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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“A praxe serviu para conhecer muitas pessoas, inclusive os melhores amigos de hoje em dia”

Carolina Teixeira
Com o objetivo de celebrar o início do ano letivo e dar as boas vindas aos novos estudantes, os caloiros que chegam à cidade, a Festa das Latas é uma das mais características festas académicas de Coimbra. Juntamente com a Latada vem a praxe, ao qual nem todas as faculdades ou institutos politécnicos são adeptos da mesma. A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, pertencente ao IPC, é um dos institutos com mais tradição praxística nesta cidade. Desde o modo de integração perante os caloiros até às praxes mais “duras”, no bom sentido.

Deste modo, uma aluna e doutora de 3º ano de Enfermagem, Carolina Teixeira, disponibilizou um pouco do seu tempo para nos elucidar um pouco mais acerca desta tradição académica.



por: Sofia Sousa

Posts de Pescada – Estudas há três anos na cidade dos estudantes. Como descreves a tua chegada como caloira? Sentiste-te integrada?
Carolina Teixeira – Cheguei a Coimbra sem conhecer nada nem ninguém, a praxe serviu para conhecer muita gente, inclusive os melhores amigos de hoje em dia aqui na escola e se não tivesse ido as praxes e aos jantares que organizavam não tinha conhecido ninguém.

PP – O que significa para ti a Festa das Latas e Imposição das Insígnias?
CT- Penso que é um momento importante para os recém-chegados, pois inclui o 1º batismo como caloira e a união e ajuda que há dos doutores para com os caloiros.

PP – Estudas na Esenfc, uma escola em que a praxe é respeitada e feita com gosto, mas acima de tudo tem um sentimento especial tanto para os caloiros como doutores. Porque é que é assim tão especial ?
CT – É assim tão especial porque nesta escola a praxe é mesmo levada a sério, não é praxar por praxar, mas sim com gosto. Apesar de serem um pouco duros com os caloiros é assim que se cresce enquanto caloiro. Temos de saber respeitar e ouvir quem tem algo para nos ensinar, e os doutores fazem-no mesmo com gosto. É uma tradição que já vem detrás e assim irá
continuar. Só o facto de apenas podermos tocar e abraçar o nosso padrinho de praxe na Queima das Fitas, é um sentimento inexplicável, existe mesmo respeito.

PP – O que mudarias nesta tradição académica?
CT – Não mudaria rigorosamente nada. É uma tradição que para mim tem todo o sentido em continuar.

PP – Como estás no 3º ano de Licenciatura já te é possível apadrinhar. Já tens afilhado(a)?
CT – Sim, tenho um afilhado. Como doutora e madrinha dele vou fazer de tudo para que ele se sinta integrado, que goste do ambiente e sobretudo que aprenda a ser um verdadeiro caloiro para mais tarde poder vir a ser um bom doutor.

PP – Quais são os teus principais conselhos para um caloiro?
CT- Entrar neste espirito, não ter medo de arriscar nem de conviver. Neste ambiente só é necessário que haja respeito entre os caloiros e sobretudo para com os doutores, fora isso só tem é de se divertir porque são os melhores anos das suas vidas.


O artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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