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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Visita à Connect Coimbra em fotografia

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques


Entrevista a Nelson Fernandes  - Sampling

Presente em inúmeras faixas dos mais variados estilos musicais, a técnica conhecida como Sampling aplica ao som o conceito de reciclagem, recuperando musicas que o tempo levou, de novo para os nossos ouvidos. 
Foi este o mote da conversa com Nexus (Nelson Fernandes), produtor associado à net-label Monster Jinx, casa de Dj Slimcutz (campeão DMC Portugal). 

Entrevistador (E):O que é afinal o sampling? 
Nexus (N): Bem, o sampling resume-se a utilizar uma porção de um clip de áudio, uma música, uma frase de um filme, qualquer espécie de áudio no fundo, para daí construir uma nova composição musical. Seja construindo a partir da melodia presente no sample, se for esse o caso, seja pelo recurso ao Chopping, que como o nome indica resume-se a cortar o sample que se quer utilizar em fracções menores que se reorganizam depois na nova composição. É como fazer uma colagem de fotografias por exemplo, mas com som! 

E:é que descobriu o Sampling?  
N:muitos outros na esfera do rap ou do hip hop, o gosto pelo estilo musical despertou-me a curiosidade e a vontade de fazer também as minhas músicas. Comecei a produzir alguns instrumentais no PC mas por vezes o som parecia plástico, soava artificial. Foi aí que comecei a retirar samples daqui e dali, para colmatar a falta de instrumentos musicais. 

E:Há muitos artistas a recorrer ao uso do Sampling? 
N: Claro! Praticamente os produtores de música electrónica, rap, drum and bass e muitos também noutros géneros como o indie rock, por exemplo, utilizam samples nas suas músicas. Existe um sample em particular, o Ámen Break, que é um solo de bateria de uma banda funk daquelas que só teve um hit, mas que ficou para sempre e está presente em imensas faixas, “choppado” ou não! 

E: Há quem critique o Sampling e acuse a técnica de roçar o plágio. Qual é a sua opinião? 
N: Bom, é óbvio que eu sou defensor do sampling, claro! Também produzo faixas em que não o utilizo mas acho que tudo depende da forma como se trabalha o sample! Tens casos descarados de pelágio em artistas como a Shakira e outros tantos mas até esses passam! O som deve ser devidamente trabalhado, para que de facto se possa dizer que se trata de uma nova composição musical, caso contrário é apenas um “cover”O segredo é fazer uma melodia com base noutra. Fazer uma omelete sem ovos é difícil, agora imagina fazer uma omelete a partir de outra omelete! (risos)   

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
visita à Feira do Livro em fotografia

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Galeria de Posts de Pescada

Feira de Artesanato - Coimbra'12Feira de Artesanato - Coimbra'12Feira de Artesanato - Coimbra'12Feira de Artesanato - Coimbra'12Feira de Artesanato - Coimbra'12Feira de Artesanato - Coimbra'12
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visita à Feira do Artesanato de Coimbra'2012 em fotografia

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

vídeo: Robinho - Beatbox

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Coimbra em "modo co-working"

Situado no centro da cidade, desde o mês de Fevereiro do corrente ano, o espaço co-working, Connect Coimbra, disponibiliza aos interessados a possibilidade de alugar um espaço de trabalho limpo e eficiente, inserido numa atmosfera de partilha de experiencias e projectos.

O conceito co-working é recente e tem como objectivo, juntar num só espaço pessoas ligadas às mais diversas áreas e entidades, para que entre elas possam trocar ideias e obter melhores resultados e é neste sentido que Ana Reis e Bernardo Raposo, dois jovens licenciados em Engenharia Informática, inauguraram em Fevereiro o Connect Coimbra.
Empresas como a Apple, Bundlr e Sensebloom, ambas ligadas à área de informática, bem como jornalistas freelancer, usufruem do espaço diariamente, espaço esse, acessível a qualquer pessoa, por uma quantia simbólica de 5€ por dia.
A Connect Coimbra, dividida em dois andares, possui diversas salas de trabalho, de convívio e também uma sala de reuniões.
Estando inserido numa cidade de estudantes, o espaço co-working pode ser o local ideal para a realização de trabalhos e partilha de informação.
Para contactar a Connect Coimbra, é possível fazê-lo através das redes sociais, nomeadamente o Twiter e o Facebook, através do número 239 826 216,  do e-mail hello@connectcoimbra.com ou so site www.connectcoimbra.com


por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
Vídeo: "Connectar" Coimbra

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
Vídeo: Feira do Livro de Coimbra'12


por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
vídeo: Feira do Artesanato de Coimbra

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques
Entrevista a Luís Cardoso - Feira de Artesanato de Coimbra'12

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Voxpop: Feira do Livro'12

por:Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Robinho, um jovem em ascensão 

    Paulo Vaz é um jovem de 21 anos que viveu no Brasil e reside actualmente em São João da Madeira.
Paulo, mais conhecido por “Robinho” e treinador de cães profissional, foi o primeiro representante nacional do     Campeonato Mundial de Beatbox e está entre os 10 finalistas do VJ casting da MTV.
   Para além da MTV, “Robinho” já marcou presença em outros canais televisivos, nomeadamente na RTP e na SIC, nos programas“O lado B” e “Ídolos”, respectivamente.
   A nível musical, este jovem conta com várias participações em trabalhos nacionais, entre eles destacam-se: o novo álbum do rapper “Valete”, com lançamento marcado ainda para este ano, e as inúmeras actuações em eventos promovidos pela marca “Red Bull” à qual se encontra associado. 

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e  Patrícia Marques

Feira do Livro de Coimbra


O Parque Verde do Mondego acolhe pelo segundo ano consecutivo a Feira do Livro. Com a organização da Câmara Municipal de Coimbra, a exposição pode ser vista de 25 de Maio a 3 de Junho.

A opinião é geral, o espaço que envolve pelo segundo ano, a Feira do Livro de Coimbra, é mais atractivo. A vista para o rio Mondego, para Santa Clara e para as pontes, símbolos da cidade, bem como o seu fácil acesso apelam à visita da exposição de Livros que privilegia as editoras independentes e os editores livreiros que promovem os autores nacionais. 
Os visitantes podem ainda usufruir de um programa cultural, composto por espectáculos e tertúlias, sendo muitos deles promovidos pelas escolas e faculdades nacionais, mas principalmente do conselho. 
Esta iniciativa, mais do que comercial, pretende estimular o público a hábitos de leitura regular no seu método mais tradicional, o livro.
Desde Ficção Científica a romances e livros didácticos, a exposição dispõe de obras destinadas a todas as idades. Uma vez que Coimbra se trata de uma cidade maioritariamente de estudantes universitários, a Feira do Livro é também uma excelente oportunidade para adquirir obras a preços acessíveis.
A Feira do Livro, edição de 2012 pode ser visitada de 25 de Maio a 3 de Junho, de segunda a quinta entre as 16h e as 23h, sextas e sábados das 15h às 24h e aos domingos das 15h às 23h. 

por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

 Um mundo feito à mão

Vários artesãos de todo o país juntam-se este ano, no Parque Verde do Mondego, de 25 de Maio a 5 de Junho, na XI edição da Feira de Artesanato de Coimbra.

Criatividade e tradição são as palavras que melhor descrevem a XI Feira de Artesanato de Coimbra. Vários artesões expõem de 25 de Maio a 5 de Junho, no Parque Verde da cidade as suas obras, que aliando a arte artesanal às dificuldades económicas, aproveitam a oportunidade para mostrar aos conimbricenses e aos visitantes da cidade o que de melhor se faz em Portugal.
Desde peças feitas de raiz a peças reutilizadas e renovadas, passando pela madeira, o barro e mesmo a esponja e o papel. De miniaturas às peças de tamanho original, não esquecendo a gastronomia, a Feira de Artesanato é um grande atractivo a todas as idades.
Houve ainda espaço destinado a um workshop, direccionado aos artesãos, sob o tema “Aprenda a calcular o preço”, no dia 30 de Maio.
Este ano, a Câmara Municipal de Coimbra optou por conciliar datas e quem visitar a Feira de Artesanato pode ainda disfrutar da Feira do Livro que se encontra em exposição no mesmo espaço, contribuindo assim para uma maior atracção.
 A Feira encontra-se em exposição de segunda à quinta das 14h às 23h,às sextas e sábados abre as portas às 14h00 e às 16h00, respectivamente e encerra às 24h00. No domingo funcionará entre as 14h00 e as 23h00.


por: Bruno Martins, Carolina Guedes, Maria Miguel Costa e Patrícia Marques

Selecção portuguesa é campeã europeia

Parece que a austeridade não atinge os cofres da Federação Portuguesa de Futebol. De entre as selecções participantes no Euro 2012, a equipa lusa é aquela que mais custos tem de suportar para alojar Cristiano Ronaldo e companhia. Veja-se a lista abaixo.


   Selecção        Cidade          Custo
1. Portugal - Opalenica 33.174 euros
2. Rússia - Varsovia 30.400 euros
3. Polónia - Varsovia 24.000 euros
4. Irlanda - Sopot 23.000 euros
5. Alemanha - Gdansk 22.500 euros
6. Rep. Checa - Wroclaw 22.200 euros
7. Inglaterra - Cracóvia 19.000 euros
8. Holanda - Cracovia 16.200 euros
9. Italia - Wieliczka 10.500 euros
10. Croácia - Warka 8.300 euros
11. Dinamarca - Kolobrzeg 7.700 euros
12. Espanha - Gniewino 4.700 euros


Por Pedro Tomás
Marcha  contra a homofobia e a transfobia em Coimbra
No passado dia 17 de Maio várias associações não-governamentais ligadas ao combate à discriminação contra os homossexuais, transexuais e bisexuais, levaram a cabo uma marcha pela cidade de Coimbra. Em Portugal a primeira marcha LBGT ocorreu em Lisboa no ano de 2000, Coimbra só aderiu em 2010. Este ano a adesão foi maior do que o ano passado segundo a organização.



http://www.flickr.com/photos/75810672@N06/sets/72157629975145758/

aqui está o link sobre a foto reportagem relativamente à marcha LGBT

José Tiago Silva Ferreira

quarta-feira, 30 de maio de 2012





Tudo começou há cerca de 15 anos atrás, quando um aluno decidiu expor o seu trabalho de fim de curso na sua própria casa nunca imaginando criar um evento tão envolvente como este. Nos dias 25 e 26 de Maio a cidade vai experimentar pela 16º vez a edição do Caldas Late Night, organizado pelos estudantes da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

Os alunos são convidados a expor os seus trabalhos na sua própria casa, nas ruas da cidade ou mesmo em lojas que não estejam ocupadas. Este evento de carácter artístico/cultural, de realçar o fim não lucrativo, envolve toda a comunidade, apelando à participação em massa nas actividades. Não existe limite criativo ou seja qualquer manifestação artística seja performance, instalação, design,artes plásticas, multimédia e música encontra o seu lugar neste evento. O recorde de participações foi atingindo este ano com cerca de 127 inscritos nas várias vertentes. 
O tema deste ano será “low cost” numa clara alusão à actual conjuntura económica e social, no entanto mesmo com as dificuldades a organização pretende realçar a criatividade dos alunos e o “estímulo à utilização de diferentes materiais nas criações dos alunos.” Três mil mapas com a localização de cada uma das intervenções artísticas foram impressos para serem distribuídos na sexta-feira aos visitantes, que, entre as 14:00 de dia 25 e as 02:00 do dia seguinte, só têm que “seguir o roteiro e deixar-se surpreender”. No sábado dia 26 o evento termina nas instalações da ESAD numa festa que atrai milhares de pessoas. Uma forma original e diferente que os alunos das Caldas encontraram de promover o seu trabalho, de uma maneira totalmente gratuita, envolvendo toda uma cidade à volta do seu trabalho, com tendência para crescer de ano para ano.

José Tiago Silva Ferreira

Aurea em Leiria


Após um 2011 de sucesso, em que Aurea foi considerada “a voz revelação do ano”, em 2012 a cantora continua a ser um êxito e a sua Tour prossegue por todo o país, tendo sido acolhida com lotação esgotada na passada quinta-feira,  dia 12 de Abril, em Leiria.

 Depois de ter passado por Águeda, Évora, Estoril, Fafe, Porto e Olhão, foi a vez da cidade do Lis ouvir a voz inconfundível de Aurea , que presenteou o público do Teatro José Lúcio da Silva com um sorriso doce e a sua vivacidade num cenário  simples de estilo retro, com candeeiros de pé-alto antigos, uma televisão e uma telefonia. Foi acompanhada com parte da sua banda - visto que este foi um concerto em formato reduzido - com quem mostrou ter uma grande empatia. 

 Aurea subiu ao palco descalça, dançou durante todo o espetáculo envergando um simples vestido comprido preto. A cantora encantou o público com todo o reportório do seu álbum “Aurea” (editado a 27 de Setembro de 2010), do qual constam os singles “Busy(For Me)”, “Okay Alright” e “The Only Thing That I Want”, e ainda presenteou o público com covers de músicas famosas e com “Love Me Tender”, da qual gravou  uma nova versão, em que a voz da cantora foi adicionada à voz do falecido “Rei do Rock”: Elvis Presley. 

Portuguesa e com muito talento, Aurea nascida e criada em Santiago do Cacém, tem dado cartas em todo o mundo, inclusivamente foi-lhe atribuído o prémio na categoria de "Best Portuguese Act” dos MTV Europe Music Awards " em 2011. Os fãs aguardam novas músicas e Aurea continua a digressão pelo país. 
Catarina Rodrigues

Entrevista: Para lá dos "Nativos Digitais"

“Nativos digitais” é o programa da RTP2 com emissão semanal às terças-feiras, entre as 19h30 e as 20horas. É uma magazine de media sensível às problemáticas na comunicação e tecnologia.
O Posts de Pescada não lhe  ficou indiferente e quis saber mais sobre a sua produção, ideologia e estruturação. Sérgio Sousa, coordenador do programa, responde, em nome da sua equipa, às perguntas do PP. Pode assistir aqui  às antigas emissões do programa e saber mais informações. 


Por Maria Inês Antunes 



Europeus da UEFA: do passado ao presente, abordando o futuro




Os primeiros alicerces para a realização de uma prova europeia ao nível de selecções foram lançados em 1956, sendo precisos apenas mais dois anos para que se assistisse ao arranque da primeira Taça da Europa das Nações, actualmente conhecida como Campeonato da Europa, ou mais vulgarmente de Euro. A organização do próximo Europeu foi atribuída à candidatura conjunta da Polónia e da Ucrânia, e terá o seu início dentro de alguns dias.
O formato inicial da competição contava com 16 selecções, e começava directamente nos oitavos de final, com rondas disputadas a duas mãos. À fase final propriamente dita, que se disputava já num único país, acediam apenas os 4 semifinalistas. Henri Delaunay, antigo secretário-geral da Federação Francesa de Futebol, foi o grande impulsionador da criação do Campeonato da Europa. A fase final da primeira Taça da Europa das Nações, em 1960, realizou-se em França para homenagear esta personalidade. O jogo decisivo teve lugar em Paris, entre a URSS e Jugoslávia, e foi bastante equilibrado, com os soviéticos a vencerem por 2-1, após prolongamento. Em 1964, o torneio ficou marcado por questões políticas, uma vez que a Grécia se recusou a defrontar a Albânia, pois os dois países encontravam-se em guerra. A fase final foi disputada em Espanha e a equipa da casa bateu a URSS na final de Madrid, igualmente por 2-1.
A Taça da Europa das Nações passou a chamar-se Campeonato da Europa em 1968. A UEFA adoptou pela primeira vez a fórmula de grupos de qualificação (trinta e uma selecções), sendo que apenas o primeiro classificado de cada grupo seguia em frente para os quartos de final, que eram disputados a duas mãos. A prova continuava, no entanto, a instalar-se no país organizador a partir das meias-finais, neste caso em Itália. Após o empate entre italianos e jugoslavos na final, os transalpinos acabaram por conquistar o troféu, numa finalíssima (2-0).

O torneio de 1972 manteve a mesma estrutura, com a fase final a ser jogada na Bélgica. A Alemanha derrotou na final a URSS, em Bruxelas, por 3-0, com dois golos de Gerd Müller. A competição de 1976 realizou-se na Jugoslávia. Na final frente à Alemanha, a Checoslováquia desperdiçou uma vantagem de dois golos, pelo que tudo se decidiu nas grandes penalidades. Quando Uli Hoeness falhou, Panenka teve nos pés a oportunidade de fazer. A Checoslováquia era campeã da Europa.


Um novo formato foi implementado para a prova de 1980. A Itália, primeira nação a apurar-se directamente para a fase final em virtude de ser o país anfitrião, organizou um torneio que incluía pela primeira vez oito selecções na fase final, repartidas por dois grupos de quatro. A Alemanha defrontou a Bélgica na final de Roma, com os dois golos de Hrubesch a garantirem o triunfo germânico por 2-1. Quatro anos depois, no Europeu de França, regressaram as meias-finais. Mantiveram-se os dois grupos, mas desta vez os dois primeiros classificados de cada agrupamento seguiam em frente. Depois de uma meia-final fantástica entre Portugal e França, os gauleses chegaram ao jogo decisivo, em Paris, onde defrontaram a Espanha. A França venceu por 2-0, graças aos tentos de Platini e Bellone. Chalana, Jordão e companhia deixaram o perfume do futebol português bem vincado.

A República Federal da Alemanha organizou a competição em 1988, mantendo-se o mesmo formato do Europeu de 1984. A Holanda conquistou, finalmente, o título, com uma vitória por 2-0 sobre a URSS na final. Marco Van Basten marcou um golo soberbo num remate em acrobático, cabendo a Ruud Gullit a autoria do primeiro tento da então célebre “laranja mecânica”.

Em 1992, o Europeu foi disputado na Suécia, numa altura de grandes mudanças políticas na Europa. A Alemanha apresentou-se já reunificada, ao passo que o desmoronamento da URSS deu origem à CEI (Comunidade de Estados Independentes). Porém, acabou por ser a guerra na Jugoslávia a revelar-se decisiva para o desfecho da prova. A Dinamarca foi chamada a substituir a selecção jugoslava e atingiu surpreendentemente a final, derrotando no jogo decisivo a Alemanha (2-0), com golos de Kim Vilfort e John Jensen. Recorde-se que os jogadores dinamarqueses já estavam todos de férias, sendo que Michael Laudrup, por exemplo, se recusou a participar.
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O aparecimento de novas nações na Europa de leste levou a que a fase de qualificação do Europeu de 1996 fosse disputada entre 48 equipas. Na fase final, em Inglaterra, as 16 selecções participantes foram divididas por quatro grupos de quatro equipas, seguindo em frente as duas primeiras classificadas. A Alemanha voltou a estar presente na final, frente à surpresa da competição, a República Checa (afastou Portugal nos quartos de final com aquele chapéu soberbo de Poborsky a Vitor Baía). Pela primeira vez na história da competição, tudo foi decidido através da regra do Golo de Ouro, marcado pelo alemão Oliver Bierhoff, numa partida que os germânicos venceram por 2-1.

A Bélgica e a Holanda organizaram em conjunto a fase final do Europeu de 2000. O ponto alto do torneio aconteceu na final, quando David Trezeguet marcou no prolongamento o Golo de Ouro que ditou a vitória da França, por 2-1, frente à Itália. Portugal ficou-se pelas meias-finais.
Quatro anos mais tarde, Portugal foi a nação anfitriã e conseguiu chegar à final, disputada em Lisboa. Ainda assim, e para o nosso descontentamento, todos assistimos com tristeza à tragédia grega que se seguiu, vitória de Karagounis, Katsouranis e companhia por 1-0.


Em 2008, a UEFA atribuiu a organização da competição à Áustria e Suíça, tendo saído como vencedor a selecção de Espanha, com David Villa, Fernado Torres, Iniesta e Xavi ao leme. No jogo da final, a campeã ibérica derrotou a Alemanha por 1-0, com o golo solitário de Torres. A festa no Estádio Ernst Happel, onde o FC Porto já tinha celebrado o título europeu, fez-se então em tons de vermelho e azul. Portugal foi afastado nos quartos de final pelo finalista vencido.

No próximo dia 8 de Junho, dá-se início a mais uma grande competição. O jogo inaugural está agendado para a Polónia, uma das Anfitriãs, para além da Ucrânia, e defrontará a Grécia, que já teve honras de abertura no Euro 2004. Este será um um Euro de grandes desafios, dado o contexto político e social que se verificam nos países que o acolhem. A festa do futebol vai fazer parar o mundo – quem será o grande vencedor? 


 Por Pedro Tomás

Pedro Proença, odiado em Portugal, respeitado na Europa



Pedro Proença é árbitro de futebol e conta 41 anos. É arbitro internacional FIFA desde 2003, onde integra o quadro de Elite, o patamar mais alto que se pode alcançar a nível de arbitragem.

A nível interno, Proença desperta ódios a muitos. Basta recuar um pouco no tempo, até ao passado verão, e recordar o episódio em que o lisboeta foi agredido barbaramente no centro comercial Colombo. Benfiquista assumido e antigo atleta do Sporting CP na modalidade de andebol, o juiz viu-se no decorrer da ápoca envolvido em mais uma polémica, no célebre jogo Benfica vs FC Porto e que os dragões levaram de vencida. O golo da vitória do clube do norte foi precedido de fora de jogo, o que suscitou um enorme reboliço na imprensa portuguesa e críticas por parte do clube a adeptos da Luz.

Mais recentemente, Pedro Proença foi o escolhido pela UEFA para dirigir a final da Liga dos Campeões, a principal prova de clubes no panorama internacional, que opôs o Bayern Munique aos londrinos do Chelsea. Desde o longínquo ano de 1980 que Portugal não estava representado em termos de árbitros na final da prova, então sob o comando de António Garrido. Para coroar uma época desportiva que teve de tudo um pouco, de bom e de mau, Proença foi nomeado para dirigir jogos do Euro 2012 na Polónia/Ucrânia. Desde 2004 que Portugal não estava representado, na altura por Lucílio Baptista.

O que é certo, é que os portugueses não morrem de amores por Pedro Proença, mas a nível internacional, merece o respeito e a confiança dos dirigentes desportivos, talvez pelo facto da personalidade do povo português, que desde logo gera desconfiança. Mas não é tudo: o mais conceituado árbitro português está pré-seleccionado para o Mundial de 2014, a disputar no Brasil.

Por Pedro Tomás

FotoReportagem
Final da Taça de Portugal
















(Clicar para ampliar)
Por Pedro Tomás

A rainha de Portugal



Portugal é um país de grandes tradições no que ao futebol diz respeito. O futebol foi importado para o nosso país no início do século XX. Desde aí, teve uma grande difusão por todo o território nacional, tornando-se num desporto de massas, e também o mais mediático, apelidando-se de “desporto rei”.

No decorrer da época desportiva de 1938/39, foi criada sob égide da Federação Portuguesa de Futebol a Taça de Portugal, uma competição que engloba dezenas de equipas de todo o país, num sistema de eliminatórias a uma só mão (excepto as meias-finais), o que facilita por vezes resultados surpreendentes onde equipas de maior poder são eliminadas por equipas mais fracas – surge daqui a expressão “tomba gigantes”. A Taça de Portugal, que é considerada a prova rainha do futebol português, engloba clubes de todo o território nacional, não olhando à sua valia desportiva ou financeira. Para além do protagonismo associado, os clubes aproveitam esta competição para amealhar receitas económicas importantes, o que nos dias que correm e dado o contexto actual, é de grande valia.

A sua primeira edição, foi disputada em Lisboa, no então Campo das Salésias, onde milhares de pessoas lotaram por completo aquele recinto e assistiram à vitória da Associação Académica de Coimbra por 4-3 sobre o Sport Lisboa e Benfica, que era na altura o principal clube português. Até aos dias de hoje, a Taça de Portugal adquiriu um grande prestígio, tendo no seu seio um variado número de vencedores. Entre eles, destaca-se o Benfica, com 24 conquistas, seguido pelo FC Porto (16) e Sporting (15). Na cauda do quadro de honra, estão clubes como o Estrela da Amadora, Leixões ou SC Braga, todos com uma conquista. 

Quando se fala de Taça de Portugal, obrigatoriamente se associa o Estádio Nacional do Jamor. De facto, a história da competição confunde-se com a velha aspiração do Estado Novo, palco privilegiado e imponente da esmagadora maioria das finais e que foi inaugurado a 10 de Junho de 1944. Para que a ambição do antigo ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco, fosse uma realidade, foram consultados diversos arquitectos, entre os quais, Francisco Caldeira Cabral, Konrad Wiesner, Jorge Segurado ou Miguel Jacobetty Rosa, sendo este último apelidado de “pai” do Estádio Nacional, inspirando-se em grandes obras como o Estádio Olímpico de Roma e o Estádio Olímpico de Berlim. Foi edificado não só com o objectivo de promover o desporto mas também a criação de um espaço para demonstrações públicas inspiradas nos princípios políticos vigentes. A primeira final da Taça disputada no Jamor teve lugar a 30 de Junho de 1946, tendo como privilegiados o Sporting CP e o Atlético CP, com o primeiro a levar de vencida por 4-2. Desde então, apenas por cinco vezes a final não se realizou no Estádio Nacional, sendo acolhida nos estádios da Antas e de Alvalade. Nas mais de 50 grandes partidas disputadas neste estádio, que alberga actualmente cerce de 38mil espectadores sentados, reina sempre acima de tudo o desportivismo e o convívio, onde os adeptos almoçam na mata do Jamor para depois assistirem à final, onde estão presentes as maiores figuras do panorama político e desportivo português.

A final de 1969, ficou marcada pelas mensagens políticas contra o regime. Milhares de estudantes de Coimbra marcaram presença nas bancadas para assistir ao jogo da equipa que venceu a primeira edição, e durante o jogo levantaram cartazes elucidativos que marcaram a época.

Por Pedro Tomás

FotoReportagem
Serra da Lousã - Aldeia do Franco

















Por Pedro Tomás