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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eles divertem-se e nós consumimos

Hiper e super mercados  em guerra aberta


Todos dias quando ligamos a televisão encontramos ao nosso dispor um leque de variadíssimos anúncios publicitários a alguns hiper e super mercados presentes em todo o país.

O Pingo Doce e o Continente são os que mais tentam entrar em nossa casa todos os dias, persuadindo-nos a comprar os seus produtos através de muitas técnicas de marketing.

O último anúncio do pingo doce recorre a uma elaborada e bem construída melodia em que concede ao consumidor a informação: mesmo com o aumento do IVA em Portugal, os seus produtos continuam ao mesmo preço, ou seja, o pingo doce prefere perder parte do seu lucro a prejudicar os seus clientes com uma sobrecarga nos seus orçamentos.

Em época de crise política, económica e social o apelo mais frequente para a aquisição de produtos num determinado estabelecimento é o baixo preço dos produtos.

Desta forma, e em resposta ao anuncio do Pingo Doce referido anteriormente, recentemente o Continente lançou para o ar uma publicidade em que a mensagem principal é: mesmo aumentando o IVA nos nossos preços, estes continuam ser os baratos do mercado.

É um facto que o Continente tem depositado a sua aposta em inserir nos seus anúncios figuras conhecidas de todos os portugueses que são líderes de opinião para seu público-alvo. A sua mensagem também parte sempre do mesmo princípio: qualidade a preços baixos.

Assim, são constantes as respostas públicas aos anúncios uns dos outros e é interessante constatar a “guerra” por conquistar os diferentes clientes, neste caso, entre Pingo Doce e Continente.

Por vezes, leva-me a querer que a sua atenção está mais voltada para a concorrência do que para o próprio consumidor, o que do ponto de vista do consumidor não é completamente mau, pois a luta constante pela sua fidelização é a melhor forma do consumidor sair beneficiado.
Contudo, é importante referir que esta guerra aberta Pingo Doce – Continente é sem duvida a prova de que o consumidor, se quiser, pode ditar as regras nos hiper e super e mercados do país e, eles, sabem-no muito bem.

Hoje dirigi-me ao Continente, já desperto para algumas das “manhas” dos hiper mercados e fiquei estupefacto com a quantidade de coisas que nos tentam impingir num hipermercado, para conseguirmos adquirir um bem de primeira necessidade precisamos de passar por uma panóplia de coisas sem interesse, mas que no local parecem fazer mais falta que o que realmente fomos lá comprar.

Este tipo de coisas, a meu ver, deviriam se revistas na lei de defesa do consumidor, pois todos os consumidores caem nas milhares de armadilhas montadas pelos supermercados.

Assim, posso concluir que apensar das declarações de solidariedade para com os consumidores, devido à crise vidada actualmente, os hiper e super mercados estão mais interessados em incentivar guerrinhas sem nexo e levar os consumidores aos seus estabelecimentos do que propriamente em tornar em acção aquilo que declaram nos seus anúncios.

Com isto digo: Será que os responsáveis destas ditas casas não percebem que a forma mais fácil de fidelizar os consumidores é cumprir o que prometem e realmente fazer pressão, sobre quem de direito, para que as coisas melhorem para os cliente?

Todos teremos a ganhar com a inversão desta situação económica…

                                                                                                                                                   Vítor Frade

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