No país das utopias e
projectos megalómanos, existe uma pequena grande obra por
concretizar: o Metro Mondego.
Depois de o governo
socialista de José Sócrates ter ordenado levantar os carris em
finais de 2009, as obras de beneficiação do ramal da Lousã, para
conversão no metro ligeiro de superfície, teimam em não andar.
Entraves sucessivos, derrapagens orçamentais inimagináveis, na
ordem dos vários milhões de euros, deixam a desconfiança na
população. Não seria para menos.
Após o governo ter
roubado as velhinhas automotoras e ter implementado – supostamente
por tempo limitado – os serviços alternativos, onde o transporte
se faz em autocarros, onde os pneus rebentam e os motores se desfazem
às peças, surgem novos indícios por parte de Lisboa que a obra não
passará de um mero projecto e de gastos desnecessários. Declarações
recentes do secretário de estado das obras públicas, dão a
entender que o que afinal vai acontecer é o regresso do material
pesado à linha, mesmo depois de dinheiro investido na preparação
de infraestruturas para receber o metropolitano. Sabemos bem que
vivemos em Portugal, país onde tudo pode acontecer.
Para avivar a memória
dos governantes, está agendada uma romaria ao Palácio de São
Bento, em Janeiro. Vamos esperar para ver.
Pedro Tomás/R1
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