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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Residência, uma (re)descoberta estudantil

A entrada no ensino superior nunca foi tão refletida e organizada como se verifica nos dias de hoje. No passado eram poucos aqueles que prosseguiam os estudos e se mudavam para novas cidades, na vida contemporânea essa nova etapa da vida académica deveria ser feita por muitos, mas são cada vez menos os que acedem a ela. O número de jovens a procurar universidades perto de casa dos pais, para que possam reduzir os custos da sua educação ao mínimo, aumenta ano após ano.
São vários os fatores que contam na hora de escolher as seis opções no boletim de candidatura. As propinas sofrerem grandes aumentos ao longo dos anos e a instabilidade económica e financeira de Portugal, são alguns deles. Muitos jovens optam por não sair da casa e aqueles que vão para novas cidades procuram as soluções mais acessíveis.
A experiência pessoal e a oportunidade de contenção de custos fornecidas pelas residências universitárias são sem dúvida uma das novas opções. O nível de procura por parte da população estudantil tem sido em muito superior ao número de respostas afirmativas concedidas. O investimento público em residências universitárias foi grande ao longo de muitos anos, estas agora estão preparadas para a receção de uma grande percentagem de estudantes.
Como aluna do ensino superior público devo admitir que no meu ano de candidatura para a Universidade sempre tive a ideia de ir para uma outra cidade que não a que me viu nascer e de preferência um grande centro urbano. Quando verifiquei a minha entrada em Coimbra fiquei bastante feliz, mas não tinha ponderado bem todos os custos que esta mudança poderia vir a ter. Portanto, logo no ato de inscrição, forneci os meus dados e coloquei-me na lista de espera para entrada nas residências. Sem dúvida, que a vinda para a residência é em muito benéfica. Os gastos que tinha no aluguer de um apartamento, dividido igualmente por várias pessoas, são agora na residência abaixo de metade daquilo que gastava.
Todos os serviços fornecidos nas residências, desde a luz, a água, os eletrodomésticos, entre outros, reforçam a ideia que a quantia paga é um preço bastante acessível. Pensamos como se vivêssemos numa pequena comunidade académica, a residência proporciona-nos a facilidade de conhecer novas pessoas, novas ideias e uma nova maneira de viver. Quando vivemos assim em “comunidade” é necessário existir organização e discussão entre os vários residentes, são realizadas várias reuniões entre as residentes para que se possa sempre chegar a um consenso e viver todas em conjunto da melhor forma possível.
Posteriormente a já ter vivido as duas experiências, dividir um apartamento e viver numa residência, acredito que se pensarmos em níveis de qualidade/custos viver numa residência será sempre a minha opção.
 
por: Joana Correia
*Artigo escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico 

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