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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Um caminho alternativo para um futuro promissor

Futebol. Esta é a grande paixão de Jorge Martins. A caminho do seu terceiro ano como treinador de futebol nas camadas jovens do clube da sua zona de residência - o Grupo Desportivo Recreativo Bidoeirense – foi lá que o jovem de 22 anos descobriu um caminho para o seu futuro. É para lá que move grande parte das suas energias. “Um clube: uma família”, é como o descreve.

Após o 12º ano tomou a decisão de não seguir para uma licenciatura, mas essa escolha não fez com que parasse de estudar. Divide o seu dia-a-dia entre o trabalho numas estufas locais, os cursos de formação onde se inscreveu e os “miúdos do futebol”, como carinhosamente lhes chama. 
Futebol. 



Imagem 1 Jorge Martins (à direita, vestido de preto), com a equipa de sub-12 do GDR Bidoeirense


Qual é a atividade que ocupa mais os teus tempos livres?
O desporto, mas em particular, o futebol.

Como foi o teu percurso escolar?
Depois de terminar o 9º ano fui para Artes Visuais, no ensino secundário. Terminei o 12º ano e parei de estudar. 

O desporto sempre foi a tua área preferida?
Artes Visuais foi o curso que escolhi no ensino secundário e depois de o terminar, ao ficar parado um ano, reparei que o desporto é que me fazia feliz.

Como vives agora a tua semana, dia-a-dia?
Divido os meus dias entre o trabalho, os cursos de formação que estou a tirar e os miúdos que treino, num clube de futebol local.

Que cursos estás a tirar?
Estou a tirar um curso de Massagem Terapêutica e Desportiva que se foca mais em massagem desportiva. Dá-me a possibilidade de trabalhar em clubes, em áreas relacionadas com o desporto. Agora vou começar também o curso de treinador de futebol.

Sempre quiseste seguir esta via de formação, através dos cursos de formação? Porquê?
Não, nem sempre. Quando eu terminei o 9º ano fui para Artes Visuais porque na altura eu gostava de desenhar mas quando acabei o 12º ano fiquei sem saber o que fazer ou que licenciatura escolher então estive parado algum tempo. Depois surgiu esta oportunidade no futebol e partir daí é que o gosto pelo desporto, pelo futebol em si, começou a crescer. O interesse nesta área aumentou também, daí ter decidido tirar dois cursos mais destinados para a vertente desportiva.

Sentes que o teu trabalho nas estufas te deu segurança para voltar a estudar?
Deu. Monetariamente é sempre mais fácil conseguirmos arranjar o nosso dinheiro e investi-lo nos estudos do que estar constantemente a pedir dinheiro aos pais para pagar os cursos.



O que significa para ti ser treinador no clube de futebol local?
Eu joguei muito tempo no Bidoeirense e agora, ao transmitir aos miúdos o que aprendi, torna-se uma forma de retribuir ao clube o que ele me deu nos anos anteriores. 

Imaginas-te a trabalhar noutra área no futuro? 
Não, definitivamente tem de ser algo relacionado com o desporto.

Sentes-te realizado com as tuas escolhas?
Não completamente, mas talvez daqui a um ano já diga que sim.

Se pudesses mudar algo na tua vida, o que seria?
Talvez, depois do 9º ano, teria enveredado por um curso profissional  de desporto ou então em vez de ter escolhido Artes Visuais teria optado por um curso que me desse mais bases na área desportiva.


Joana Ferreira (grupo 3)

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