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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Ouço por todo o lado “Esta nova geração está perdida, não sabe o que faz!” entre muitas outras expressões negativistas. Mas vou-me lembrando que já a minha mãe me dizia coisas parecidas e que a mãe dela lhe disse o mesmo. De facto parece estar nos genes que cada geração que nasce é pior que a anterior. Então que aconteceu com esta geração (digo a que nasceu de 1995 para cá) chamada também de geração Millenium, para que nos pareça o fim do mundo?

Não existem identidades sociais substanciais, apenas pequenas amostras de ídolos que caiem em pouco mais de 2 anos. Lembro-me que os meus ídolos ainda hoje são ídolos, mesmo estando a maior parte mortos (E o título deste artigo é prova disso).

Não existe consciência social. Cada um vive por si e para si, os outros servem apenas para o nosso bem-estar. Enquanto criança sempre fui puxado para a partilha, quer com irmão, amigos e pessoas que precisassem de ajuda.

Será a abundância de recursos? Creio que sim. A tecnologia trouxe-nos muitas coisas para podermos “brincar”. Mas apesar de todas estas circunstâncias, creio que o problema esteja antes nas gerações anteriores.

Tenhamos em conta que a geração Millenium terá no máximo 16 anos. Segundo os sistemas ocidentais, um indivíduo de 16 anos ainda não é considerado “crescido” intelectualmente. A culpa, para mim, estará nas gerações demagogas mais antigas. Limitamo-nos a culpar e a constatar o óbvio. É nosso dever orientar e educar as gerações mais novas. Mas preferimos abastecermo-nos dessa obrigação, porque “há mais informação, eles que a usem”. Sugiro algo novo. Mostrar aos mais novos como nos devemos portar. Pois afinal eles são sempre imitação dos mais velhos. Dar amor, ao invés de apenas tentar explicar o que é. Ser activo e mostrar como é bom estar em sintonia com o próximo.

Talvez isto não resulte, mas sempre é melhor do que apenas falar demagogicamente. Pessoalmente não sou apocalíptico e acredito que seja apenas uma evolução, há sempre excepções nesta equação e serão eles que um dia que terão o nosso papel. Esperemos que não sejam tão pessimistas como nós.

Grupo 4:
Tony Santos

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