“Into the Wild” baseia-se no best-seller de Jon Krakauer, com o mesmo nome, que conta a história verídica de Christopher McCandless (no filme interpretado por Emile Hirsh), um jovem de 22 anos que acaba de se licenciar em Direito e decide deixar tudo e partir numa viagem para o Alasca.
A acção do filme inicia-se já na fase final da viagem deste rapaz, quando este encontra, já no Alasca, um autocarro abandonado, o qual chama de “autocarro mágico”.
A narrativa regride até dois anos antes, no dia de formatura de Chris, altura em que este inicia a sua aventura. A partir daí, o filme desenrola-se em cinco capítulos: Nascimento, Adolescência, Virilidade, Família e Obtenção de Sabedoria. Em todos eles, Chris, que adopta o nome de Alexandre Supertramp (o vagabundo), encontra diferentes personagens que o ajudam na sua caminhada de realização pessoal.
Este filme marcou-me por todo o seu carácter humanista e imaterialista bem como pelo fim trágico do corajoso Christopher McCandless que acaba por morrer vítima de uns cogumelos venenosos, após permanecer cerca de três meses no “autocarro mágico”.
Se por um lado é um filme idealista por retratar um rapaz que larga tudo, nomeadamente o materialismo e consumismo da sociedade a que cada vez mais estamos sujeitos; por outro, é bem realista ao mostrar a necessidade de Chris em trabalhar para angariar dinheiro para sustentar e continuar a sua jornada.
Para além da história, este filme valoriza a Natureza ao apresentar paisagens belíssimas ao longo de todo o percurso de Chris.
A banda sonora enquadra-se também em toda a beleza desta obra cinematográfica. Eddie Vedder, vocalista dos Pearl Jam, conseguiu produzir uma variedade de sons tranquilos e calmos que acompanham o ritmo da história de Christopher McCandless.
É, na minha opinião, um filme muito bem conseguido pelo realizador Sean Pen, embora não tenha tido uma grande projecção em 2007, ano em que se estreou nos cinemas, uma vez que não foi projectado pela grande cadeia cinematográfica Lusomundo.
Diana Teixeira
Grupo 4
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