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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“Voulez-vous couché avec moi?” - Sem Tabus

Encontra-se na Rua Ribeiro Sanches, em Santo António dos Olivais, uma das lojas das quais os portugueses mais vergonha têm de falar e visitar: a Sex Shop. Situada ao lado de um salão de cabeleireiro, não escapa à vista de quem passa. Nós entrámos e desmistificámos este tão rejeitado mundo de fantasia.

Museu Erótico - Sex Shop
 

Do lado de fora do «Museu Erótico» - assim se chama a loja – nada se vê. Os mais curiosos são, portanto, obrigados a entrar. A entrada do estabelecimento apresenta-se com fitas pretas pendentes do teto ao chão e paredes cor-de-rosa, o que o torna tudo ainda mais discreto e misterioso. Dentro, toda uma descoberta por fazer.
Nesta loja, onde trabalha Aldino Correia, de 37 anos, entram «mais mulheres do que homens, sobretudo da casa dos trinta e cinco para cima, quer seja só para ver como para comprar». No que toca à companhia para visitar este tipo de estabelecimentos, Aldino confessa que as pessoas «quando vêm para ver, vêm acompanhadas; quando vêm para comprar vêm maioritariamente sozinhas, exceto quando vêm em casal», pois diz notar-se bastante, ainda, «um certo pudor relativamente a este tipo de coisas, sobretudo se forem vistos a entrar, essencialmente pelo medo que se tem daquilo que os outros possam pensar».
A Sex Shop quase não sente a crise e, ao contrário do que se possa pensar, não tem uma data em que tenha mais lucro (como, por exemplo, o dia de S.Valentim ou o Natal). A qualquer dia do ano «o produto mais requisitado é o vibrador». Este familiar objeto, que pode ser encontrado desde o mais variado tipo de cores ao mais variado tipo de tamanhos e feitios – sem exageros – faz concorrência à panóplia de «sex toys» que por cá se vende. Aqui há DVDs pornográficos, como manda a tradição, há algemas e chicotes, há fatos de empregada e de polícia – sempre sexys, que assim é que se quer – há jogos de tabuleiro para sortear posições sexuais e até para quem o sexo a dois está demodé. E desengane-se quem acha que clientes habituais só a dona Joaquina da mercearia da esquina é que os tem. «Há quem recorra à loja com frequência, para poder experimentar todo o tipo de produto» e por isto, Aldino deixa o conselho aos casais enamorados: «todos deviam vir aqui, nem que fosse apenas para ver. Mas os casais deveriam vir juntos e experimentar coisas novas, só lhes faz é bem».
O «Museu Erótico» adapta-se à carteira de qualquer pessoa, havendo do mais barato ao mais caro em todos os artigos. Os vibradores vão dos 14.50€ aos 150€, os fatos podem chegar aos 60€ e os jogos de tabuleiro não passam dos 40€.
Nós não comprámos nada, mas prometemos voltar a este mundo sem medo dos olhos que nos possam apontar.

Artigos do "Museu Erótico"
 
por: Marilena Rato e Fátima Pereira
*Artigo escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
 

1 comentário:

  1. boa tarde
    em primeiro lugar parabens pelo blog
    coimbra e eu agradecemos

    pesquisei na net sobre esta sex shop museu erotico mas não encotrei muita informaçao

    nao conheco e queria la ir com namorad mas gostaria de saber o horario de funcionamente durante o fim de semana e se é um espaço grande se as pessoas sao simpaticas e com uma grande variedade de produto, nomeadamente lingerie jogos por ai

    obg
    cump

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