Chegou a época natalícia. Luzes
iluminam as ruas, ouvem-se músicas festivas nas lojas e o Pai Natal,
notavelmente, consegue aparecer em todos os centros comerciais do país ao mesmo
tempo para sentar crianças no colo. As férias já se anunciam e, em Coimbra, até
os patos têm direito a árvore de Natal. Todos os programas de televisão
estreiam episódios especiais natalícios, pregando o amor ao próximo, a união de
família e a amizade (ao contrário dos outros 364 dias do ano), enquanto
reclames vendem-nos os sorrisos de crianças com brinquedos caros. E, para
rematar, o bacalhau está a desconto.
Tenho a certeza que me estou a
esquecer de alguma coisa, mas o que será? Ah, pois! O NATAL. Então, não acabei
de definir o Natal no parágrafo acima? Não. O Natal é apenas um dia ao calhas
no meio do Inverno em que toda a gente decidiu ser bonzinho e dar prendas
extravagantes uns aos outros? Não parece muito provável. Olhemos para o nome:
Natal. Remete-nos para um nascimento, portanto é a festa de aniversário de
alguém. Mas não é qualquer pessoa que faz com que o seu aniversário seja
feriado nacional. Este homem causou um alvoroço há 2000
anos atrás, juntou muitos seguidores, depois desapontou-os ao pregar a paz em
vez de expulsar os romanos de Israel. Defendeu ideias radicalmente diferentes
dos valores da sua época, como os direitos das crianças e da mulher, e foi o
fundador da moral ocidental moderna. Ele foi brutalmente morto mas os seus
seguidores não fugiram, como noutros casos. Muito pelo contrário, defenderam
que ele ressuscitou, mesmo sob ameaça de violência e morte. A religião que
fundou tornou-se uma das maiores do mundo e influenciou o mapa político da
Europa e arredores. Ele é o protagonista do maior bestseller de sempre (a Bíblia, não O Código Da Vinci) e dividiu a
História em antes e depois de si. Isto só para começar… E não, não estou a
falar do Pai Natal.
Muito se tem falado e escrito
sobre Jesus e as polémicas nunca mais acabam. No Natal, porém, tende-se a pô-lo
de lado. Estamos tão absorvidos com a “magia do Natal” que nos esquecemos da
razão porque existe! Quer gostem, quer não de Jesus, quer acreditem, quer não
que ressuscitou, a verdade é que esta festa é dele e é de muito mau gosto ir a
uma festa de anos e ignorar o aniversariante. Portanto, este Natal que tal
procurar conhecer um pouco mais sobre este Jesus? Há muito de interessante por
descobrir…
por: Amy Gois
*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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