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sábado, 5 de novembro de 2011

Tema livre: o álcool e a droga em busca da sobrevivência


                Ela apareceu de mansinho. Entre a surpresa e a decepção. De quem é esta voz? Todos se questionavam. Quem é esta diva da música que se está a destruir aos poucos? De onde apareceu? Amy Winehouse?
                Amy Winehouse tornou-se num fenómeno de um dia para outro. Embora conhecidas e noticiadas todas as histórias mais polémicas da cantora, a verdade, é que por grande parte do planeta era notável a vontade de a ouvir e de ter a oportunidade de assistir a um concerto dela, ainda que não se soubesse o que esperar. O problema é que associada à grande voz, surgiam os comentários sobre o álcool e a droga. Quantas e quantas vezes Amy não foi internada? Quantas pessoas acreditaram na sua cura? Quantas pessoas viam a sua carreira repleta de oscilações? Quantas pessoas viram, somente, o seu corpo e não a sua prestação que poderia ser exemplar?
                Em 2008, Amy, foi um dos grandes nomes do Rock In Rio. Milhares de pessoas compraram o bilhete para poder ouvi-la ao vivo, nem que fosse uma vez, antes de ela morrer, pois o seu futuro já era conhecido há muito. As opiniões, no final da sua actuação, foram bastante diversas: independentemente, do seu estado, houve quem adorasse, como eu, por exemplo; por outro lado, houve quem detestasse e se arrependesse do dinheiro gasto em vão para se deparar com o estado lastimável.
                A cantora de figura franzina continuou até à data da sua morte, 23 de Julho de 2011, a aprontar das suas: ora aparecia e dava um “show” de ficar boquiaberto, como na comemoração dos noventa anos de Nélson Mandela, ora aparecia como uma pobre alma sem qualquer rumo.
                As polémicas, as críticas, as “fofoquices”, a espionagem e as reportagens sobre a cantora continuaram. Eis que, em 2011, Amy Winehouse morre, em Camden (Londres). Todos esperavam a sua morte, é certo, porém a notícia abalou milhões de pessoas e a tristeza, as homenagens, o desânimo e as mensagens para que Amy descansasse em paz fizeram-se sentir em todo o Mundo. Mesmo depois da sua morte, as especulações continuaram: “ela morreu de overdose, só pode!” era o que mais se ouvia e pensava. Na verdade, após uma autópsia inconclusiva só no final do mês de Outubro é que se soube a causa da morte: intoxicação alcoólica.  
                A jovem, de 27 anos, veio revolucionar e marcar, novamente, a música soul e o jazz, como ainda deu força a muitos cantores para acreditarem neles próprios e na música, como aconteceu com a famosa Adele.
                Deste modo, Amy entra na lenda/maldição do “Clube dos 27” e junta-se a nomes como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison e Kurt Cobain pelas mesmas causas de morte: overdose e álcool. A par disto, há um ponto muito importante que os une a todos: ambos marcaram uma geração e marcaram a música como nunca antes visto.
                Para terminar, a revista “Blitz” avança novidades: estão gravadas duas faixas da cantora para o álbum póstumo, com edição a 5 de Dezembro: “Like Smoke” com o rapper americano Nas e “Our Day Will Come” dos anos 60.
               
                Soraia Tomaz,
2010090

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