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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Arrivederci, Itália!



             Desafio. Assim se caracteriza a experiência de vários estudantes que anualmente fazem Erasmus em vários pontos de Portugal. Encontrámos duas estudantes italianas que atualmente estão a vivenciar esta aventura.
             Um novo país, novas pessoas, uma nova cultura e uma nova realidade que os jovens têm que enfrentar quando chegam ao seu destino. Esse destino pode ser qualquer país da europa, mas estas italianas escolheram Portugal, mais propriamente Coimbra por ser a cidade dos estudantes.
             Muitas são as dificuldades que se deparam ao chegar cá.
           Valentina Ardagna, de 23 anos, apenas conseguiu alojamento com a ajuda de um amigo que viveu a experiência Erasmus. Por mais que tenham disponíveis as residências, estas alunas preferem encontrar uma casa em que estejam em permanente contacto com a cultura portuguesa. Isto, segundo ela, só acontece quando vivem de perto com colegas de casa portuguesas. Apenas conhece os pontos mais importantes de Coimbra, graças a uma das suas companheiras de casa. Já para Francesca Lazzaretti, de 23 anos, apenas conseguiu casa quando chegou a esta cidade, pois em Itália as suas tentativas de procura falharam. Como elas, existem muitos outros estudantes que se deparam com esta realidade quando ingressam em Coimbra.
             O alojamento é apenas um dos problemas mais frequentes dos jovens estrangeiros. A língua é também um fator problemático para quem vem de fora. Francesca não teve tanto essa dificuldade, pois em Itália estudou o português do Brasil, o que lhe facilitou a sua escolha. Querendo aprender mais desta língua, depara-se com aulas em Inglês, o que não lhe facilita o progresso na mesma. Estuda na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Línguas Modernas. Por outro lado, Valentina que estuda na Escola Superior de Educação de Coimbra, caracteriza a língua como o maior problema para a sua integração, tendo já pondo várias vezes a hipótese de regressar ao seu país de origem. Na primeira vez que pensou nessa possibilidade foi por não conhecer ninguém e se sentir sozinha. Mais recentemente voltou novamente a considerar essa opção, por não conseguir compreender as aulas lecionadas em português. Apenas ficou porque um colega se disponibilizou a ajudá-la e apoiou-a. Para estas estudantes italianas é importante a integração e o acompanhamento dos colegas.
             Assim, encontram no ensino universitário português diferenças relativamente ao tipo de ensino nas Universidades de Bolonha e de Torino, em Itália. Tanto na ESEC, como na FLUC, a participação dos alunos é tido em conta, o que é visto como algo positivo pelas italianas em questão. Consideram ainda as aulas interativas e dinâmicas, o que facilita assim a aprendizagem de ambas. Em termos de avaliação, as nossas universidades dão valor à avaliação contínua, o que diferencia a avaliação feita nas Universidade italianas. Desta forma, tanto os trabalhos práticos e as frequências são a motivação destas alunas estrangeiras.
             Após um mês de deixarem as suas raízes, a saudade é um sentimento que ambas não conseguem controlar. Sentem falta dos seus amigos e familiares, mas pretendem aceitar o que Coimbra tem para oferecer e dar uma oportunidade para ainda assim viver umas das melhores experiências na vida académica.

             Um desafio, uma experiência, uma oportunidade que será para sempre recordada por quem a vive.

grupo 4

Foto-reportagem

Grupo 4 
Ana Francisco
Daniela Silva
João Sobral
Valentina Ardagna

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