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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O regresso das tendências de moda ao espaço nocturno de Coimbra

No passado dia 3 de Dezembro o espaço nocturno NB Club foi o palco do segundo evento de moda de 2010 de Coimbra, organizado pela Agência de Moda e de Organização de Eventos Black at White, “Fashion ON’’.
A segunda edição do ‘’Fashion ON’’ teve imenso sucesso e contou com a presença do Hugo M, Doriana e Jade, ex-concorrentes do programa de entretenimento mais recente da TVI – ‘’Casa dos Segredos” e também da Tânia Costa , 1ª dama do concurso “Miss Mundo Portugal 2010”. Ao som do DJ Xaninho, desfilaram na passarele 40 modelos junto com as figuras públicas convidadas, representando algumas das criações da estilista conimbrisense, Magda Soares de Albergaria. Varias conhecidas apresentaram as novas colecções da temporada Outono/Inverno das lojas Sixty Store, Juniors, DASC, El Dorado, Aragon Lingerie, Goti e Óptica Couceiro.
Os convidados foram recebidos pelos manequins, vestidos pelo estilista e socio-gerente da empresa Black at White, Daniel Casteleira e apreciaram a decoração criativa da festa. Um especial destaque vai para o Ilidio Cabeleireiros e Make it Up, responsaveis pelos penteados e maquilhagem dos modelos.
Muita emoção, música, cor e sedução protagonizaram o desfile e após o seu encerramento os convidados tiveram a oportunidade de continuar o ritmo da festa dentro do NB club de Coimbra e até houve quem tivesse sorte de ser fotografado junto com os modelos da noite.

Viktoriya Golub, Grupo 2

Entrevista ao ex-concorrente da Casa dos Segredos, Hugo M

Hugo, de 23 anos, natural de Sintra, é desportista e foi o sétimo concorrente a abandonar o programa de entretenimento mais recente da TVI – ‘’Casa dos Segredos’’ com 53 % dos votos contra os 18% e 29 % do António e do Zé Miguel. É instrutor de fitness e, hoje,  partilha connosco a sua experiência de  3 semanas no reality show, considerado mais visto de 2010.
Viktoriya Golub (V.G.) – Como tem sido o seu regresso à vida real, passado 25 dias numa casa vigiada por dezenas de câmaras e microfones?
Hugo M. (H.M.) -  É estranho, pois é uma realidade um bocado diferente à que eu estava habituado. Fui o alvo do mediatismo, antes do programa nunca conseguido, e muita atenção, muito controlo, por isso, agora estou ainda a adaptar-me a este tipo de vida e aproveitar como posso a minha liberdade. Não tinha a consciência de que pudesse ter tantos fãs, desagrada-me muito essa ideia.
V.G.- Quais foram as razões que o levaram a participar no programa?
H.M. – Na verdade, foi o meu pai que me inscreveu e decidi participar, principalmente, para abrir portas para entrar no mundo da televisão. O meu objectivo nunca era ser famoso, simplesmente ingressar no mundo do mediatismo. Não é a fama que me afilia, mas sim a minha opinião a contar, os meus pareceres serem ouvidos.
V.G. – Fale-nos da sua experiência.
H. M. – Foi muito interessante e diferente. E dentro dos possíveis, acho que consegui aproveitar ao máximo o tempo da minha estadia na casa. Entrei sem expectativas, mas o que consegui e a experiência que ganhei foi bom. O que vivi, é bastante diferente daquilo que os telespectadores vêem na televisão, muito resumido, não há palavras para descrever. Pois, quem não vê o canal em directo e assiste apenas aos diários da TVI, não se apercebe mesmo do que se passa lá dentro.
V.G. - Como foi recebido pelos familiares, amigos e pelo público cá fora?
H.M. – Fui muito bem recebido, os amigos apoiaram-me, todos deram-me os parabéns. As pessoas reconhecem-me na rua, cumprimentam. Sinceramente, não estava a espera de ser tão bem recebido pelo público.
V.G. – Como é o seu dia-a-dia agora, fora da “Casa dos Segredos” ?
H.M. – Muito complicado, e totalmente diferente do meu dia-a-dia antes do programa. Hoje, sou reconhecido na rua, dou entrevistas, recebo convites para vários eventos. E é assim, que tem sido estas 2 últimas semanas.
V.G. - Qual foi o ambiente dentro de casa durante a sua estadia? Sentia-se dentro de uma família ?
H.M. – Não, mas espero que a nossa amizade com alguns dos concorrentes (não com muitos) continue após o programa.
V.G. – Qual foi o momento mais marcante que viveu durante o programa?
H.M. - O momento mais marcante, para mim, foi conhecer a Joana, e tenho algumas expectativas no que diz respeito a nossa relação, fora do programa.
V.G. – Qual é para si o segredo mais interessante? Com qual é que ficou mais surpreendido ?
H.M. – O segredo do António, definitivamente (riso). Ninguém dentro da casa faz ideia do qual possa ser o segredo dele, nem anda perto.
V.G. - Se tiver uma proposta para participar na segunda edição do reality show “Secret  Story”, aceitaria?
H.M. – Sem qualquer dúvida! Aceitaria com muito gosto. Foi uma óptima experiência.
V.G. – E para finalizar, quais são os teus planos para o futuro?
H.M. – Ficar no mundo da Televisão. Tenho a certeza que a minha participação no programa será útil para o meu futuro e irá abrir-me muitas portas. Mas quero ser reconhecido, como um bom profissional e não por ter entrado na Casa dos Segredos.

Viktoriya Golub, Grupo 2

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

João Alexandre oficialmente readmitido

                Na madrugada de dia 27, mais uma reunião extraordinária com a Comissão Fiscalizadora levou ao recuo da decisão tomada três dias antes relativamente à demissão do secretário-geral da Queima das Fitas (QF).
                Em comunicado de imprensa avançado hoje, Eduardo Melo e João Alexandre prestam declarações conjuntas onde afirmam que foi decidido manter o secretário-geral da QF nas suas funções e manter a confiança neste “tendo em conta a sua competência na função, mas fundamentalmente em nome dos valores da estabilidade e da unidade de acção no contexto da AAC”, afirma Eduardo Melo. João Alexandre declara que, mesmo após o sucedido, confia totalmente no presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC).
                Para além do secretário-geral também os restantes elementos da Comissão Organizadora da Queima das Fitas, que entretanto tinham apresentado a sua demissão como forma de protesto, retomam as suas funções.
                Tanto Eduardo Melo como João Alexandre garantem que a situação está resolvida e ultrapassada e que a Queima das Fitas nunca esteve em causa, continuando em funcionamento e em preparação das habituais actividades.


por, Diana Felício

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PODCAST-álcool na rua


O post´s de pescada saiu a rua para saber o que pensam as pessoas sobre o facto da possibilidade da implementação de uma lei que proíba o consumo de álcool na rua.

Resposta a esta pergunta AQUI.


                                                                                                                                       Vítor Frade

O Fangas – Quando o moderno encontrou a tradição





Situada na zona alta de Coimbra, onde no passado moraram aristocrátas, elementos do clero e posteriormente estudantes, esta mercearia-bar, outrora a mercearia do Sr. Henrique durante décadas, na antiga Rua das Fangas, é um espaço  pequeno, intimista e acolhedor.
Ao entrar n’O Fangas, uma pequena sala com apenas quatro mesas, sentimos de forma intensa os aromas e o espaço acolhedor, que lembram-nos outros tempos, aqueles das nossas avós…  
 O aconchego e o revivalismo deste espaço são duas das características do conceito imaginado de raiz pela proprietária Luísa Lucas, de trinta e três anos e licenciada em Turismo e Hotelaria pelo Instituto Superior de Ciências Educativas de Odivelas.  Diz que “no princípio, quando comecei, eram vinte e quatro horas a pensar n’O Fangas” criando assim algo seu que aponta para a diferença. Faz questão de receber os seus clientes de modo  a criar uma ligação à casa e ao ambiente familiar instalado.
Quem lá chega, senta-se, petisca e aprecia um bom vinho, rodeado por uma decoração retro e popular.
Os petiscos confeccionados com produtos exclusivamente nacionais, permitem saborear os paladares do nosso país, ao som da música portuguesa por excelência – o fado, e mesmo encontrar nestes mimos, entre as sombrinhas de chocolate ou as delícias embrulhadas de forma personalizada, o presente ideal para quem aprecia a tradição.
Os  enchidos, como a alheira de Mirandela, os queijos, as conhecidas conservas da Tricana, os vinhos, entre eles os licores do barrocal algarvio, e doces regionais, como o doce de laranja da Farrobinha, são alguns dos produtos que podemos encontrar nesta casa. São oriundos de feiras nacionais e estabelecimentos mais antigos, onde ainda é possível encontrar à venda estas relíquias da infância de muitos nós.
Sem inaugurações, ou grandes publicidades, “O Fangas” simplesmente abriu as suas portas em Outubro de 2009, com uma superfície completamente remodelada.  A sua fama foi criada através do “passa a palavra”. Os amigos, que “ trazendo pessoas  a quem achavam que aquele espaço poderia interessar”, como salienta Luísa Lucas, acabaram por se fidelizar ao bar que satisfaz as suas necessidades de sossêgo e calma e que, portanto, é uma escapatória à agitação do dia-a-dia e à azáfama de uma cidade.
Desde a sua abertura, tem vindo a revitalizar a zona histórica de Coimbra, integrado num conjunto de lojas, conceitos e eventos, tal como o Mercado do Quebra-Costas, com o qual tem parceria e que tem dado algum destaque ao estabelecimento, nos sábados agitados em que decorre. Os dois projectos têm em comum a pretensa de algo diferente.
O Fangas é, então, uma alternativa moderna para quem pretende disfrutar do primor da comida portguesa, com recordações e aconchego à mistura. 
Cristina Freitas

Fontes: Luisa Lucas, proprietária d'O Fangas
Foto: http://questoesnacionais.blogspot.com

Tema Arte - Quinta dos Contos



Ana Sérvolo
Ana Serrano
Andreia Roberto
Cristina Freitas
David Pimenta
Diana Felício
Patrícia Azevedo
Grupo 1

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fotoreportagem - A Cor do Horto Gráfico


Ana Sérvolo
Patrícia Azevedo
Grupo 1

"O cubismo 100 anos depois - Um olhar"

Teatro Académico Gil Vicente expõe trabalhos de Óscar Almeida

Desde 17 de Janeiro e até dia 13 de Fevereiro, das 10horas até à 1h da manhã, o Teatro Académico Gil Vicente apresenta 9 obras do pintor Óscar Almeida. ~
Inspirado por artistas como Pablo Picasso, Paul Cezánne e Salvador Dali, o pintor, nascido em Luanda e Licenciado em Engenharia Civil, homenageia o Movimento de Vanguardista Cubista, nascido no início do século XX. 
As obras, de tamanho médio, estão disponíveis para compra e tratam temas variados desde a música até à religião.


Fontes: tagv.info 

Grupo 6
Milton Almeida

The Eleanors: a banda nacional que partilhará o palco com os britânicos Hurts

Quando a recompensa surge para galardoar um determinado feito são raras as vezes em que estamos à espera. “The Eleanors”, depois de actuarem no HardClub pela primeira vez em Novembro do ano passado, têm data marcada para o regresso à recente sala de espectáculos do antigo mercado Ferreira Borges no distrito do Porto.

Sobem ao palco dia 15 de Fevereiro e abrirão o espectáculo para a banda britânica “Hurts”, que vem pela segunda vez a Portugal, divulgar o seu primeiro trabalho intitulado “Happiness”, lançado em 2010.

Miguel Rizzo (voz e guitarra), Hugo Marques (teclados), Tiago Barrigana (baixo), Manuel Ferreira (bateria) são os quatro elementos que compõem a banda proveniente da Maia. Oficialmente foi em 2009 que os “The Eleanors” começaram, capturando o melhor das experiências de cada um dos músicos. “Back to lies and Tv shows” é o EP de estreia, lançado em finais de 2009.

Actualmente estão a preparar novo trabalho, prometendo um regresso surpreendente. Como os próprios afirmam “Se você ouvir as músicas uma vez, temos a certeza que vai cantá-las mais tarde. Este é o efeito Eleanors. é rock, é dança, é alegria e paixão”.


Joana Santos Leite

Notícia - Jazz no Centro Cultural àCapella

Jazz no Centro Cultural àCapella

No dia 28 de Janeiro, sexta-feira, o Centro Cultural àCapella, situado na Rua Corpo de Deus, em Coimbra, recebe Miguel Martins/Ismael Silva GROUP “The music of Wayne Shorter” pelas 23:45h.
Miguel Martins/Ismael Silva GROUP “The music of Wayne Shorter” surgiu em 2009, tendo como ponto de partida a admiração pelo som do compositor Wayne Shorter. Miguel Martins lançou o seu primeiro álbum em 2007 intitulado “The new comer”, com o grupo Kaleidoscópio, tendo aquele sido considerado um dos 10 melhores discos de jazz nacionais do ano. Ao longo da sua carreira já tocou ao lado de músicos, tanto nacionais como internacionais, como Laurent Filipe, Markku Ounaskari, Guglielmo Pagnozzi, Carlos Barretto, Kelvin Sholar, entre outros, tendo actuado também em vários festivais de jazz em países como a Espanha, a Alemanha, a Inglaterra ou a Itália.
Quem se deslocar até ao Centro Cultural àCapella poderá “viajar” ao som de músicas inspiradas em Wayne Shorter, com Miguel Martins na guitarra, Ismael Silva no vibrafone, Manuel Pinto no contrabaixo e Mário Costa na bateria.

No Estado não há crise

 A notícia da  "Bola" tem como título "Presidenciais: Cavaco recebe dois milhões de subvenção estatal." Continuando a ler a notícia pode obvervar-se que Manuel Alegre, "2º classificado" nas eleições à presidência, irá receber 800 mil euros, Francisco Lopes,424 mil euros e Nobre recebe 620 mil euros.
 Defensor Moura e José Manuel Coelho ficam de fora dos subsidios, pois não obtiveram votos suficientes. Ao todo o Estado gastou cerca de quatro milhões de euros.
Aqui fica a pergunta no ar, onde anda o tema crise no Estado nesta altura? Como é que o senhor presidente da República faz uma declaração revelando que a sua mulher também recebe a reforma mínima, comparando a muitas situações em casais reformados?
A única diferença é que em nenhuma dessas famílias, o conjuge ganha dois milhões de euros apenas como subsidio pelas eleições presidenciais, não têm motoristas, e regalias sem fim.
 Como é que o Estado continua com pedidos de medidas extremas de contigência económica aos portugueses, dimunindo os ordenados dos funcionários públicos, aumentando o IVA, entre outras medidas, se continuam a gastar o que poderia ajudar a levantar o país?
 Existem tantas medidas importantes a se tomar neste país, porque é que se continua a ignorar o estado da saúde, da educação ou mesmo da Justiça no nosso país. Continuam apenas a pedir aos portugueses que se "aperte o cinto", quando os poderosos não o fazem. O aumento do IVA por exemplo, é esta a medida que vai tirar Portugal do buraco financeiro em que se encontra?
 O povo esse sim, em vez de sair do buraco financeiro, entra. Na practica, a realidade é que os ordenados continuam exactamente os mesmos e os preços subiram em fecha. Podemos observar até que vários foram os comerciantes que para além de aplicarem a nova percentagem de IVA, ainda aumentaram os preços base dos produtos.
Se o Estado continua a mostrar riqueza e ostentação, apertando apenas o povo cheio de dívidas, como querem apoio e aceitação das medidas tomadas?
 Um dia destes, alguém se vai revoltar, juntar rebeliões e uma revolução se dará em Portugal, pois o português começa a ficar cansado de muito sacrificio e poucos resultados.

 Patrícia Correia

Entrevista a Tiago Paiva, violinista, dj, compositor, produtor e actor

 
 Tiago Paiva nasceu há 21 anos no Porto, mas vive actualmente em Lisboa. Iniciou-se no mundo da música aos 7 anos começando pela formação musical classe de conjunto e aulas de violino, neste momento é também violinista, dj, compositor, produtor e actor.



Quando é que decidiste ser músico?
    Decidi ser músico e dedicar-me 100 por cento á música quando percebi que era este o trabalho que sempre quis ter. Mas isso só aconteceu quando comecei a ter a minha independência económica e a receber dinheiro através da música. Aí percebi que é isto que quero. Fazer algo que adoro e ainda sou pago.

O que é necessário para se ser violinista profissional?
É necessário muito treino e dedicação

É difícil ser músico em Portugal?
    È muito difícil ser músico em Portugal e viver apenas da música porque vivemos num país pequeno e a procura não é muita, além disso temos vários bons músicos mas não há lugar para todos

Já tocaste em orquestras?
     Nunca toquei em orquestras. Não é o género de música que mais me atraí. Prefiro outro tipo de projectos.

Qual foi para ti o melhor local onde actuaste? E o melhor público?
     Tive vários sítios onde gostei muito. Mas claro que os que gosto mais são aqueles em que o publico delira e entra em contacto comigo e acaba também por fazer parte da performance e não ser só eu a actuar, mas sim eu e o publico

Quanto tempo demora a preparação de um concerto
   Um concerto pode demorar imenso tempo ou apenas uns dias a preparar. Depende da criatividade do mesmo e também do propósito.


Em Portugal, os músicos são bem pagos?
     Não, em Portugal os músicos não são bem pagos. No meu caso é diferente porque actuações em discotecas são relativamente mais bem pagas. Mas no geral não. Um músico não é visto como um profissional mas sim como uma pessoa que tem um hobbie, esta é a visão geral dos portugueses

Qual é a melhor idade para se iniciar na música?
     A melhor idade é o mais cedo possível, não apenas na música mas em tudo. Quanto mais cedo se começas melhor serás.

       Que projectos tens para o futuro?
       Para além de fazer performances de violino e dj em discotecas sou compositor, produtor e actor.
    Para a semana que vem vou estar a gravar uma curta metragem que se chama ADEUS sou a personagem principal e vou contracenar com a Laura Galvão. Vou ser o compositor da banda sonora da curta. Por volta de Março vou lançar uma música original com o nome MY DREAMS com a voz da Susana Jordão (Rute dos Morangos com Açucar do ano passado). Para além de tudo isto tenho um projecto Rock em mente, mas para já está parado. Concorri ao programa da SIC “portugal tem talento”, passei o primeiro casting e estou neste momento à espera se fico nos 40 primeiros para entrar nas galas em directo.

       Tens alguma mensagem a passar aos mais indecisos?
       Não tenham medo de arriscar. É preciso ter paciência, mas com vontade consegue-se tudo!


Por: Ana Rute Monteiro

Afinal Coimbra é ou não é criativa?

FOTO - http://cinema.sapo.pt/pessoa/fernando-taborda/biografia
Fernando Taborda nasceu no Fundão mas foi em Coimbra que iniciou a sua carreira, primeiro como professor primário, depois como bancário, no entanto foi no teatro que se tornou célebre.  Actor da companhia de teatro da Bonifrades tem participado em diversos filmes portugueses, destacando-se o “Embargo” de António Ferreira. Quando questionado sobre a arte e a cultura em Coimbra, Fernando Taborda assume que “ Coimbra continua a estar muito influenciada pela força da universidade e continua a fomentar actividades de modo a evoluir. Mas parece que não evolui. Se não fosse o 25 de Abril não teria evoluído.”

Andreia Roberto (AR) - Em 2003, Coimbra foi o palco da cultura, ao ser reconhecida como capital nacional da cultura em Portugal. Considera Coimbra uma cidade criativa?


Fernando Taborda (FT) - Comparado com o que era estaganado, com uma única presença, com a universidade e o que girava, Coimbra hoje, não é inovadora. Não considero uma cidade inovadora, mas que evoluiu, evoluiu , consegiu fugir das fraldas da universidade. Após o 25 de Abril abriu-se à criatividade.


AR - Na sua opinião, quais as principais semelhanças e diferenças em termos culturais entre Coimbra do século passado e Coimbra de agora?

FT - No final do século passado existe uma data que marca a mudança de Coimbra. O 25 de Abril foi o marco a partir do qual em Coimbra se começou a dinamizar no geral. Expandiu diversas actividades culturais, a nível de organismos (faculdades). Antes do 25 de Abril, a cultura estava dominada pela “censura”, era a universidade que comandava. Eram só os estudantes que desenvolviam a cultura à excepção do Ateneu  (colectividade nas várias áreas de dinamização). Escritores do Neorealismo, políticos, actores entre muito outros colaboravam nos vários ramos, perspectiva contrária à situação que se vivia em Portugal (Estado Novo). A PIDE controlava  todas as áreas. Depois do 25 de Abril a cultura expandiu-se com políticas completamente diferentes.

AR - Sendo Coimbra a cidade dos projectos e sobretudo dos estudantes, é considerada uma cidade vanguardista no que toca às artes em Portugal. Será que Coimbra está prestes a viver a sua “idade de ouro”?

FT - Coimbra não é vanguadista. Continua a estar muito influenciada pela força da universidade e continua a fomentar actividades  de modo a evoluir. Mas parece que não evolui. Até ao século XIX teve a sua idade de ouro. E depois só com o 25 de Abril, com a constituição de novas faculdades e institutos. O século XX não trouxe nada de especial, não se inovou nada. A universidade era clássica e por isso os seus princípios muito pouco virados para a inovação. A universidade era conservadora e só assim se compreende. Antigamente a cultura vanguardista era contra o regime, era difícil em Coimbra ultrapassar isso.

AR - É contra a praxe?

FT - Eu sou anti-praxe. Em vez de se abrir as portas e organizarem as actividades culturais, fazem coisas bárbaras. Isso fazia-se em Coimbra no século XX, com as trupes. O meu irmão teria de ir com protecção para poder ir ao cinema. Não há liberdade. O que chamam de caloiro, os estudantes, eram uma elite e os que não eram elitistas eram perseguidos.

AR - O senhor é actor no teatro da Bonifrades. Ao longo destes anos, já viveu muitas emoções e experiências. Qual o melhor momento artístico que já viveu e sentiu em Coimbra? 

FT - Eu tive uma determinada altura da minha vida, ainda trabalhava no banco, que representei uma peça baseada no Dom Quixote , do nosso escritor António José da Silva, “o Judeu”. Eu fiz o papel de Sancho Pança. Foi o melhor elogio que tive. Isto levou a que o público fizesse uma crítica, tal maneira elogiosa, que eu senti-me na obrigação de continuar. Qualquer realizador de cinema adoraria ter uma personagem como o Fernado Taborba.

AR - Se tivesse a oportunidade de transformar Coimbra, o que alteraria e porque o faria?

FT - Para já, muito mais apoio às colectividades, dinamizá-las e fomentar mais a cultura.

AR - Quais as condições que Coimbra deve oferecer de modo a ser mais atractiva e criativa para os trabalhadores do conhecimento?


FT - Dinamizar e tornar público o que existe, nas artes apoiar mais as colectividades no ressurgindo dos teatros ou de outra índole. Dinamizar o teatro ao nível popular, com as colectividades. Na realidade as colectividades têm vindo a desaparecer.


AR - Será a criatividade um factor importante no desenvolvimento sustentável de uma cidade? 


FT - Claro que sim. Sem cultura não poder haver criatividade. A criatividade tem de ser baseada em fundamento cientifico. É fundamental como o emprego. Coimbra é uma cidade que vive dos serviços instalados. Tem os hospitais que são uma boa organização.

AR - A criatividade é favorecida por contextos territoriais específicos que consubstanciam o chamado genius loci (espírito do lugar). Concorda que a criatividade em Coimbra prima pelas mesmas razões? 


FT - Coimbra tem de formar o seu desenvolvimento e não pode ser só viver da universidade . É tudo muito resumido em Coimbra. A afirmação é correcta. Coimbra ainda é uma cidade romântica, o espírito lembra o século XIX , período do romantismo, ou seja, não se vê evolução. Evolução é sinónimo de pouco. 




Andreia Leonardo Roberto, Grupo 1


Nomeações dos Óscares 2011

E o Oscar vai para ...



 Já foram reveladas as nomeações dos maiores prémios do cinema. A academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou pela voz do presidente e da actriz vencedora do óscar de actriz secundária do ano passado, Mo'nique, a lista dos nomeados.
  Esta será a 83ª edição dos Oscares. O favorito deste ano na categoria de melhor filme é "The King's Speech" (O discurso do Rei), com Colin Firth no papel principal, também ele nomeado na categoria de actor principal nestes prémios do grande ecrã. O actor que protagonizou o filme "O amor acontece", a contracenar com a actriz portuguesa Lúcia Moniz, é o favorito para o prémio, e já conta com o Globo de Ouro na mesma categoria. Já a preferida dos críticos parece ser  Natalie Portman, pelo seu desempenho no filme Black Swan (Cisne Negro), também ele nomeado para melhor filme.
  Na categoria de animação, a história de Buzz, Woody e os seus amigos em mais um ToyStory, é o preferido para a categoria.
  Os amantes do cinema não terão de esperar muito para saber os resultados dos Oscares que se realizam no dia 27 de Fevereiro, no Kodak Theatre, em Hollywood.


Os nomeados são:

 Melhor Filme
«Black Swan - Cisne Negro»
«The Fighter»
«A Origem»
«Os Miúdos Estão Bem»
«The King`s Speech - O Discurso do Rei»
«127 Hours - 127 Horas»
«A Rede Social»
«Toy Story 3»
«True Grit - Indomável»
«Winter`s Bone»

Melhor Realizador:
Darren Aronofsky, «Black Swan - Cisne Negro»
David O` Russel, «The Fighter»
Tom Hooper, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»
David Fincher, «A Rede Social»
Joel Coen e Ethan Coen, «True Grit - Indomável»

Melhor Actriz Principal:
Annette Bening, «Os Miúdos Estão Bem»
Nicole Kidman, «Rabbit Hole»
Jennifer Lawrence, «Winter`s Bone»
Natalie Portman, «Black Swan - O Cisne Negro»
Michelle Williams, «Blue Valentine»

Melhor Actor Principal:
Javier Bardem, «Biutiful»
Jeff Bridges, «True Grit - Indomável»
Jesse Eisenberg, «A Rede Social»
Colin Firth, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»
James Franco, «127 Hours - 127 Horas»

Melhor Actriz Secundária:
Amy Adams, «The Fighter»
Helena Bonham Carter, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»
Melissa Leo, «The Fighter»
Hailee Steinfeld, «True Grit - Indomável»
Jackie Weaver, «Animal Kingdom»

Melhor Actor Secundário:
Christian Bale, «The Fighter»
John Hawkes, «Winter`s Bone»
Jeremy Renner, «A Cidade»
Mark Ruffalo, «O Miúdos Estão Bem»
Geoffrey Rush, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»

Melhor Filme de Animação:
«Como Treinares o Teu Dragão», Chris Sanders e Dean DeBlois
«O Mágico», Sylvain Chomet
«Toy Story 3», Lee Unkrich

por: Patrícia Correia

Sangue novo na Política


Leila Melíssa de Oliveira Campos, estuda Administração Pública-Privada na faculdade de direito da Universidade de Coimbra. Com apenas dezanove anos, mostra-nos a sua perspectiva acerca das eleições presidências e conta-nos como entrou no mundo da política.



Vítor Frade (VF) - Como é que surgiu o interesse pela política?
Leila Campos (LC) - Eu vejo política não só como o poder político. É intervenção cívica. E acontece ao nosso lado, não é só no parlamento ou na AR. Sempre vi as coisas assim. Com a entrada no ensino secundário o interesse acentuou-se. A realidade mudou e surgiram conceitos novos com que até à data não tinha tido contacto nomeadamente as associações de estudantes, juventudes partidárias, organizações de protecção ambiental como a Greenpeace. Teve que ver com o contacto com outro tipo de pessoas, mais adultas, com carácter já formado, com escolhas feitas, ideologias políticas com as quais já se identificavam. Também a forma como os professores nos abordam, a colocação de questões no sentido de nos interessarmos pelo que se passa à nossa volta e fazermos as nossas próprias escolhas. Apesar de tudo só no final desse ciclo é que me filiei num partido. É uma escolha que requer ponderação e tem que ser fundamentada pela consciência política de cada um, que se descobre com o passar do tempo. Não é imediato.

VF-O seu pai teve alguma influência na sua ideologia política?

LC- Não no sentido de me impor a sua própria ideologia. Sempre foi neutro. Mas feita a minha escolha (partidária) introduziu-me esse mundo.

VF- Como acompanhou as eleições presidências?

LC- Acompanhei de perto, informando-me diariamente dos novos desenvolvimentos. Não só a campanha do Candidato que apoiei (cavaco silva) mas dos restantes.

VF-A seu ver Cavaco Silva foi o candidato mais competente para ocupar o cargo?

LC- Sim. Fez uma campanha isenta de escândalos e calúnias, ao contrário dos restantes. Assumiu, como sempre, uma postura séria e responsável. Tenho uma grande admiração por ele, pelo grande estadista que é. Contudo acho que a figura do PR é meramente ilustrativa. Defendo um regime plenamente parlamentarista ao invés deste misto.

VF- É filiada em algum partido?

LC- Jsd/psd

VF- Actualmente ocupa algum cargo político nesse partido?

LC- Sim, na secção concelhia. Responsável pelo “pelouro” da acção social.

VF- O que pensa do associativismo juvenil?

LC- É importante na construção de personalidades. No fundo são-nos atribuídas responsabilidades mais cedo, começamos a olhar pela causa pública mais cedo.

VF- Ocupa algum cargo nessa área?

LC- Sim, na dg/aac, recém empossada. Como coordenadora do pelouro GAPE (gabinete de apoio ao estudante).

VF- Como acompanhou as eleições da lista T, da qual fazia parte?

LC- Eu era parte dessa campanha, como tantos outros colegas. Foi intenso e enriquecedor, é o primeiro contacto da equipa com os estudantes, a primeira oportunidade de os ouvir e de fazer passar a nossa mensagem.

VF-O que a fez associa-se a essa lista e não a outra?

LC- Um projecto com bandeiras muito fortes, fundamentais, numa academia tão prestigiada. Um projecto que no caso de ser eleito tem efectivamente condições para desenvolver um trabalho competente. Para além disso um grupo de pessoas com experiência e capacidade de trabalho, conhecedoras desta académica, continuadoras do trabalho realizado até aqui mas com grande sede de empreender e desenvolver mais e melhor.

VF- Quais são os seus projectos a nível pessoal?

LC- Sinceramente não tenho nada pensado. Nunca me imaginei, politicamente, daqui a um ano ou dez. Os projectos podem ou não surgir, mas isso depende de como nos dedicamos no presente. O que não quer dizer que me empenhe hoje a pensar num “cargo” para o amanhã. O que importa é a competência, o resto vem por acréscimo. 



                                                                                                                                            Vítor Frade

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Porque a união faz a força - Tema Livre

Flávio Almeida (voz), Gualter Martins (baixo e voz), Frederico Silva (guitarra e voz), Paulo Pinho (guitarra) e Bruno Silva (bateria) são os cinco elementos que compõem a banda “Apply Zii”.

É em São João da Madeira, terra natal de todos os elementos do grupo, que tudo começa. A paixão pela música faz com que este conjunto de amigos decida partir à descoberta de novas sensações e, em meados de 2007, nasce o actual projecto que inicialmente aposta em diversas covers. Longos dias de trabalho vão-se arrastando e, o que ao princípio prima pela falta de experiência da maioria dos elementos, hoje em dia constituem uma das bandas com mais prestígio da terra.

Os “Appy Zii” apostam num registo Rock Hardcore, Metal e Alternativo. Em 2009 registaram uma média de 40 concertos sendo este o ano em que, até à data, os seus acordes mais se fizeram ouvir de norte a sul do país. Flávio recorda os melhores concertos que proporcionam momentos inesquecíveis nos quatro anos de andança: 10 de Abril de 2010 em Cantanhede e 5 de Setembro de 2009 na Festa do Avante.

Actualmente ensaiam todas as semanas e estão a preparar o lançamento do primeiro EP, que tem data prevista de lançamento no próximo mês de Fevereiro.

Joana Santos Leite
Grupo 3

Fontes: Apply Zii
 http://www.myspace.com/applyzii

Arte Urbana - Duplo Conceito

Duplo Conceito

            Um monte de rabiscos traçados em paredes ao acaso fruto de um sentimento repentino de pintar algo. Uma teia de emoções disfarçada por um momento de expressão artística que se traduz numa imagem carregada de significado.

          Para muitos graffiti é sinónimo de lixo, consequência de puro devaneio da mente de jovens delinquentes, mas pode rever-se em algo muito mais puro e profundo. Pessoas com faixas etárias mais elevadas têm tendência a carimbar este acto como punitivo e a ligá-lo quase de imediato a um crescimento e educação impróprios. No entanto, o que deve estar presente na sua mente e não está, é o facto de haver um propósito e por vezes uma mensagem por de trás desta atitude.

          Creio que no cenário citadino, as carruagens dos comboios são sem dúvida algo que ganha exponencialmente valor quando está sob a mão dos graffiti, através da transformação de linhas contemporâneas frias e impessoais num equilíbrio quase perfeito entre o horizonte urbano e a arte em spray.

           Ainda assim, seja num impulso por divertimento sem qualquer significado ou numa atitude premeditada com cunho psicológico, a forma de expressão deve obedecer às leis da arte. Expressões reivindicativas e declarações controversas muitas vezes escolhidas para pincelar paredes são automaticamente assinaladas de poluição e transformadas em alvos de apressada remoção.

          As regras devem ser aplicadas e permitir que a mensagem continue presente em espaço público para a contemplação de todos. Quando alterada esteticamente para os parâmetros considerados “aceitáveis”, avança de um simples rabisco com conteúdo constrangedor para ser apelidada de arte urbana no seu melhor. O conteúdo mantém-se, mas aos olhos dos cidadãos toda a apresentação da frase influencia no seu julgamento. Se for uma linha com uma má frase é punitivo, se for essa mesma frase desenhada segundo as regras, com alguma cor talvez, para muitos olhares o choque já não existe.

          É bastante ridículo assistir ao ser humano a iludir-se a ele mesmo quando permite que um desenho feito com técnica e cuidado esconda integralmente a mensagem que está nele incutida e engane a mente. No entanto, ainda existem pessoas com uma mentalidade extremamente actual e moderna que agem como verdadeiros dinossauros ao apontar o dedo a uma belíssima forma de arte, esteja ela dentro ou fora das regras.

Soraia Santos
Grupo 2

Entrevista


Rui Valadão
Perfil-Luis Freitas Lobo

Licenciado em direito, natural de Braga, Luís Freitas Lobo é um dos comentadores desportivos mais ouvidos no País, particularmente por quem vive de perto o futebol. Tem um enorme conhecimento do mercado futebolístico, sendo um dos especialistas mais dotados em Portugal, é autor dum livro, O Planeta Futebol.

Luís Freitas Lobo, de 43 anos,
desde 1995, colabora regularmente com várias publicações: "O Jogo", "Revista Mundial", "Noticias Magazine", "Política Moderna", é um dos cronistas de ABOLA e mantém ainda participação frequente na RTP( principal comentador da liga dos campeões), na TSF e no Expresso. A faceta de comentador é a mais visível mas os seus horizontes vão muito para além do comentário desportivo em órgãos de comunicação.
Enorme amante de literatura e particularmente conhecido por interligar grandes obras de grandes artistas com os colossais nomes do futebol internacional, como refere na sua obra.


André Gonçalves
Fim de semana multi-cultural no Porto 

Foto:Elisa Ameida e Sergio Lopes
Serralves, um festival para todas as idades

O festival de Serralves, considerado por muitos o maior festival de expressão artística contemporânea em Portugal, pela primeira vez, em 7 edições realizadas, passou a centena de visitantes, segundo a agência lusa.
Esta sétima edição na cidade do Porto que teve a duração de 40 horas, envolveu mais de 600 artistas em mais de 250 momentos de apresentação de 93 eventos, sendo todos de acesso grátis e repartidos pelo Auditório e Casa de Serralves, Museu, Parque bem como outros espaços na Baixa do Porto.
Esta grande afluência por parte dos transeuntes, pode dever-se ao facto de este festival oferecer um grande conjunto de actividades para todas as idades, da maior variedade possível do quadrante da arte contemporânea como por exemplo: actividades para crianças e famílias, uma enorme variedade de estilos de musica, dança contemporânea, visitas orientadas, workshops, acrobacia, teatro de rua, teatro de objectos, teatro de marionetas, teatro para a infância e juventude, circo contemporâneo, cinema, vídeo, fotografia.
O grande destaque da programação do sétimo festival foi o tributo a James Brown, feito através dos Burnt Sugar The Arkestra Chamber. Como também actuação da Orquestra Jazz do Hot Club mereceu destaque, assim como o circo contemporâneo, com a apresentação de «Shoot the Girl First», da companhia francesa Le Nadir.
Em 2009, estiveram cerca de oitenta e seis mil pessoas no Serralves em Festa e não houve muitas actividades artísticas em relação a este ano.

 *noticia referente a 22/8/2010

André Gonçalves
Claque Mancha Negra preparou ao pormenor jogo com o Portimonense

A festa do minuto 18 e 45 que começou em Coimbra

A preparação do jogo com o Portimonense, fora, começou uns dias antes. A Mancha Negra provou que, embora não sendo uma claque organizada e profissional, leva tudo muito a sério.

André Gonçalves

Ao minuto 18, a claque da Académica explode de alegria, com um golo de Miguel Fidalgo, elevando para cinco golos marcados na presente época. Num jogo em que a Académica na primeira parte dominou por completo, levando o jogo para o intervalo 0-2, a Mancha Negra entoou cânticos preparados para o jogo.
Uma semana antes do jogo, já a claque Mancha Negra preparava o jogo com a equipa do Portimonense. Um encontro com ingredientes interessantes, para além da Académica estar a praticar um futebol atractivo, está colocada no cimo da classificação geral, sendo considerada por muitos uma das “sensações” da época.
Com a partida de Coimbra, prevista para as 15H00 de Sábado, dia 6 de Novembro, a Mancha Negra começou a ganhar o seu espaço, com o ruído que fazia junto dos autocarros que levariam a claque oficial da Académica. Todos, sem excepção, estavam – como sempre – devidamente equipados com as cores do clube. O preto esteve, por isso, a dominar toda a viagem.
Segundo, alguns elementos da claque da Briosa, o jogo com o Portimonense era “para ganhar, pois quem manda, indenpendentemente do estádio é a Académica”. A provar isso mesmo estiveram os vários autocarros que se foram enchendo ao longo da semana. Ninguém quis perder o grande espectáculo que a Académica está a proporcionar esta época.
A viagem até ao Sul do pais, desta feita a Portimão, foi também uma forma dos adeptos agradecerem ao treinador Jorge Costa o trabalho desenvolvido com a equipa mais representativa do distrito de Coimbra e uma das que mais simpatia conquista por esse país fora.
Ao longo desta curta viagem, os adeptos entoaram cânticos, tantas e tantas vezes repetidos. Também os jogadores mais acarinhados, como Sougou, Miguel Fidalgo, e Diogo Valente, mereceram que fossem entoadas cantigas especiais. Os também eternos e sempre fiéis membros da claque fizeram questão de levar as camisolas oficiais da equipa de Coimbra.
À nossa reportagem fizeram questão de dizer que a Mancha Negra “é uma verdadeira família”. O espírito de amizade e união entre todos os membros “está sempre presente”. E, como diz o próprio lema, “se a Académica jogasse no céu todos morrerariam para a ver jogar”. É por tudo isto que, o presidente da Mancha Negra, João Paulo Fernandes, refere-se que esta “é a melhor claque do mundo”. Alguns elementos continuam na claque desde a sua fundação, têm sido muito importantes na passagem da mensagem e da mística para os mais novos. Não tendo um papel muito activo é sempre importante, sobretudo em momentos de tensão que alguns jogos proporcionam, a voz da “velha guarda” é sempre ouvida.
A fidelidade está de tal forma presente que o lema “Se jogasses no céu … morreríamos para te ver”, está presente em todos os jogos há 12 anos.
Em grande ambiente de festa, a Mancha Negra chegou ao Sul, ao estádio Municipal de Portimão. Se até aqui as gargantas não estavam ainda bem afinadas, ficaram nesse preciso momento.
Começou a partida, e desde cedo ficou patente que quem mandava ali era “a malta de Coimbra”. Foi tudo feito para “apoiar a equipa do início ao fim da partida”. O que, aliás, ficou provado nas bancadas. Também, diga-se em abono da verdade,     que a claque do Portimonense estava com pouca representatividade no estádio, um dos motivos poderá ser pelo facto de disputarem o jogo em “casa emprestada”.
Num jogo em que a Académica dominou a primeira parte, levando o resultado para o intervalo em 0-2, na segunda parte o Portimonense teve uma boa “replica” conseguindo igualar a partida em 2-2.
Um resultado aceitável, atendendo ao desempenho do Portimonense na segunda parte.
No fim do jogo, e claramente desiludidos, por deixarem fugir uma vitória importante alguns jogadores vieram até junto das redes e entregaram os seus equipamentos. Foi o delírio total. A Mancha Negra não mais deixou de se ouvir. No autocarro a viagem pareceu fazer-se em segundos, tal a animação entoada.

Em Coimbra, e já na sede no Pavilhão Jorge Anjinho, foi tempo de voltar a refrescar as gargantas, gastaram a voz com tantas cantigas, de arrumar as faixas e de ir para casa, pois a chegada a Coimbra fez-se tarde.
Uma certeza ficou. “A Académica independentemente do resultado terá sempre o apoio dos seus adeptos”.


*reportagem referente 11 de Novembro de 2010