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sábado, 3 de dezembro de 2011

Crítica: In Time

Título Original: In time (Sem tempo)

Origem: EUA
Ano de lançamento: 2011
Género: Thriller
Realização e argumento: Andrew Niccol
Elenco Principal: Amanda Seyfried, Justin Timberlake, Cillian Murphy, Vincent Kartheiser



            A indústria cinematográfica de Hollywood pretende, cada vez mais, em promover filmes de ficção científica que têm a influência de conceitos distópicos e futuristas. ‘’In Time’’ é um novo modelo que apresenta uma visão distópica do futuro. Contribui para uma concepção mais íntima ligada a relação entre os homens e o factor mais importante, o tempo.
            Esta é a rubrica de Andrew Niccol, um realizador e argumentista da Nova Zelândia, conhecido por ter escrito «The Truman Show» e realizado “Gattaca” e “S1m0ne”, excelentes exemplos de um cineasta que sabe como dirigir temas associados à exploração da tecnologia, à perfeição humana e o controlo social sobre o indivíduo.
            O seu regresso com um novo filme, ‘’In Time’’, introduz um mundo diferente, onde o tempo e a ciência unidos interrompem o relógio biológico de todos os cidadãos que, aparentarão sempre, um aspecto jovial de uma pessoa de 25 anos. O Tempo é o elemento imprescindível, pois é o controlador de todas as acções. Assim, o tempo é o substituito do dinheiro, ganha-se e gasta-se, e até mesmo se pode roubar.
             Se despendermos todo tempo que possuimos, a morte é o destino fatal. Neste sentido, o filme retrata de uma certa forma, a ironia do mundo em que vivemos, pois constantemente gastamos mais do que aquilo que temos. Porém, no filme, esta ideia adquire uma nova forma, se não tivermos o tempo necessário para viver, sofremos literalmente as consequências.
            A crítica social e política estão também subentendidas nas divergências de  duas zonas. De um lado temos o gueto, em Dayton, onde as pessoas estão incessantemente numa corrida contra o tempo. Do lado oposto existe a zona dos ricos da Nova Greenwich.
             Com o objectivo de combater estas discrepâncias deparamo-nos com Will Salas (Justin Timberlake), um operário que não consegue ter mais do que um dia de vida, mas quando salva, de um assalto, um misterioso homem, Henry Hamilton (Matt Bomer), um individuo que tem mais do que um século de vida no seu relógio, generosamente oferece-lhe todo esse tempo. Desta forma, Salas descobre a injustiça deste novo modo de vida, pois para uns serem imortais muitos têm de morrer. O jovem decide mudar-se para a zona dos ricos e pretende extorquir tudo o que conseguir. No entanto, Salas é acusado de ter roubado o tempo que possui e foge com uma refém Sylvia Weis (Amanda Seyfried), uma jovem proveniente de uma das famílias mais ricas. Será que Salas consegue escapar imune?
            No filme observa-se uma boa química entre Timberlake e Seyfried, apesar de Seyfried encarnar uma menina mimada e Timberlake o pobre rapaz, ambos se unem e lutam pelas diferenças entre as classes mais ricas e as mais pobres.
           As personagens principais Justin Timberlake e Amanda Seyfried conseguem destacar-se neste projecto, pois protagonizam pápeis diferente do que estamos habituados a ver nos tempos mais recentes.

Mariana Gonçalves R2

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