceu a Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra (TFMUC)?
Em meados de Abril de 1998, um grupo de amigas que frequentavam o 2º ano de Medicina Dentária, juntaram-se com a ideia de formar uma Tuna Feminina. Aos poucos, foram sondando algumas companheiras da mesma Faculdade para aderirem ao seu projecto, e este veio a concretizar-se em Novembro de 2000, quando pela primeira vez se reuniram para ensaiar.

2. Qual a sensação de celebrar 10 anos?
É um grande orgulho! O facto de a Tuna ser formada por um conjunto de pessoas que está na universidade por um tempo limitado, torna ainda mais desafiante o seu crescimento, uma vez que os elementos que a constituem serão sempre diferentes. Assim, o trabalho que realizamos hoje, não é só a pensar em quem no presente faz parte dela, mas também no sentido de assegurar o seu futuro. Penso que é desta forma que pensarão as nossas antigas tunas, ao aperceberem-se do tanto que deram à Tuna que hoje sobe a palco.

3. Ao fim destes 10 anos, o que mudou?
Tanta coisa! Por um lado, o número de tunantes. Contamos actualmente com mais de 70 elementos activos e este facto é não só um privilégio mas também um grande desafio. Por outro, o nosso reportório musical, em cuja variedade temos investido arduamente. Com a crescente experiência e a participação em inúmeras actuações, também o espectáculo que apresentamos tem vindo a enriquecer o nosso desempenho, sobretudo a nível das pandeiretas.

 
4. O que acha que distingue a TFMUC de outras tunas femininas?
Penso que a principal diferença consiste na sua opção quanto aos temas que apresenta em palco, que são exclusivamente originais. Dá-nos uma satisfação muito grande estarmos envolvidas no processo de criação de uma música desde que nasce a ideia da sua realização. Desta forma, quando subimos a palco, aquilo que cantamos não é apenas um arranjo, mas antes um bocadinho de todas nós. No entanto, escutar um original não agrada ao público da mesma forma que um tema conhecido que lhe traga memórias, e daí ser também um gosto lutar para que as nossas músicas se tornem familiares àqueles que nos apoiam.

 
5. Porquê um cd? Porquê agora?
A edição de um álbum, sobretudo um álbum de originais, é o eternizar de um projecto que permaneceria no anonimato ou apenas nas nossas recordações. O sonho da criação de um CD não é de agora. A pouco e pouco fomos juntando condições, quer artísticas quer financeiras, para a realização deste projecto, e agora que celebramos 10 anos de existência, achámos que a altura não poderia ser melhor.

6. Quais os objectivos e expectativas quanto ao CD?
Deste o princípio que nos surgiu esta ideia de um Concept Album e foi nele que investimos, construindo uma obra organizada por capítulos em que a tradição académica está muito presente. Assim, entre as faixas que constituem uma história, o CD inclui momentos de Praxe Académica, a formação de uma Trupe, as célebres bengaladas na cartola aquando do fim do curso e ainda o Grito Académico. Este pareceu-nos um conceito inovador, e foi com muito prazer que procedemos à sua gravação. Quanto aos objectivos e expectativas, esperamos simplesmente divulgar a nossa música e dar àqueles que gostam de nos seguir, a oportunidade de nos poderem levar para todo o lado.

7. Quais as músicas que mais a marcam?
Como disse anteriormente, todas as músicas têm um significado muito especial, por terem sido integralmente realizadas por nós. O “Caloiro” destaca-se pelo seu tema, pela sua alegria e por ser talvez aquela que mais nos caracteriza dentro da Faculdade, sendo um gosto ouvi-la ser cantada pelos nossos estudantes. Pessoalmente, não posso não realçar o “Feitiço de Amor” na voz da Sara Correia, uma música de solista que nos delicia particularmente e deixa sempre o público igualmente encantado.

8. Quais as maiores dificuldades para manter a tuna?
Como disse anteriormente, uma tuna é um grupo dinâmico. Assim, vai passando por fases com mais ou menos elementos, consoante o perfil e os interesses das pessoas que chegam de novo à Universidade e consoante o número daquelas que vão acabando o curso. Estamos constantemente a conhecer pessoas novas, a receber umas e a deixar partir outras e consequentemente em cada momento somos uma tuna diferente, com laços diferentes. Este facto obriga a uma adaptação constante que é melhor conseguida numas gerações do que noutras, e talvez seja essa uma das maiores dificuldades.

9. Qual a melhor experiência que já teve com a tuna?
Os momentos marcantes com a tuna acumulam-se infinitamente, sendo já muito difícil destacar um. Mas a experiência de um festival é sempre muito cheia e recordo com muito carinho os meus primeiros, quando era caloira, um em Faro, outro no Porto. Fomos todas juntas estrada fora, sempre a cantar e a tocar que é o que gostamos de fazer. E é indubitavelmente um prazer ir com alguém de quem gostamos experienciar a vida de uma cidade, ajudar a animá-la, somar conversas e gargalhadas noite fora, enfrentar as luzes de um palco e dar as mãos de nervosismo na entrega de prémios. Foram fins-de-semana muito ricos a todos os níveis e compensam largamente as horas de dedicação.

10. Quais os votos para o futuro da TFMUC neste aniversário?
Que não pare de crescer! Mais do que em número, desejo que não pare de crescer em ambições, em projectos, em humildade! Mas sobretudo que seja cada vez mais um lugar de amizade, que enriqueça sempre mais esta experiência Coimbrã, que por si só já é tão única.


Diana Teixeira, grupo4

Artigo de Opinião

E depois do Natal?

Agora as preocupações centram-se na noite da Consoada depois vem a noite da Passagem de Ano.
Sim, muda o ano. So what? Muda alguma coisa só porque entramos em 2011 além do aumento do IVA? Os problemas desaparecem? As guerras terminam? O dinheiro passa a nascer como cogumelos?

Mais uma festa em que as pessoas não costumam ter limites. Tal como o Natal, é um dia que me é tanto ou quanto indiferente. Não é uma festa que me diga muito, nem percebo muito bem o porquê da sua existência. Quer dizer, mudar de ano no fundo não significa nada. Todas as listas que se fazem para o novo ano, todas as coisas que se prometem mudar, todos os votos que são ditos ao som das doze badaladas, acabam quase sempre por ser esquecidos ou, no caso de alguns, diluídos nos litros de álcool que se bebem nessa noite. Além disso, todos os anos acaba por ser sempre a mesma coisa que se repete uma e outra vez até à exaustão. Já estou a imaginar o cenário... Alguns vão estar a fingir que estudam para os exames em Janeiro, outros vão passar a noite a rir-se de parvoíces ou a relembrar pela milésima vez situações ocorridas na passagem de ano anterior. Haverá música em altos berros, gritos histéricos e dança até cair para o lado de cansaço. E de manhã, já no novo ano, tudo será esquecido. Fantástico, não é?

Seja como for, para acabar em beleza deixo-vos uma frase feita, daquelas mesmo perfeitas, que são ditas todos os anos com o mesmo entusiasmo: Que o melhor de 2010 seja o pior de 2011! 
Da minha parte ficam aqui os votos de um Feliz Ano 2011.


Por: Ana Sofia Rodrigues
Grupo 7

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Artigo de Opinião - Devaneio Natalício


Passamos o ano todo sem falar com dezenas e dezenas de pessoas amigas/conhecidas e nesta época natalícia, 2 ou 3 dias antes de abrir as prendas, lembramo-nos de correr a lista de contactos de A a Z ... e escrever uma mensagem de natal, cheia de sentimento e de espírito natalício. Tão bonito que é!  Para mim não passa de egocentrismo - sim, eu também o faço - mas porquê? Porque é que nesta data, que não passa de um feriado com outro qualquer, o pessoal se lembra de enviar sms  para toda a gente? Porque é que, por exemplo, dois ou três dias antes do 5 de Outubro de cada ano, não enviamos mensagens para celebrar a Implantação da República? Ou no 25 de Abril a homenagear os impulsionadores da revolução que nos tirou do estrangulamento?
É que se o natal fosse realmente vivido como a maior parte diz que vive mas que, verdadeiramente, jamais vivera... Fala-se em união, fraternidade, solidariedade… mas no fundo, cada um se quer é safar desta crise, que quanto a mim ainda nem sequer começou. Quando esses valores forem realmente necessários, o número de pessoas que os demonstrarão será bem menor ao de mensagens de natal que receberemos nos próximos dias.

Segundo o que vou ouvindo, aqui e ali, dos mais velhos -  esses poços de sabedoria idolatráveis - , antigamente, o menino Jesus é que dava as prendinhas e, as crianças contentavam-se com uma moedinha, um rebuçadinho ou um par de meias quentinhas (acontecia na minha santa terrinha há umas décadas atrás, e não há muitas, segundo os tais idolatráveis). Agora, depois de CocaCola se ter lembrado de vestir um velho gordo, de vermelho e com um chapéu inspirado no dos campinos portugueses, com um saco gigante às costas, cheio de materialismo… metem na cabeça das crianças que aquela personagem é que lhes dá as prendas! Quanto é que a CocaCola paga a cada pai e mãe babada, para meter isso na cabeça dos miúdos? Deve pagar bem, visto que a grande maioria o faz!
Nos centros comerciais, é só sininhos, é só bolinhas, é só luzinhas …  Isto para quê? Para as famílias lá irem fazer as compras, deixar lá as poupanças e depois dizer aos miúdos que quem deu a prendinha foi o PAI NATAL !
Então afinal para que servem os pais? Hão-de pensar os miúdos...

Tiago Cerveira
Grupo 7

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O mundo do jornalismo aos olhos de Pedro Coelho

Foi aos 14 anos que Pedro Coelho, actual jornalista do universo SIC, decidiu enveredar o caminho do jornalismo. Actualmente, com 44 anos, conta com um curriculum notável e por isso são muitos os que lhe prestam homenagem com a atribuição de prémios e distinções. Pedro Coelho lecciona na faculdade de Ciências Humanas e Socais da Universidade Nova de Lisboa e garante que a melhor recompensa que lhe podiam oferecer seria “Que os jovens jornalistas tivessem a humildade de aprender. E que não concluíssem que já sabem tudo”.


Fonte: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – UNL
http://www.fcsh.unl.pt/deps/ciencias-da-comunicacao/docentes/pedro-coelho

Andreia Roberto (AR) - O que o levou a seguir a área das Ciências da Comunicação?
Pedro Coelho (PC) - Foi a pensar no jornalismo. Aos 14 anos decidi-me, em definitivo, pelo jornalismo.

AR - Actualmente gosta da sua profissão, ou se tivesse oportunidade trocaria o jornalismo por outra área?
PC - Continuo a gostar, cada vez mais, de ser jornalista, ainda que os rumos da profissão já não me encantem.

AR - O que significa ser-se jornalista?
PC - É estar sempre disponível para descobrir novidades que possam, depois de difundidas de acordo com princípios éticos claros, informar as pessoas. E informar significa – formar as pessoas.

AR - Segundo constatei ,  foi aos 19 anos que iniciou a sua carreira jornalística. Na sua opinião um jornalista para ser  reconhecido e vingar no mercado de trabalho tem de começar a “colaborar e trabalhar” desde muito cedo?
PC - Não necessariamente. Às vezes temos um jornalista dentro de nós e nem sabemos. E há quem viva anos com essa inquietação lá dentro. Ser jornalista também é um estado de espírito.

AR - Habituámo-lo a ver mais na condição de repórter, aos domingos, na Grande Reportagem, inserida no jornal da noite do universo Sic. O seu trabalho surgiu de forma natural ou foi o reflexo de uma preferência manifestada? 
PC - Sou, acima de tudo, um jornalista-repórter. Gosto de contar histórias inteiras. Histórias que informem as pessoas e que as ajudem nos respectivos percursos de vida.

AR- Por muitos é considerado o curso da moda , de facto, todos os anos centenas de jovens tentam a sua sorte e a média de entrada torna-se bastante elevada, sobretudo no distrito de Lisboa. Numa altura em que todos os sectores têm sido afectados pela crise, o sector da informação não foge à regra. Porque é que os jovens cada vez mais tencionam ser jornalistas?  Será o trabalho em televisão que desperta curiosidade? Ou, será que os jovens pensam que trabalhar em televisão é um veículo para atingir a fama?
PC - De facto acho que a maioria dos jovens que quer ser jornalista não quer se-lo pelas melhores razões. As relativas à televisão, que enuncia, são as mais recorrentes. Atingir a fama facilmente (é o que muitos pensam!), alimentar a ilusão e a vaidade pessoais… enfim. As razões mais nobres parecem, cada vez mais, fora de moda.

AR - Assim que terminou a sua licenciatura sentiu que deveria trabalhar em grupos de renome?  Estaria disposto  a “atirar-se” a todas as oportunidades que se cruzassem no seu caminho?
PC - Quando terminei o meu curso pude escolher. E como queria muito trabalhar em rádio sujeitei-me a trabalhar num grupo pequeno. Rejeitei um convite de um grupo de renome, porque o que queria mesmo era a rádio.

AR - No seio de uma sociedade informada, fruto de uma revolução digital, os media vêem-se “ameaçados e manipulados”  pelos grandes conglomerados que assim se incorporam por todo o lado. Será que este impacto contribuiu para o rigor informativo ou pelo contrário, só prejudicou?
PC - Acho que uma coisa e outra não têm de andar associadas. Os novos media podem servir para reforçar o bom jornalismo. Infelizmente assistimos ao contrário.

AR - Como já referi anteriormente, vivemos na Era Digital , as tecnologias ganham importância e poder e, assim, as notícias propagam-se mais rapidamente. Será que o jornal impresso está “à beira da morte”?
PC - Não. Terá apenas de se reformular. A complementaridade entre os media irá promover a alteração dos formatos e dos conteúdos por eles transmitidos. O jornal terá tendência para ser um produto de luxo onde vamos buscar o que está para lá da espuma dos dias.

AR - Falando em novas tecnologias e em meios digitais, com esta transformação sente que os jornalistas perderam credibilidade e são desvalorizados na sociedade?
PC - Corre-se mais esse risco, porque há muita gente a produzir informação e os papéis, inevitavelmente, confundem-se, mas não me parece que os novos media tenham essa condicionante. Pelo contrário – a multiplicidade de informação na rede exige jornalistas cada vez mais credíveis.

AR - A comunicação social atravessa um período crítico. Qual o futuro dos media?
PC - Não tenho bola de cristal mas uma sociedade sem MCS fortes, acitivos e promotores de cidadania é uma sociedade doente.

AR - Na sua profissão já atingiu todos os seus objectivos ou, ainda, tem de percorrer por muitos caminhos ?
PC - Todos os dias sinto que ainda me falta fazer tudo. Todos os dias tenho a humildade de querer fazer mais e de querer saber mais.

AR - Para finalizar, Qual a melhor recompensa que lhe podiam oferecer? E quais os seus conselhos aos jovens universitários, pseudo-jornalistas?
PC - Que os jovens jornalistas tivessem a humildade de aprender. E que não concluíssem que já sabem tudo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Janela para o passado, reflexão sobre o futuro…

A série televisiva «Conta-me como Foi» é no presente, maneira de ver o passado através de uma “janela” nas nossas casas.
Todos os que não viveram naquele tempo podem agora dar uma olhada aos finais da década de 60 e aos seus problemas políticos, sociais e económicos. A série retrata a vida de uma família lisboeta, de classe média-baixa, numa sociedade em mudança. As histórias do dia-a-dia são contadas através de recordações de infância, mas sem deixar de assinalar vários acontecimentos importantes da década contados algum humor à mistura. Concebida com o propósito de entreter, a série demonstra os tabus e as mentalidades fechadas, mas sem nunca criticar ou julgar retratando apenas um período de tempo em que a sociedade foi sujeita a assuntos que ainda hoje debatemos nos nossos dias desde o contraste entre classes sociais, a homossexualidade, …até à crença de que o homem era superior à mulher.

No fundo esta série não aponta o que está mal ou bem, ela apenas retrata a época, no entanto deixa o público a pensar, provocando reflexão sobre os temas abordados.
Raros são hoje, este tipo de programas que educam além de entreter, ainda que não directamente.
Não deveria a sociedade dar mais valor aos programas que instruem, principalmente os que se dizem para os mais novos?
Já que estes são mais susceptíveis ao que vêm, o que se passa no mundo deles?

Muito se escreve e fala do mal que os programas são e fazem, alguns até escrevem que são o mal deste século ou mesmo que estamos a tornar os mais novos em autênticos “zombies” em frente à televisão, estudos recentes referem que um adolescente, entre os 8 e os 18, passa em média 4,5h por dia em frente à televisão.
Números realmente assustadores, mas o que fez a sociedade para que tal se altere?
….


Fonte: Jornal i – noticia: Onde está o seu filho? Deve estar online há mais de dez horas


Grupo 6
Marcelo Mariano



Memórias de um tornado

Uma semana após a passagem do tornado pela vila de Ferreira do Zêzere, ainda se sentem os efeitos que o fenómeno causou na vida dos ferreirenses. São claros os danos causados pelo tornado que devastou 229 habitações da Freguesia, cerca de 250 automóveis, florestas, infra-estruturas municipais, estabelecimentos comerciais, entre outros.


Como tudo começou…

   Eram cerca das 14h30 quando um barulho ensurdecedor invadiu casas e espaços ferreirenses. O vento soprava a mais de 150 km por hora e atrás de si deixava um rasto de destruição nunca antes visto em Ferreira do Zêzere. O tornado arrancou telhados de casas, derrubou árvores, destruiu automóveis e deixou a população em verdadeiro pânico. “Estava em casa quando ouvi muito barulho e fui à janela. Quando espreitei, o tornado passava, talvez, a cerca de 500 metros da minha casa. Só via telhas e bocados de árvores a voar. Foi inacreditável!” afirma Celestino Gaspar, um habitante ferreirense. Acrescenta, ainda, que “a floresta em frente ficou completamente devastada. Foi uma sorte não atingir a minha casa”.

Vários feridos não registados

   Mª Amélia Duarte, vendedora, ia em direcção a sua casa, com o seu marido, quando começou a cair granizo. A vendedora pensou que fosse trovoada. Segundos depois, vê uma nuvem muito escura e “ramos de árvores a saírem disparados”. Pede, então, ao seu marido que pare o carro. “De repente, vem um estrondo, o vento pega na carrinha que dá umas quantas voltas no ar ” afirma Amélia. Nesse momento, sentiu que ia morrer e pensou que “nunca mais fosse ver os filhos”. Mª Amélia Duarte confessa que nunca tinha sentido tanto medo na sua vida. Apesar da gravidade do incidente, a vendedora não sofreu nenhuma fractura. Teve, apenas, hematomas pelo corpo e tem, ainda, dores quando tosse. Foi assistida no Centro de Saúde de Ferreira do Zêzere e no Hospital de Tomar. “Quando entrei no hospital só ouvia pessoas a gritar que tinham ficado sem casa” lembra.
   No concelho ferreirense, várias pessoas ficaram feridas apesar de apenas sete pessoas terem sido registadas. Os sete feridos foram, primeiramente, assistidos no Centro de Saúde de Ferreira do Zêzere e só mais tarde foram transportados para o Hospital de Tomar. Na Freguesia de Ferreira do Zêzere não há registo de nenhum ferido grave, como afirma Pedro Alberto, Presidente da Junta de Ferreira do Zêzere.

Os prejuízos que ficam

   Luís Graça, funcionário das Piscinas Municipais de Ferreira do Zêzere, encontrava-se, com um aluno, num dos cantos da Piscina Municipal quando o tornado se aproximou. “Primeiro faltou a luz e havia trovoada. Associei o que estava a acontecer porque tinha recebido uma mensagem da minha namorada a contar o que se tinha passado em Tomar. Por isso, foi mais fácil ter chegado à conclusão e ter dado o alerta para fugirmos. Se não fosse isso, se calhar tinha ficado ali a olhar até que sentisse que corria perigo” afirma Luís. O responsável pelo Sector de Desporto da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere (CMFZ), adianta, ainda, que se o tornado tivesse ocorrido mais cedo ou 50 minutos mais tarde, estariam várias pessoas na piscina e “aí a tragédia teria sido bem maior”.
   Os prejuízos ainda não estão definitivamente calculados mas Jacinto Lopes, presidente da CMFZ, admite que “pelo menos 2,5 milhões de euros” estão garantidos. Pedro Alberto, presidente da Junta de Ferreira do Zêzere, esclarece que desses 2,5 milhões de euros, meio milhão pertence aos prejuízos nos edifícios municipais.
   Os edifícios municipais mais afectados foram o Centro Cultural, Cineteatro Ivone Silva, Piscinas Municipais e o Terminal Rodoviário.
   Nas Piscinas Municipais, parte do telhado ruiu, quase todos os vidros partiram, os painéis solares desapareceram ou ficaram danificados.
   Do outro lado da estrada, encontra-se o Centro Cultural que ficou, também, bastante destruído.
   Isabel Silva, funcionária da CMFZ, encontrava-se dentro do Centro Cultural no momento. “Havia vento e fui às janelas das traseiras. Vi as acácias a tombarem e comecei a gritar pela minha colega que estava no rés-do-chão. Entretanto, o vento entrou no edifício e começou a partir os vidros todos” conta. Depois de se juntar à colega, o vento fechou a porta do corredor. “Estávamos trancadas e havia muito fumo, soubemos agora que tinham sido os extintores. Estávamos em pânico porque não conseguíamos fugir. Eu comecei a pontapear a porta até conseguirmos sair” conta Isabel. A funcionária acrescenta “foi uma sensação horrível! Nem sequer me passou pela cabeça que tivesse sido um tornado. No momento, não pensei em nada, só pensei que ia morrer lá de baixo”.
   No cineteatro, o telhado e o tecto ficaram “completamente destruídos. O tecto ficou com uma “clarabóia”, um buraco como se tivesse entrado uma bola gigante no meio do teatro” acrescenta o presidente da Junta de Freguesia.
   Já os proprietários de estabelecimentos comerciais não têm, ainda, a certeza do valor dos prejuízos mas já calculam a sua dimensão. Cristina Branco, proprietária de uma loja de equipamentos de ar condicionados e aquecimentos, afirma que o seu prejuízo rondará os 50 mil euros. Na sua loja, grande parte do prejuízo foi no desaparecimento ou nos danos dos painéis fotovoltaicos, nas três chaminés que ruíram e nos dois portões que foram arrancados.
   Maria de Lurdes Rosa, proprietária do restaurante “A Grelha”, diz que ainda não têm os prejuízos calculados. Os proprietários do restaurante viram a parte recente do seu restaurante, inaugurada em Julho, ficar com “um buraco”, que já foi restaurado. “Os maiores prejuízos foram as suas duas carrinhas, que ficaram destruídas, os vidros partidos e a uma casa nossa ao lado do restaurante, que ficou sem telhado” explica.

Projectos de apoio

   O Fundo Municipal não foi, ainda, activado. Pedro Alberto confessa só acreditar no apoio do governo “depois de ver”. Acrescenta, também, que apesar de conhecer casos em que a população espera dois ou três anos para receber apoio, acredita que, “se chegar a vir alguma coisa”, será mais rápido pois “são 309 famílias que estão envolvidas (229 na Freguesia ferreirense) ”. No entanto, crê que os apoios serão mais dirigidos às Pequenas e Médias Empresas do que às habitações. “Temos situações de famílias em que os dois têm cerca de 440 euros de reforma e ficaram sem nada. Está-se a fazer esse levantamento com a técnica social da Câmara e fará chegar a situação à segurança social, que irá ter um papel importante neste campo.”
   O presidente confessa que tanto a Junta de Freguesia, como o Município, iram ter grandes dificuldades em ajudar essas famílias. “Vai ter que haver alguma ajuda em pequenos materiais para uma ou outra família em pior situação.” Segundo as palavras de Pedro Alberto, “houve empresas que ofereceram materiais. Vamos aguardar para ver o levantamento da Segurança Social e quando terminar, o apoio chegará ao sítio certo”.
   Quanto ao casal desalojado, noticiado pelos meios de comunicação social, “continua instalado nos edifícios sociais da Câmara Municipal” profere o Presidente da Junta de Freguesia ferreirense.

Apoios voluntários

   Durante o fim-de-semana, escuteiros da Região de Lisboa e Coimbra, em conjunto com Agrupamento de Escuteiros de Ferreira do Zêzere, ajudaram a população e a CMFZ na remoção dos destroços. No entanto, esta não é a única ajuda voluntária organizada.
   O município de Ferreira do Zêzere, coligado com as Juntas de Freguesia de Ferreira do Zêzere e de Igreja Nova do Sobral, criou uma conta bancária, apelidada de “Conta Solidariedade”. Esta iniciativa tem como objectivo apoiar as vítimas do tornado que abalou o concelho ferreirense.
   Para além da Conta Solidariedade, a Câmara Municipal está, também, a organizar um concerto de solidariedade. Este projecto tem data prevista para o dia 15 de Janeiro de 2011 e, de acordo com Pedro Alberto, conta com a actuação de artistas conhecidos, apesar de ainda não estarem confirmados. Novamente, os fundos angariados serão destinados às famílias mais carenciadas neste momento. O concerto será na “antiga cerâmica”.
   Ainda outro evento de solidariedade está a ser organizado por Paulina Silva, jornalista do jornal “O Templário”. A data desta iniciativa está prevista para o dia 29 de Janeiro de 2011. Neste caso, os fundos revertem para o casal desalojado ou para o Emissor Regional do Zêzere. A estação de rádio ferreirense foi, também, afectada com o tornado. Segundo a jornalista, são pelo menos 5 mil euros de prejuízo para a emissora. Quanto ao local, não está, ainda, confirmado. “ Falta-me ter resposta ao pedido de cedência do salão dos bombeiros e sem isso não posso avançar” esclarece. Neste momento, a jornalista está a contactar os artistas.

“Tudo está bem quando acaba bem”

   Natércia Henriques, funcionária da Secção de Actividades Ocupacionais do Centro de Recuperação Infantil de Ferreira do Zêzere (CRIF), explica a sua reacção quando o tornado atingiu o edifício. “Ouvi bater, parecia, pedra nos vidros e uma colega preveniu-me de que seria um tornado. Eu não acreditei. O barulho começou a ficar mais intenso até que essa colega saiu da sala e disse que era melhor sairmos também. Nós saímos e começamos a proteger os miúdos. Levámo-los para o corredor e nisto, começamos a ouvir os vidros a partir. Eu nem me estava a aperceber muito bem da situação. De repente, vejo a parte da lâmpada de um candeeiro de rua a entrar disparado dentro da nossa sala” relembra. A funcionária confessa que a sorte foi estarem no corredor porque se tivessem ficado na sala, “alguém teria levado com o candeeiro em cima”.
   José Monteiro, habitante de Ferreira do Zêzere, estava a chegar ao carro quando o tornado atingiu o centro da vila. José apercebeu-se de que algo se passava, entrou no carro e baixou-se. O tornado atingiu o seu carro e destruiu todos os vidros. O ferreirense não teve ferimentos e confessa: “A minha sorte foi baixar-me”.
   “No meio de tanta tragédia e destruição, as pessoas têm de erguer a cabeça e recomeçar a sua vida. A vida não pará!”

Mais informações: Conta Solidariedade - www.cm-ferreiradozezere.pt

Outras fontes: Diário de Notícias; SIC; Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere; RTP; Jornal de Notícias

Por Sandra Portinha
Grupo 4

Reportagem - Um novo conceito de fazer exercício


Cada vez mais presente no vocabulário dos portugueses, os health clubs como é o caso dos conhecidos centros Holmes Place vêem preencher e satisfazer as necessidades de quem procura o bem-estar aliado a mais do que simples máquinas de “fazer perder peso”.




Naquela tarde de sexta-feira não ouve desculpa alguma da minha parte que me fizesse “livrar” de umas horas no ginásio da minha amiga, o Holmes Place (HP) situado no estádio de Coimbra.
Um pouco contrariada, mas também curiosa lá me dirigi com ela ao ginásio. Ao passarmos a recepção cruzamo-nos com um personal trainer (PT) conhecido dela, que ao saber que eu me encontrava ali apenas por insistência dela, se disponibilizou logo a mostrar-me o espaço e falar-me das diversas actividades que o HP dispunha.

O PT que me acompanhou, José Mendes de 27 anos, trabalha no HP há já cerca de um ano e meio, tendo se licenciado em ciências do desporto e educação física, curso que como ele me explicou foi “um curso realizado antes do processo de Bolonha entrar em vigor, visto que actualmente a componente de ciências do desporto integra uma licenciatura separada da licenciatura em educação física”.
Assim que começamos a visita e que José Mendes me mostrou o restaurante, uma zona muito agradável e saudável, este procurou desmistificar o que faz um personal trainer. O seu trabalho consiste em soluções de treino personalizadas e individuais. “Sou um profissional que prescreve treinos individualizados e que têm de ser adaptados consoante as necessidades, problemas e desejos de cada pessoa”.

Refere que são muitos os motivos pelos quais as pessoas recorrem ao ginásio, desde a tão desejada perda de peso ao aumento de massa muscular, passando também “muito pela aparência” dizendo tratar-se “essencialmente de uma questão de imagem”.
Seguimos para um dos quatro estúdios de aulas. Dei uma escapadela muito rápida aos balneários, o suficiente para confirmar as excelentes condições do espaço. O estúdio era espaçoso e convidativo e ouve novamente lugar para mais uma explicação relativamente àquele a que eu antes de entrar considerava ser um ginásio.
 Na realidade o HP é muito mais do que um simples ginásio e a minha ideia de ginásio estava ultrapassada há já mais de dez anos, quando em Portugal se começou a distinguir o conceito de ginásio do conceito de Health Club. “Sem dúvida que cada vez mais os portugueses sabem distinguir um espaço onde apenas têm á sua disposição máquinas cardiovasculares como é o caso da bicicleta, das passadeiras ou das elípticas, o tradicional ginásio, de um espaço como o HP, onde têm á sua disposição diversas salas, que vão desde aulas de ginástica a aulas em grupo, zonas de água com piscinas, sauna, jacuzzi ou banho turco, e onde ainda podem desfrutar de outros serviços como o restaurante, cabeleireiro, estética e muitos mais.”

Deixamos para trás o estúdio e seguimos para o ginásio cardiovascular e muscular. Sem dúvida que estava alterado o meu conceito de ginásio. Agora encontrava-me no ginásio, um dos muitos espaços de actividades diferentes que aquele Health Club tinha para oferecer.
Como a conversa ia decorrendo com muitas interrupções minhas, pois a curiosidade e o interesse iam aumentando, José Mendes acrescentou mais um importante serviço de que o HP disponha, “ que é o estacionamento, que tanto jeito dá nesta zona tão movimentada da cidade”.
O tempo começava a esgotar-se, José olhou discretamente para o relógio e confessou que aquele “passeio” teria de terminar em breve.
Tinham ficado por ver ainda muitos espaços, de entre eles com muita pena minha a zona de água.


Contudo os últimos minutos foram aproveitados da melhor forma. José Mendes aproveitou para finalizar a nossa conversa, falando de uma questão muito interessante, à qual eu fiz referência mais por meio de desabafo, que foi já quando em jeito de despedida e de quem olha para o espaço á sua volta, confessei que o preço não devia ser muito acessível, facto que foi totalmente desmentido por José. Para ele o HP “não deve ser considerado caro, uma vez que até tem condições de descontos especiais para estudantes”. Para além disso, “a pratica regular de exercício físico, e principalmente se for uma pratica trazida desde a infância pode ser considerada uma forma de prevenção para determinadas doenças como é o caso da obesidade ou a tão frequente dor de costas de que muita pessoas se queixam, a maioria das quais não praticantes de qualquer tipo de desporto ou exercício físico”. Reforça a ideia dizendo que “30 ou 40 euros por mês não é um gasto significativo na prevenção e no cuidado da nossa saúde”.

Fiquei tentada a inscrever-me!



Sónia Mendes
Grupo 5

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Novo ciclo de seminários traz Patrícia Dias da Silva a Coimbra

  No âmbito do seminário "Os media em Mutação: participação e colaboração nas plataformas digitais", Patrícia Dias da Silva, doutoranda no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC).

  Numa exposição do seu estudo, a investigadora começa por fazer referência  à actual utilização das redes sociais, quer pelo cidadão comum, como pelas empresas e instituições políticas.

  A conhecida WEB 2.0, diz ela, chega até nós trazendo novos conceitos como "crowdsourcing" (a recolha cinernáutica de conhecimentos colectivos e voluntários), o "slacktivism" (nome dado a uma forma de activismo frouxe e pouco activo, que passa muitas vezes por um simples "like" num vídeo sobre direitos humanos ou preservação do ambiente) e "collective intelligence" (inteligência colectiva nas tecnologias).

  Remetendo-nos para o núcleo do seu estudo, a plataforma Youtube, menciona o círculo sobre o qual esta actua, constituído pelo público em geral, as empresas públicas e privadas, as instituições políticas e os media.

  A tecnologia e a inovação são já meios para o poder político para fazer chegar aos cidadãos as suas ideias e projectos. Cada vez mais as empresas têm uma participação activa nesta plataforma, e noutras do mesmo género. Infelizmente, o padrão de utilização das novas tecnologias aplicado pelas entidades oficiais muitas vezes não permite a interactividade, no sentido em que o usuário comum deste tipo de redes sociais muitas vezes fica impossibilitado de comentar o material disposto online, ou quando o faz, não recebe resposta da parte responsável pelos conteúdos.

  Outra problemática abordada foi a questão dos direitos de autor, exemplificada com um vídeo (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=kBO5dh9qrIQ), na medida em que também nestes meios aplicam-se leis e procedimentos, que na opinião da oradora, mereciam um reajustamento à realidade cibernáutica. Para aproveitar, ou contornar, estas situações, começam a estabelecer-se acordos e parcerias entre o YOUTUBE e empresas como a CNN, criando canais com conteúdos exclusivos destas (i.e CNNInternational no Youtube), para a divulgação legal dos seus vídeos. 

  No que concerne os media, aproveitam estes meios e redes virtuais para a criação de sinergias que visam uma maior circulação de informação, a velocidades impensáveis noutros tempos. Contudo, Patrícia Silva aponta para dois efeitos desta evolução, ou simples mudança, dos meios de comunicação social: o seu sucesso, em contextos governativos autoritários, e o seu retrocesso nas sociedades democráticas. À parte da censura, estas plataformas parecem ter efeitos mais positivos, como escapatória para a liberdade de expressão, em sistemas autoritários, enquanto que em sistemas democráticos assiste-se a uma sobre-informação que "esmaga" o utilizador.

  Em forma de balanço, a doutoranda afirma que na Web 2.0, como em tudo, tem que haver um equilíbrio entre a informação que é debitada e o próprio consumo que dela fazemos, tendo sempre em mente que é um meio aberto e, portanto, susceptível de incluir todo o tipo de conteúdos. A solução poderá ser então educar a população, em geral, para a utilização das novas tecnologias e soluções virtuais, e um consumo ponderado e sensato das matérias on-line.

Cristina Freitas -  grupo 1