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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Vento da Mudança



Energias renováveis. Temos a Energia hidráulica, a Biomassa, a Energia Solar, a Energia Geotérmica, a Energia Maremotriz, a Energia do Hidrogénio e a Energia Eólica.  E é deste último tipo de energia pelo qual Sever do Vouga é conhecida.

Vanessa Sofia. R2


É nesta vila, pertencente a Aveiro, na região do Baixo Vouga que é feita a torre eólica mais eficiente, não do país, mas do mundo. Baptizada de E82, esta torre possibilita a produção de mais 30% que as torres tradicionais.
De tempos em tempos, a vila presencia a algo que se assemelha a uma parada. Todos param para ver, quando nas estradas estreias desta pacata vila, passa peças prontas a montar, das torres eólicas. E não é um nem dois camiões a passar com direito a escolta policial. São vários.

Agora fabricam torres com uma potência de 2.4 a 2.6 megawatts, mais 0.4 a 0.6 megawatts que as tradicionais. Estes gigantes da energia eólica dizem que o segredo está na soldadura e na menor espessura da torre e que, apesar de uma maior necessidade de mão-de-obra, o material consegue ser económico. É um pouco mais cara que o habitual, mas compensa no final pela quantidade de energia de produz.

Nas mãos desta empresa encontra-se também outros dois grandes projectos:
- totalmente da autoria da ASM, têm a investigação na produção de biodiesel a partir de microalgas. Desenvolvido por quatro doutorados em engenharia mecânica, este projecto tem mais de um ano e já se encontra em fase terminal de laboratório;
- outro projecto que já deu muito que falar nos média, é a construção das primeiras torres eólicas flutuantes.

Em parceria com a empresa canadiana Principle Power, a A. Silva Matos, mais uma vez trata de passar para a prática, projectos que em teoria apenas existiam.
É um protótipo inovador que difere no facto de não se tratar de torres alicerçadas ao fundo do mar, como as já existentes, mas no facto de flutuarem e serem perfeitas para mares de grande profundidade.

Presentes em todo o mundo e com receitas na ordem de 50 milhões de euros, a empresa liderada por Adelino Silva Matos está também interessada na área de mini-hídricas, energia fotovoltaica e eólicas.

Empresas como estas são algo para admirar. São a prova viva de que com empenho e amor pelo trabalho, tudo se consegue e que de lugares pequenos como o desta vila, é capaz de sair algo tão inovador que prometem mudar o ambiente que nos rodeia e a nossa própria mentalidade para actos mais consciente com a natureza.




Imagens retiradas do site camping.net e allburrica.blogspot.com

sábado, 12 de novembro de 2011

Artigo de opinião: O jornal da gente de Penela



Por Maria Inês Antunes, R2

Penela é uma vila a cerca de 30 quilómetros da cidade de Coimbra. É uma vila que tem as coisas básicas de sobrevivência, algumas lojinhas e muito espaço para ocupar. Todos os dias chegam às papelarias os jornais e só não é informado quem não não quer. Mas Penela e o seu concelho têm uma particularidade: para além dos jornais e revistas que chegam a todo o país, este concelho tem o seu próprio jornal, “Região do Castelo”. É exactamente por aí que eu quero pegar.
“Região do Castelo” é com toda a certeza o jornal mais lido neste concelho. Devo arriscar que ultrapassa até qualquer jornal desportivo que se encontra nas mesas de todos os cafés. Mais do que as notícias sobre o orçamento de estado, a crise ou qualquer outro assunto que afecte o país e o mundo dos quais todos estamos saturados de ouvir falar, a gente de Penela está mais interessada em saber o que se passa na sua terra. Nada que fuja à regra e, sendo Penela um meio tão pequeno e de onde as pessoas mais jovens começam a desertar para seguir o seu caminho com outros interesses, os interesses do concelho são o que mais interessa para a velha guarda que fica.
Um concelho que tem o seu próprio jornal com uma foto da semana de qualquer coisa engraçada, promoção de eventos, secção de opinião e com o mais variado tipo e notícias é muito bom. Ainda mais gratificante é a existência de uma equipa que teve como principal objectivo criar um jornal para que a sua terra não ficasse esquecida e para que chegasse a toda a gente tudo o que passa no concelho, principalmente aos que mais andam desligados da sua localidade.
Contudo, há um reverso da medalha quando se puxa ao profissionalismo da coisa. Começando pela primeira página reparamos que não tem a melhor organização visual nem contextual dos artigos que vamos encontrar com o desfolhar das páginas. Virando mais umas quantas páginas, vejo as diversas secções: Actualidade, Educação, Distrito, Região, Cultura, Opinião, Utilidades, Desporto e Última. Algumas entrevistas, mais algumas notícias, uma ou outra reportagem e muitos artigos de opinião.
Estudo Comunicação Social há dois anos mas penso que posso humildemente dizer que o que aprendi até agora me faz reconhecer muito pouco rigor jornalístico na maioria dos artigos que são publicados na “Região do Castelo”. A má coerência entre os artigos das diferentes secções, o caos visual com que me deparo ao passar a grande maioria das páginas, os títulos com muitas reticências e com pouco interesse, o pouco rigor das fotografias (tanto dos artigos como dos seus colaboradores) ou a constante falta de leads nos artigos, deixam muito a desejar neste jornal regional. No fundo, tudo isto é normal visto que os colaboradores do jornal não pertencem à área da comunicação e informação.
Certo é que, bem ou mal, todos os assuntos do concelho são tratados e dados a conhecer portanto, deve ser valorizada a equipa de colaboradores que se esforça por publicar quinzenalmente o que interessa aos penelenses. Elegância e rigor no jornal talvez se vão adquirindo com a experiência de quem para ele colabora. A Região do Castelo, por mais boas intenções que tenha, é mais uma prova de que não é por se saber escrever ou falar com boa fluência, que se é jornalista.