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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Artigo de Opinião - “Baraka - Um mundo para além das palavras”


“Baraka - Um mundo para além das palavras”
Num registo não verbal, Baraka é um filme sobre o mundo e o que nele há de doentio e de espiritual. Foi em 1992 que Ron Fricke, o director do documentário experimental, viajou por 6 continentes, 24 países, para poder captar o contraste entre as diferentes culturas, a sua relação com a Natureza e com Deus.
Sendo um filme que discute o sagrado e o humano, o naturalismo das coisas e a tecnologia por trás do seu surgimento, e a santidade e o materialismo, podemos dizer que se trata de um filme dialéctico, uma vez que a sua interpretação está a cargo do espectador.
Para quem assiste, a visualização do filme transforma-se num explodir de emoções porque, de certa forma, entramos no filme. Os diferentes estilos de música acompanham as imagens dos vários países; de paisagens desertas passamos rapidamente para o louco ritmo das cidades e dá-se um despertar para o conhecimento das outras culturas.
O resultado do filme resume-se a um registo da humanidade e assenta na espiritualidade e no repensar de tudo à nossa volta. Trata-se de um paradoxo entre a mecanização e a espiritualidade, a paz de espírito e o sofrimento colectivo, no fundo, entre as coisas boas e as coisas más que fazem parte da nossa vida, de maneira directa ou indirecta.
A meu ver, o mais importante não é a mensagem que tiramos deste filme mas sim a forma como cada uma das imagens nos marca. Apercebi-me que apesar das diferenças, todas as culturas estão interligadas, no entanto, são estas diferenças que nos interligam.


Sofia Fernandes
grupo 3

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