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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ataque à ilha de Yeonpyeong empurra ministro da defesa sul-coreana para a demissão

O ministro da defesa sul-coreano Kim Tae-young, combalido pelas criticas de que é alvo desde Março, não resistiu aos ataques da passada terça-feira e demitiu-se

Kim Tae-young, ministro da Defesa sul-coreano, demitiu-se, após vários meses de críticas e dois dias após o ataque de artilharia da Coreia do Norte sobre a ilha de Yeonpyeong.

Kim Tae-young já teria apresentado a demissão em Maio passado devido a grandes pressões e criticas mas o presidente, Lee Myung-bak, manteve-o no cargo.

As criticas ao ministro da Defesa adensaram-se em Março, após o incidente naval entre as duas coreias, quando a corveta “Cheonan” se afundou, presumivelmente devido a um míssil norte-coreano, resultando em 46 mortos dos 106 marinheiros a bordo.


 
O ministro Tae-young foi acusado de ser excessivamente brando com os norte-coreanos.
A sua demissão é a primeira baixa política, após o ataque à ilha sul-coreana de Yeonpyeong.
 Uma bomba não detonada na ilha de Yeonpyeong
A situação parece não ter resolução pacifica uma vez que, poucas horas após o ataque norte-coreano, o presidente Lee Myungbak avisava que o Norte pode contar com “fortes rataliações” em caso de futuros incidentes, refere a reuters.

Pyongyang respondeu, através de um comunicado, que o ataque foi uma reacção aos exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e EUA na area.

Esta quarta-feira, o porta-aviões nuclear norte-americano “George Washington” já se encontrava no mar amarelo, um dia após o ataque da Coreia do Norte à ilha de Yeonpyeong que provocou quatro mortos, dois civis e dois militares.

Este navio de guerra, que se encontrava atracado numa base naval a sul de Tóquio, transporta 75 aeronaves e tem uma tripulação de 6.000 pessoas e participará em manobras conjuntas com a Coreia do Sul no domingo, dia 28 de novembro, declararam as autoridades dos EUA à reuters.

Hoje, a China mostrou a sua preocupação com as manobras militares realizadas pelos EUA e a Coreia do Sul, entendendo-as como provocatórias.

Yeongpyeong,  ilha Sul Coreana bombardeada
 que divide as águas territoriais das duas coreias.

O departamento de Estado norte-americano, por outro lado, aumenta a pressão crescente sobre a China para conter a Coreia do Norte, mas um porta-voz do ministério das Relações Exteriores em Pequim disse que era necessário e urgente retomar as negociações pela paz, envolvendo as duas Coreias, Rússia, China, Japão e Estados Unidos.

Este confronto foi o mais forte desde o fim da guerra da Coreia 1950-1953), que terminou com um armistício em vez de um acordo de paz. Desde então as tensões são frequentes entre as duas nações asiáticas

Por agora espera-se reacções dos líderes, nomeadamente do presidente Barack Obama que já adiantou numa conversa telefónica com o presidente Lee que “a ameaça precisa de resposta”.



25-11-2010

Fonte: Reuters

Notícia elaborada por Cidália Casal

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