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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Marcas da Vida




Pedro Tiago, 26 anos de idade, licenciado em psicologia na Universidade de Coimbra, actualmente reside no Brasil, treinador de futebol e psicólogo num projecto com crianças de altas habilidades. Desde cedo que começou a tatuar-se e nunca se arrependeu de nenhuma tatuagem que tenha feito. Para o psicólogo, as tatuagens representam uma forma de expressão individual dos seus sentimentos e das fases da sua vida.


Como e quando surgiu o interesse pelas tatuagens?
O interesse surgiu quando tinha os meus 15 anos, numa fase em que começaram a surgir os primeiros jogadores de futebol tatuados, os primeiros programas de televisão de tatuagens (ex: Miami Ink). O primeiro contacto que tive com as tatuagens foram aquelas de colar, provenientes de brindes de bolicaus quando ainda era criança. Foi aos 15 que  comecei a ter as primeiras ideias sobre o que tatuar no meu corpo e aí surgiu a minha primeira tatuagem.

Qual é a sua opinião sobre as tatuagens?
É uma forma de expressão individual. Acho que é uma excelente forma de adornar o nosso corpo com aquilo que realmente é marcante na nossa vida ou, simplesmente, ser uma forma de embelezar o nosso corpo através da arte corporal que são as tatuagens.

 O que representam para si?
Para mim, é uma forma de me expressar perante a minha vida. Sempre fui uma pessoa muito simbólica e não há melhor forma de marcar factos importantes da minha vida através da perpetuação dos símbolos na minha pele.

Quantas tatuagens tem no seu corpo? Contêm todas uma história ou são apenas por gosto?
Tenho 3 tatuagens. Como já referi, todas elas têm um significado importante na minha vida e, por isso, contêm uma história e fazem muito sentido. Cada vez que olho para elas lembro-me da fase da vida em que me encontrava: a primeira foi em honra à minha mãe e, por isso, tatuei o símbolo que a representa (a âncora). É a carga de me fixar no terreno e o que me prende à terra, o meu porto seguro. A segunda foi para marcar o estado de espírito que sempre vivi mas, na altura, estava no clímax (“Forever Young”). A terceira foi baseada em mais um lema da minha vida, é uma mensagem que quero viver e, especialmente, passar aos outros (“Gentileza gera gentileza”).

Já teve de esconder as suas tatuagens? Qual a sua opinião em relação a isso?
Nunca tive de esconder, porém já me senti na obrigação moral de o fazer (nomeadamente em entrevistas de trabalho, pois nunca se sabe a perspetiva da outra pessoa em relação a isso).

Tem preocupação em fazer tatuagens que não sejam muito visíveis por causa da sua vida profissional?
Já tive mais. A verdade é que nós temos de ser a mudança que queremos ver no mundo e, apesar de saber que há pessoas que não aceitam, acho que devemos caminhar para uma sociedade que não julgue a capacidade profissional pela aparência.

Já se sentiu prejudicado numa entrevista de emprego ou perdeu o emprego por causa das tatuagens?
Não, nunca me aconteceu, felizmente. Se acontecer é porque essa empresa não se enquadra com a minha personalidade.

Alguma vez foi alvo de exclusão social ou discriminação por parte das pessoas?
Também não, as minhas tatuagens não são muito expostas nem extravagantes, por isso as pessoas não reparam muito, daí não sentir essa discriminação.

Considera que ainda existe muita discriminação com as tatuagens por parte da população portuguesa?
Sim, acho que sim, mesmo que não seja de uma forma assumida. A verdade é que, hoje em dia, ainda existem alguns olhares de julgamento.

Considera as tatuagens prejudiciais à saúde?
Não, claro que não.

Quais os cuidados que devem ter quando se faz uma tatuagem?
Desinfectar quando é feita a tatuagem, hidratar constantemente e, quando exposta ao sol, ter cuidado redobrado.

O que aconselha às pessoas que querem fazer tatuagens?
Que escolham sempre um bom tatuador, que olhem para a qualidade da tatuagem e para a saúde antes de olhar para o lado lucrativo das tatuagens. Deixo também o conselho para tatuarem sempre algo que tenha significado para vocês, pois desta forma de certeza que nunca se arrependerão.


Rubina Mendes
20140111

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Quando a minha mãe não está

Foi criado no âmbito da Unidade Curricular de Produção e Administração de Conteúdos para os Novos Media um site no WIX. Tem como tema principal pratos de cozinha para estudantes e daí o nome “Quando a minha mãe não está”. Mostramos pratos desde entradas, a pratos principais e sugestões para lanches em vários formatos. Ainda no site, poderão ver algumas dicas úteis para todos os estudantes que vivem sozinhos.

Para finalizar e porque estamos numa era totalmente tecnológica, foi criado um Instagram inspirado no site com fotografias de alguns pratos.

Pretendemos ainda que o site e o Instagram se mantenham em constante construção pois é algo que nos dá bastante prazer de fazer.

Trabalhos individuais
Beatriz Pessoa – Omolete de queijo brie e fiambre de frango
Daniela Silva – Milkshake de Oreo
Elisabete Branco – Panquecas altas e fofinhas
Liliana Costa – Pizza al vostro gusto

Links 
http://asquatromariasorig.wixsite.com/a-minha-mae-nao-esta
https://www.instagram.com/quandoaminhamaenaoesta/


Trabalho realizado por:
Beatriz Pessoa, 20140099
Daniela Silva, 20140109
Elisabete Branco, 20140107

Liliana Costa, 20140734

Colecionismo





















Segundo o dicionário da língua Portuguesa, a palavra colecionismo significa “atividade de quem faz coleção”, mas quem são estas pessoas? Quem são os colecionadores e que histórias têm para contar?
É curioso o modo como alguém se pode deixar levar por uma paixão, objetos que levam a uma dedicação afincada e constante, pedaços de história ou representações do gosto pessoal.
Os colecionadores partilham o bichinho desconcertante que fazem com que, aquilo que aos olhos de outro pode não representar nada, se torne uma preciosidade, um tesouro de valor incalculável.


As casas de alguns colecionadores tornam-se verdadeiros museus, paredes forradas de cor, forradas de história. Um espelho do fascínio dos seus donos, a sua identidade.
Identidade essa acompanhada de histórias, características de quem procura algo para si. Certo é que para cada peça uma história mais, ou menos, atribulada, um carinho especial. Não é o valor monetário que importa, apesar de em alguns casos este ser um valor elevado, é o sentimento, o prazer que o colecionador tem em guardar os seus tesouros. Luís Costa, caricaturista de profissão, colecionador por paixão, fala-nos da sua história e dos seus pertences, de forma intimista, estivemos à conversa com o caricaturista.



A história de Luís está nas paredes, está nos móveis, está em baús. A sua vasta e variada coleção encontra-se por toda a casa, reflete a sua essência de pessoa bem-disposta e bem-humorada. O colecionador deixou-nos à vontade para ver, fotografar, experienciar até, o ambiente único de sua casa.


Para além de Luís, falámos também com Jorge Coelho, um fanático por numismática com uma colecção de dois tipos de moedas: moedas do euro (de todos os países e comemorativas anuais de 2€) e moedas de diversos países. No verão de 2016 fez um Interrail que veio surpreende-lo com uma pequena relíquia para a sua colecção, encontrada no campo de concentração de Birkenau. Num pequeno texto, lido por Cátia Soares – aluna do 3º ano de Comunicação Social - Jorge deu-nos a conhecer a história que marcou o seu verão e a sua colecção.



São milhares de objectos, cada um com um significado ou uma história que pode não representar valor algum para muitos, mas ser tudo para outros. Tudo pode ser coleccionado, desde pequenos selos, a peças de filmes com um metro de altura. É como um “bichinho” ou gosto que se adquire pelo desejo de ter, de comprar, de obter, de possuir. Existe um universo por trás destes objectos e só quem faz parte dele é que entende a paixão e dedicação pelo colecionismo. 

Tinta por tinta

O profissional que investe o seu dinheiro e abre um estúdio de tatuagens para exercer a sua paixão pela arte corporal, ainda hoje, não vê reconhecida a sua profissão com a naturalidade, o rigor e a clareza que merece.
João “Che”, ex-delegado de informação médica, actual tatuador e body piercer com estúdio aberto em Coimbra há mais de uma década, fala-nos disso. No Portal das Finanças não existe um CAE para tatuador, no acto de activação do seguro contra acidentes de trabalho assina como esteticista, em tribunal é aconselhado a apresentar-se de fato e gravata com as tatuagens completamente encobertas. Nas suas palavras, o país ainda enferma de muito atraso e a discriminação não é tão utópica quanto fazem acreditar os vinte e um séculos de história já percorridos.
Apesar disso, e porque a evolução, embora vagarosa, vai ganhando o seu lugar, o tatuador conta-nos que, no seu estúdio de classe média-alta, não existe um padrão de clientes ou de estratificação social: tatua desde estudantes e professores a juízes e médicos. - (Ver reportagem)
Estivemos à conversa com Júdite, amiga e cliente de João, que, sendo médica, desvaloriza o facto de a tatuagem ser, ainda hoje, vista como uma escolha marginal ou bizarra. Aqui (Ver podcast), recorda como surgiu o seu gosto por esta forma de arte corporal e testemunha um episódio em que uma paciente se recusou a ser observada por si – “uma médica suja”. Assevera que, em Portugal, a regra geral continua a ser a da discriminação e que tem muita pena de quem é preconceituoso e retrógrado.
Os estúdios de tatuagem e de body piercing não são como a maioria da população ainda quer fantasiar. A imagem fora-da-lei e bairrista que se generalizou nos anos 90, com as primeiras casas de tatuagens a surgir em Lisboa no Bairro Alto, algumas em condições de higiene e segurança muito reprováveis, já não é uma realidade. A Fruta da Época, um estabelecimento moderno, a cumprir todos os requisitos legais e de bom gosto, foi, por nós, o exemplo escolhido para trazer à tona o conceito ideal de estúdio de tatuagem (Ver fotografias).
A nossa pesquisa não poderia estar completa sem a confirmação estatística dos depoimentos in loco que viemos a recolher durante estes meses de trabalho. Apresentamos, então, em género de infografia(Ver infografia), dados como as faixas etárias mais tatuadas no nosso país, os tipos de tinta mais utilizados e as tatuagens mais pedidas, bem como algumas sugestões de onde se tatuar em Coimbra.

Trabalho realizado por:
Cristiana Barreto;
Daniela Rocha;
Leonor Candeias;
Rubina Mendes

Podcast "O que pensas da tatuagem?"

No âmbito da cadeira de Produção e Administração de Conteúdos Online, surge este podcast com a opinão de diversas pessoas de diferentes gerações sobre a tatuagem.

https://soundcloud.com/cris-barreto-2/podcast-final-mixagem

Realizado por: Daniela Rocha

Tunas de Norte a Sul

Foi criado no âmbito da Unidade Curricular de Produção e Administração de Conteúdos para os Novos Media um site no WIX. Tem como tema principal as tunas e durante o trabalho vamos dar a conhecer algumas das tradições mais específicas e que mais diferenciam as tunas. Através de uma infografia, de textos, de vídeos, áudio e de galerias de imagens esperamos que esta seja uma viagem mais intimista pelo mundo das tunas.


http://flautatransversal5.wixsite.com/coimbraetradicao


Autores:
Joana Gonçalves
Leonardo Ramalho
Liliana Gonçalves
Maria Garcia
Miguel Azinheira