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domingo, 16 de dezembro de 2012

Aniversário sem Aniversariante?



Chegou a época natalícia. Luzes iluminam as ruas, ouvem-se músicas festivas nas lojas e o Pai Natal, notavelmente, consegue aparecer em todos os centros comerciais do país ao mesmo tempo para sentar crianças no colo. As férias já se anunciam e, em Coimbra, até os patos têm direito a árvore de Natal. Todos os programas de televisão estreiam episódios especiais natalícios, pregando o amor ao próximo, a união de família e a amizade (ao contrário dos outros 364 dias do ano), enquanto reclames vendem-nos os sorrisos de crianças com brinquedos caros. E, para rematar, o bacalhau está a desconto.

Tenho a certeza que me estou a esquecer de alguma coisa, mas o que será? Ah, pois! O NATAL. Então, não acabei de definir o Natal no parágrafo acima? Não. O Natal é apenas um dia ao calhas no meio do Inverno em que toda a gente decidiu ser bonzinho e dar prendas extravagantes uns aos outros? Não parece muito provável. Olhemos para o nome: Natal. Remete-nos para um nascimento, portanto é a festa de aniversário de alguém. Mas não é qualquer pessoa que faz com que o seu aniversário seja feriado nacional. Este homem causou um alvoroço há 2000 anos atrás, juntou muitos seguidores, depois desapontou-os ao pregar a paz em vez de expulsar os romanos de Israel. Defendeu ideias radicalmente diferentes dos valores da sua época, como os direitos das crianças e da mulher, e foi o fundador da moral ocidental moderna. Ele foi brutalmente morto mas os seus seguidores não fugiram, como noutros casos. Muito pelo contrário, defenderam que ele ressuscitou, mesmo sob ameaça de violência e morte. A religião que fundou tornou-se uma das maiores do mundo e influenciou o mapa político da Europa e arredores. Ele é o protagonista do maior bestseller de sempre (a Bíblia, não O Código Da Vinci) e dividiu a História em antes e depois de si. Isto só para começar… E não, não estou a falar do Pai Natal.

Muito se tem falado e escrito sobre Jesus e as polémicas nunca mais acabam. No Natal, porém, tende-se a pô-lo de lado. Estamos tão absorvidos com a “magia do Natal” que nos esquecemos da razão porque existe! Quer gostem, quer não de Jesus, quer acreditem, quer não que ressuscitou, a verdade é que esta festa é dele e é de muito mau gosto ir a uma festa de anos e ignorar o aniversariante. Portanto, este Natal que tal procurar conhecer um pouco mais sobre este Jesus? Há muito de interessante por descobrir…

por: Amy Gois

 *Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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