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terça-feira, 14 de outubro de 2014

O jornalismo muda o mundo!

Sara Meireles, licenciada em Comunicação Social, com mestrado em Comunicação, Ciências e Tecnologia, pelo ISCTE e a finalizar o seu doutoramento em Sociologia do Jornalismo, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, é atualmente professora na Escola Superior de Educação de Coimbra. Apaixonada pelo jornalismo vê nele a forma de mudar o mundo e facilitar a vida das pessoas.

Qual foi o momento em que surgiu a vontade ou que em que decidiu fazer do jornalismo a sua profissão?
A área do jornalismo sempre me atraiu, desde muito cedo, tinha uma ideia fixa do que queria fazer. Queria ser jornalista, por isso, decidi muito cedo o que queria fazer da minha vida, por volta do décimo ano de escolaridade. Aliás, quando me candidatei ao ensino superior não pus sequer outra opção, portanto, o meu objetivo era mesmo o jornalismo.

Qual foi a sua primeira experiência na área do jornalismo? Isto é, já profissionalmente?
A minha primeira experiência foi a entrada no jornal Público, ainda como estagiária, onde estive um ano. Foi uma experiência muito interessante, na delegação de Coimbra, eramos uma equipa de apenas cinco pessoas e havia muito trabalho. Acabei por substituir a chefe de delegação que tinha competências muito específicas, entre as quais fazer o acompanhamento político de Coimbra, por isso, iniciei a minha atividade profissional, de uma forma muito trabalhosa. Tive obrigatoriamente de em pouco tempo me adaptar àquelas que eram as exigências dessa função. Foi, por isso, um ano trabalhoso, mas muito interessante, embora ainda fosse estagiária.

Se lhe pedir para descrever o que é o jornalismo, o que nos pode dizer?
É um assunto muito abrangente, é difícil de responder desde já porque é uma atividade em grande mudança, com grandes desafios e constrangimentos. Eu gosto de pensar que o jornalismo ainda é uma das maiores armas que as pessoas comuns têm para terem a noção do que se passa à sua volta e para terem capacidade de decisão. Isso é importante numa altura em que vivemos com problemas, necessitamos cada vez mais de um elo de ligação com os outros. O jornalismo é uma coisa complicada de se fazer mas que é absolutamente necessária e indispensável na vida de todos nós.

Na sua opinião qual é o papel do jornalismo e dos jornalistas nos nossos tempos?

Acho que nos tempos de hoje o papel dos jornalistas é servirem de guias daquilo que interessa falar sobre. Isto é, no meio de um turbilhão de informações em que estamos mergulhados constantemente, as pessoas precisam que lhes mostrem o que é que interessa, o que interessa ser falado, ser trabalhado e com o que nos devemos preocupar. Por outras palavras é a necessidade de chamar as atenções para o sítio onde elas devem estar. O jornalismo para mim é uma das melhores formas de transmissão de conhecimento do quotidiano. Quer a função de quem faz esta atividade quer a instituição jornalismo são coisas muito complexas, em grande transformação, com grandes desafios, mas possíveis de atingir, portanto, pertinentes na época que estamos a atravessar. 


Lilliana Ferreira

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