Perfil
Manoel de Oliveira
Nascido a 12
de Dezembro de 1908, Manuel Cândido Pinto de Oliveira é o cineasta mais velho
do mundo que ainda exerce a sua actividade.
Provém de
uma família industrial de posses o que fez com que os seus pais investissem na
sua educação, iniciando os seus estudos no Colégio Universal, no Porto e no
Colégio Jesuíta de La Guardia, na Galiza.
Desde cedo
se interessou pelas artes o que o levou, aos 20 anos, a integrar a Escola de Actores
de Cinema, onde se estreou pela primeira vez como actor.
A sua
primeira câmara de filmar foi-lhe oferecida pelo pai, em 1931, que desde sempre
investiu na sua carreira como cineasta. Com este presente, filma o seu primeiro
documentário, Douro, sobre a relação dos ribeirinhos com o rio em questão. Dois
anos mais tarde, participou, como actor, no primeiro filme falado em português,
A Canção de Lisboa, com Beatriz Costa e Vasco Santana.
Em 1942,
produziu a sua primeira longa-metragem, Aniki Bóbó, inspirado nos neorealistas
italianos. É assim que inicia a sua carreira como director, em plena ditadura
salazarista, começando por fazer filmes de carácter católico e nacionalista.
O seu
primeiro sucesso de bilheteira foi a adaptação do clássico português, Amor de
Perdição de Camilo Castelo Branco, em 1978. Com este sucesso, Manoel de
Oliveira dedica-se à adaptação literária para os seus filmes como é exemplo de
O Sapato de Satã, de Paul Claudel e O Vale de Abraão, de Agustina Bessa-Luís.
A sua vasta
é obra é elogiada por uns e criticada por outros, mas nada o impede de
continuar a filmar.
Em 2008,
venceu a Palma de Ouro em Cannes. Mas o último marco da sua carreira foi o
doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em
2011.
Amanda Costa, R2
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