Fernando Silva viveu durante toda a sua vida em Condeixa-a-Nova,vila do distrito de Coimbra. Aos 51 anos, o entrevistado conta-nos o que mudou em Condeixa, as atracções que a vila oferece e sugestões que gostaria que fossem levadas a cabo.
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Há quanto tempo vive em Condeixa-a-Nova?
Fernando Silva: Vivo em Condeixa-a-Nova há 51 anos,
precisamente desde o dia que nasci, ainda sou do tempo em que a parteira ia a
casa das pessoas.
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O que mais mudou na vila de Condeixa-a-Nova nos últimos anos?
Fernando Silva: Nos últimos anos mudou muita coisa na vila.
As ruas estão mais bonitas e com passeios, temos melhores infra-estruturas
desportivas e, muito importante, temos excelentes infra-estruturas escolares.
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Na sua opinião, pensa que a vila corresponde às necessidades dos habitantes?
Fernando Silva: A construção imobiliária e a população em
redor da vila tem crescido muito, pelo que a vila terá de suprir algumas
necessidades, mais visíveis em termos de trânsito que têm crescido bastante e
em nada tem contribuído o condicionamento de acesso à vila que a Câmara
Municipal, a falta de lugares de estacionamento o que dificulta a vida às
pessoas a aos comerciantes e restauração locais, os mais prejudicados com esta situação.
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Quais as principais atracções, que a vila possuiu, que mais costumam atrair
visitantes?
Fernando Silva: As Ruínas e o Museu Monográfico de
Conímbriga, a 2Km da vila, é o maior centro de atracção turística, mas que com
a construção da estrada circular externa da vila e o condicionamento do
trânsito em Condeixa, praticamente passa despercebida a vila aos visitantes e
os visitantes à vila. A pousada Santa Cristina e os castelos senhoriais ainda
existentes em Condeixa atraem algumas pessoas, mas sem significado para o
desenvolvimento da vila.
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O que o mais desagrada ao viver em Condeixa-a-Nova.
Fernando Silva: Tal como acontece nas grandes cidades a vila
começa a estar deserta, nota-se sobretudo à noite, cuja praça principal não tem
o movimento de outrora. Faltam motivos de atracção, o centro da vila começa a
ficar deserto. Também o facto de não existirem actividades culturais com
carácter residente, cultura feita pelos habitantes locais me desagrada. As
actividades culturais não vila são praticamente inexistentes.
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Tendo em conta que sempre trabalhou na cidade de Coimbra, porque nunca decidiu
estabelecer-se na mesma?
Fernando Silva: Porque me agrada viver na vila de Condeixa
onde os naturais se conhecem todos. Todos conhecem os hábitos de todos e sabem
o local e as horas certas para encontrar quem se pretende. É como uma família
grande onde todos tem alguma afinidade. O preço da habitação em Coimbra também
não é convidativo para a mudança.
Posts de Pescada:
Segundo o seu ponto de vista, acha que deveria ser feita alguma alteração na
vila?
Fernando Silva: A vila tem evoluído a olhos vistos nos
últimos anos, mas há sempre algumas áreas em que a actuação da edilidade deixou
algo a desejar. Sou da opinião que a Câmara levasse a cabo um inquérito
rigoroso e alargado a comerciantes e locais de modo a verificar onde existe
alguma insatisfação.
Posts de Pescada:
Como definiria a vila de Condeixa-a-Nova?
Fernando Silva: Defino a vila de Condeixa como um lugar
acolhedor, simpático e onde se sente, se respira em cada rua a sua história. Há
memória em toda em vila, que em tempos foi devastada pelas invasões francesas.
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Quais as razões que daria às pessoas para visitarem Condeixa-a-Nova?
Fernando Silva: Existe algo de místico na vila que é inexplicável.
Só sentido, respirado pelo que o melhor é visitar a vila.
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