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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Reportagem - Um novo conceito de fazer exercício


Cada vez mais presente no vocabulário dos portugueses, os health clubs como é o caso dos conhecidos centros Holmes Place vêem preencher e satisfazer as necessidades de quem procura o bem-estar aliado a mais do que simples máquinas de “fazer perder peso”.




Naquela tarde de sexta-feira não ouve desculpa alguma da minha parte que me fizesse “livrar” de umas horas no ginásio da minha amiga, o Holmes Place (HP) situado no estádio de Coimbra.
Um pouco contrariada, mas também curiosa lá me dirigi com ela ao ginásio. Ao passarmos a recepção cruzamo-nos com um personal trainer (PT) conhecido dela, que ao saber que eu me encontrava ali apenas por insistência dela, se disponibilizou logo a mostrar-me o espaço e falar-me das diversas actividades que o HP dispunha.

O PT que me acompanhou, José Mendes de 27 anos, trabalha no HP há já cerca de um ano e meio, tendo se licenciado em ciências do desporto e educação física, curso que como ele me explicou foi “um curso realizado antes do processo de Bolonha entrar em vigor, visto que actualmente a componente de ciências do desporto integra uma licenciatura separada da licenciatura em educação física”.
Assim que começamos a visita e que José Mendes me mostrou o restaurante, uma zona muito agradável e saudável, este procurou desmistificar o que faz um personal trainer. O seu trabalho consiste em soluções de treino personalizadas e individuais. “Sou um profissional que prescreve treinos individualizados e que têm de ser adaptados consoante as necessidades, problemas e desejos de cada pessoa”.

Refere que são muitos os motivos pelos quais as pessoas recorrem ao ginásio, desde a tão desejada perda de peso ao aumento de massa muscular, passando também “muito pela aparência” dizendo tratar-se “essencialmente de uma questão de imagem”.
Seguimos para um dos quatro estúdios de aulas. Dei uma escapadela muito rápida aos balneários, o suficiente para confirmar as excelentes condições do espaço. O estúdio era espaçoso e convidativo e ouve novamente lugar para mais uma explicação relativamente àquele a que eu antes de entrar considerava ser um ginásio.
 Na realidade o HP é muito mais do que um simples ginásio e a minha ideia de ginásio estava ultrapassada há já mais de dez anos, quando em Portugal se começou a distinguir o conceito de ginásio do conceito de Health Club. “Sem dúvida que cada vez mais os portugueses sabem distinguir um espaço onde apenas têm á sua disposição máquinas cardiovasculares como é o caso da bicicleta, das passadeiras ou das elípticas, o tradicional ginásio, de um espaço como o HP, onde têm á sua disposição diversas salas, que vão desde aulas de ginástica a aulas em grupo, zonas de água com piscinas, sauna, jacuzzi ou banho turco, e onde ainda podem desfrutar de outros serviços como o restaurante, cabeleireiro, estética e muitos mais.”

Deixamos para trás o estúdio e seguimos para o ginásio cardiovascular e muscular. Sem dúvida que estava alterado o meu conceito de ginásio. Agora encontrava-me no ginásio, um dos muitos espaços de actividades diferentes que aquele Health Club tinha para oferecer.
Como a conversa ia decorrendo com muitas interrupções minhas, pois a curiosidade e o interesse iam aumentando, José Mendes acrescentou mais um importante serviço de que o HP disponha, “ que é o estacionamento, que tanto jeito dá nesta zona tão movimentada da cidade”.
O tempo começava a esgotar-se, José olhou discretamente para o relógio e confessou que aquele “passeio” teria de terminar em breve.
Tinham ficado por ver ainda muitos espaços, de entre eles com muita pena minha a zona de água.


Contudo os últimos minutos foram aproveitados da melhor forma. José Mendes aproveitou para finalizar a nossa conversa, falando de uma questão muito interessante, à qual eu fiz referência mais por meio de desabafo, que foi já quando em jeito de despedida e de quem olha para o espaço á sua volta, confessei que o preço não devia ser muito acessível, facto que foi totalmente desmentido por José. Para ele o HP “não deve ser considerado caro, uma vez que até tem condições de descontos especiais para estudantes”. Para além disso, “a pratica regular de exercício físico, e principalmente se for uma pratica trazida desde a infância pode ser considerada uma forma de prevenção para determinadas doenças como é o caso da obesidade ou a tão frequente dor de costas de que muita pessoas se queixam, a maioria das quais não praticantes de qualquer tipo de desporto ou exercício físico”. Reforça a ideia dizendo que “30 ou 40 euros por mês não é um gasto significativo na prevenção e no cuidado da nossa saúde”.

Fiquei tentada a inscrever-me!



Sónia Mendes
Grupo 5

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