Reflexo… Reflexão. Ou talvez a reflexão de um reflexo. Aveiro é assim. O espelho de uma cidade que se mostra duas vezes. Uma por terra, outra por ria. Uma real, outra espelhada.
Entre canais que não têm ondas mas têm sal, a cidade de Aveiro cresce e abraça a água como se sempre tivessem crescido juntas e não houvesse irmã mais velha. A cidade moldou-se à ria e aos tempos. E a ria não se importou.
Os moliceiros, com as suas bordas baixas para carregar melhor o moliço, povoaram os canais.
Mónica Ribau 1_ O Moliceiro
O tijolo cresceu entre as margens e as ruelas nasceram estreitas, em calçada, com cheiro a peixe.
Mónica Ribau_ A Baixa e o Rossio
E como se não pudesse ser de outra maneira, o canal principal permaneceu sempre imponente. No centro, no alvo principal da cidade. Pintalgado e agitadas as águas pelas carcaças coloridas.
Mónica Ribau 3_ Canal Principal da Cidade
E mesmo quando, por vezes, se decidiu que não havia espaço para terra e água coabitarem juntas, cada uma no seu sítio… encontraram-se soluções e criaram-se maravilhas, quase sem querer.
Mónica Ribau 4_ Capitania
Mónica Ribau 5_ Praça dos Arcos
As montras que deixam a água na boca. Quando se comprimem os saberes e as tradições de um povo no paladar. Quando se reflecte a cidade salgada no doce do sabor.
Mónica Ribau 6 _ Os Ovos Moles
Numa cidade feita de reflexos e reflexões... os contrastes aparecem. Mais do que terra e ria, há antigo e novo. Há quente e há frio.
Mónica Ribau 7_ Centro de Congressos e Hotel Meliá Ria
Há passado e futuro num presente. A tradição e a história…
Mónica Ribau 8_ Antiga Estação de Comboios
…O visionário e o empreendedor.
Num momento. Num reflexo ou numa reflexão.
Numa cidade.
Mónica Ribau 10 _ Largo do Fórum Aveiro
MÓNICA RIBAU _ R2
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