“A esperança está onde menos se espera” é o título que prende o espectador desde o início até ao fim e na apoteose final irá fazê-lo pensar que a vida não é assim tão estável como pensamos. A produção é de 2009 e tem a realização de Joaquim Leitão. Apesar de não ser uma história soberba, reúne todos os ingredientes para ser considerado um bom filme. Com a particularidade de ter saído para as salas de cinema num momento em que a economia do país estava no auge da sua queda e em que muitas famílias perderam os bens conquistados ao longo de uma vida de árduo trabalho, muitos foram aqueles que se viram reflectidos na tela e perspectivaram uma viragem no seu infortúnio ou os que não tendo caído começaram a pensar no quão frágil é a vida. Porém, um dia a janela pode abrir-se novamente.
Lourenço (Carlos Nunes) tem 15 anos e é feliz, é o melhor aluno de um dos mais exclusivos colégios particulares de Cascais/Sintra, tem uma banda e é popular entre as raparigas. O pai, Francisco Figueiredo (Virgílio Castelo), é um treinador de futebol que começa a construir uma carreira de sucesso e, apesar de treinar uma equipa modesta, qualificou-se para a final da Taça de Portugal. Mas Francisco é um homem de princípios e não quer ganhar a qualquer custo, o que lhe vai sair caro. É despedido do clube e nenhuma outra equipa o contrata. Todos lhe fecham as portas. E mês após mês, o dinheiro vai-se esgotando. Lourenço tem de deixar o Colégio e passa a frequentar uma Escola Secundária oficial cujos alunos são predominantemente da Cova da Moura. Lourenço, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e dura realidade, vai também ajudar o pai a recuperar a dignidade perdida.
Este é um bom filme português que vale a pena ver. É uma história consistente, tem ritmo, tem bons actores e obriga a assistência a reflectir.
Joana Santos - Grupo2
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