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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tema à escolha - artigo de opinião; Votos aos "cavacos"

Votos aos “Cavacos”

Aníbal Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República. Até aqui nada de novo. Digo isto porque já era mais do que esperado, ou na primeira ou na segunda volta das eleições.
 O que há de diferente é a percentagem de abstenção. Segundo dados oficiais estavam inscritas 9 629 630 pessoas para as Presidenciais 2011. Desse universo apenas 46,63% foram às urnas. Ou seja 4 489 904 votaram, enquanto os outros 5 139 726 ficaram no aconchego do lar, protegidos do frio. Mas pudera, esta campanha parece não os ter aquecido.
A edição online do Público, noticiou ontem que os 53,37% de abstenção batem todos os recordes em eleições presidenciais. Ora esta revelação é assustadora, ou pelo menos deveria se-lo para um candidato que propagandeou a ida às urnas. Sim, falo do Professor Aníbal.
Esta reeleição é uma “faca com dois gumes”. Por um lado, Cavaco Silva, venceu como queria, à primeira volta com maioria absoluta. Por outro, acaba derrotado, pois os seus 52,94% dos votos tornam-se insignificantes, quando metade da população portuguesa ignorou o seu apelo.
Agora que vai ficar em Belém por mais cinco aninhos, era conveniente que o Presidente da República, pensasse no que fazer em relação a este sinal alarmante num Estado Democrático.
Eu por cá, cumpri o meu direito e dever cívico. Se bem que ao fim do dia. Às 18 horas pus a minha cruz no boletim. Segundo me disseram, era a 321ª de 1100 adultos da minha geração. Uma reduzida percentagem, um pedaço, um “cavaco” num país onde se vota aos "Cavacos".

Renato Neves Sapateiro


Fontes:
http://www.publico.pt
http://www.presidenciais.mj.pt


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